Explicação: estas três expressões linguísticas geram muita polêmica devido ao seu uso impróprio, mormente na linguagem informal (inculta).
Portanto, para precisarmos e dirimirmos quaisquer dúvidas sobre sua adequada utilização, correlacionamo-las, passo a passo, com exemplificações, em consonância com os nossos gramáticos.
a) A nível de: esta locução é inadequada e condenado é seu uso quando se refere a: “em relação a” ou “em termos de”. É, portanto, um modismo desnecessário e abolido, e, em vez de seu emprego, podemos, de forma mais sintética e elegante, elaborar as sentenças livremente, conforme exemplificações que se seguem.
Exemplos: – na prova de 2º grau, havia questões embaraçosas (e não: na prova “a nível de 2º grau”, havia questões embaraçosas);
– está sendo realizada uma audiência de magistrados (e não: está sendo realizada uma audiência “a nível de magistrados”).
b) Ao nível de: esta expressão é usada corretamente sempre que queiramos indicar algo que esteja na mesma altura em relação à outra coisa. Ela significa “à mesma altura” ou “algo que esteja situado no mesmo plano ou no mesmo nível/patamar”.
Exemplos: – aquela cidade está localizada ao nível do mar;
– retrucar uma ofensa a alguém é por-se ao nível dessa mesma pessoa.
c) Em nível de: é utilizada quando sugerimos algo que equivale a: “no âmbito de”, “com status de”, “com relação a”, “no que diz respeito”, “quanto a”, “em termos de” etc.
Exemplo: com a melhoria da educação, acreditamos que nossos jovens atingirão um patamar desejável em nível de desenvolvimento sociocultural.
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Para refletir: “CADA PESSOA É AQUILO QUE: – CRÊ,
– FALA DO QUE GOSTA,
– RETÉM O QUE PROCURA,
– ENSINA O QUE APRENDE,
– TEM O QUE DÁ e
– VALE O QUE FAZ”.
Chico Xavier
[antonio]