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A Morte de das Dores – Cap. 38 – Sob as Cinzas do Tempo

Aos seguidores de plantão do Dr. Inácio, meu Salve.

            A Morte… O quanto há de mistério ao seu redor… Você acredita na morte total ou parcial? Total quando o corpo e a alma se desintegram um na sepultura e outra no bojo do Criador; e parcial quando o que morre é apenas o corpo físico. Outra parte vive eternamente.

Muitos céticos a respeito sempre perguntam: Se existe realmente vida além-túmulo como é que ninguém veio nos contar? Esses não querem é aceitar que existem narrativas inegáveis, principalmente na lavra mediúnica de Chico Xavier que além de falar a respeito da Vida Imortal do Espírito, dá detalhes de como é certas regiões em que os espíritos são atraídos por questões de sintonia para a sombra e para a luz. Vale ler algumas das suas obras, mesmo que seja por curiosidade, que com certeza, encontrarão as respostas que precisam para, nela, acreditarem.

A morte da mãe de Paulinho o deixou muito abalado. Ele não pôde ir ao enterro da mãe porque no dia não tinha ninguém disponível e Dr. Inácio não deixou que ele fosse sozinho.  Mas dias depois o pai de Paulinho veio confortá-lo. Interessante que tanto o pai quanto o filho davam força um para o outro. Difícil hoje em dia encontrar pais conversando com os filhos. Quando presentes no lar, ficam ausentes da vida dos filhos e quando não, ficam ausentes do lar e da vida dos seus rebentos.

Paulinho assim que saísse do Sanatório realmente queria casar com Mariana. Comentava ele em ficar no sítio mesmo estando ele muito abandonado, pois ajudaria o pai a recompor aquele pedaço de terra. E aproveitando a ocasião, Dr. Inácio correu ao seu escritório e dele veio com um pacotinho entregando para Paulinho dizendo que era o seu presente de casamento. Ao abri-lo, Paulinho ficara surpreso pelo par de alianças de ouro, pedindo a ele que fosse padrinho do seu primeiro filho. Emoções aqui, emoções ali e todos chegaram a um denominador comum com a força das circunstâncias agindo em ambos os lados.

Dr. Inácio então pensou de chofre: “Num átimo, meu pensamento abarcou toda a situação: a se confirmarem os meus pressentimentos, eu acabaria tendo o mais feroz dos inquisidores em terras da Espanha como afilhado…”. Como sabemos, nada é por acaso na Criação Divina. Sempre há um “Por que”, que, vez outra, não chegamos a compreender. Sempre estamos no lugar certo, com as pessoas certas, nas circunstâncias que nos favoreçam aprendizado em qualquer das situações.

O futuro padrinho informa a Paulinho que no Espiritismo não existia batismo, mas por espanto de Dr. Inácio, ele pediu se poderia trazer seu filho junto a ele para proferir uma prece de boa sorte ao casal e seu filho.

Voltando ao assunto da morte, deveremos retratá-la não mais como um adeus eterno onde não veremos mais nossos familiares e amigos. É uma tortura agonizante o que certas religiões incutem na cabeça de seus fiéis. Ao contrário do tenebroso “adeus”, vamos substituí-lo por um “até breve”, pois que, com certeza, iremos, sim, nos reencontrar com todos aqueles que nos antecederam na morte do corpo físico.

Devemos comentar também aqui que muitos classificam os espíritas como insensíveis ante a morte de algum parente ou amigo queridos. Não é dessa forma. Mesmo sendo espíritas temos sentimentos, temos ligações familiares bastante fortes, só que o Espiritismo não mais nos deixa com sequelas de outras crenças religiosas que diante da morte, o que importa é chorar…  e lamentar… convulsivamente com a ideia de que nunca mais os veremos. Utopia clara tudo isso. Não podemos mais nos prendermos à essa ilusão.

Continuando com o raciocínio do parágrafo anterior, o luto eterno, em certo ponto deve ir aos poucos sendo combatido, porque na grande maioria dos casais que se apresentam hoje no planeta unem-se apenas corpos e não almas. Raríssimos encontrarmos casais que se uniram por simpatia de almas, sem interesses corporais aos sublimes estágios do amor metamorfoseado de paixões as mais vulgares.

As mortes de familiares, principalmente na minha juventude, as viúvas ou os viúvos vestiam roupas escuras em sinal de respeito àqueles que os deixaram pelo fenômeno natural da morte. Aqui retrata uma posição um pouco egoísta da parte de quem fica, prendendo mesmo sem saber o companheiro ou a companheira que, até então, se encontra numa espécie de transição decorrente ao transe entre a vida física e a vida Espiritual.

Muitos acreditam e é comum ouvirmos que todo aquele que morre foi um bom homem ou uma ótima mulher. Pode até ser quanto aos afazeres que tinham quanto à prática da Caridade. Mas existem tantos mistérios por trás das máscaras que usualmente colocamos para tapar a nossa agressividade, o nosso primitivismo ainda à flor da pele. Não é fácil despirmos de vícios milenares num estalar de dedos ou num piscar de olhos ou digamos numa só existência. Ledo engano. A Vida não dá saltos tanto para cima quanto para baixo. Ninguém morre se transformando em anjo do Senhor ou diabo das profundezes abismais. Cada um de nós temos nossos anjos e demônios acionando nossa consciência para o bem quanto para o mal. É questão aqui de tato espiritual para ambos os casos.

            Para refletirmos melhor a respeito, deixo esse versículo de I coríntios 15:55: “Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?”.  Sim. Deveremos o quanto antes interrogar nossa consciência a respeito e ela sempre nos mostrará as claridades da Vida Espiritual eterna. Tenhamos fé em nós… Tenhamos fé em Deus… Agindo dessa forma, nos tornaremos escultores de nós mesmos no amanho das dúvidas execráveis que sempre nos prenderam ante o desconhecimento que para nós Espíritos Imortais não existe nesse sentido. Comigo Caro Amigo Leitor?

07/12/2022 – Até a próxima sexta-feira pessoal. Divulguem-na para nós. Muita paz.

Aécio Emmanuel César
Médium de psicografia desde 1990, tarefeiro espírita na cidade de Sete Lagoas/MG.

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