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A Segunda Morte – Parte 1 de 2 por Aécio E. César

Senhoras e Senhores,

                A segunda morte… Já não bastaria morrer uma vez, perguntarão muitos. Para os que ignoram tal assunto, posso dar um alento. Não, não basta. A evolução está inserida nas Leis Universais a que pouco, bem pouco as assimilamos até então.

                Muito se tem o que falar a respeito em reuniões de estudos, mediúnicas e até mesmo em palestras. Por que não? Pena que uma grande maioria de espíritas sequer sabem da existência desse livro, “Libertação”, quanto mais assuntos desse nível. Aqui a questão não é de dizerem que se está longe de uma compreensão mais acessível. O problema real é que nem pegam esse livro para lê-lo simplesmente. Estudar então…

                Para você que está lendo essas minhas humildes considerações a respeito, existiria a segunda morte? Comprovarei que sim, existe. Tanto para cima quanto para baixo. Difícil compreender-me? Então vamos juntos assimilar um pouco do assunto aqui e caso tenham uma força de vontade a mais, procurem livros idôneos a respeito que irão acertadamente ganharem muitos subsídios de conhecimento.

                Como disse acima, morre-se para cima e para baixo. Para fortalecer essas minhas palavras, vamos ver o que André Luiz relata no livro “Libertação”, através da mediunidade do saudoso Chico Xavier. Vejamos: Gúbio pergunta a André se ele já tinha ouvido falar sobre a segunda morte. E ele o responde: “Sim. Tenho acompanhado vários amigos à tarefa reencarnacionista, quando atraídos por imperativos de evolução e redenção tornam ao corpo de carne. De outras vezes, raras aliás, tive notícias de amigos que PERDERAM – grifo meu – o veículo perispiritual, conquistando planos mais altos”. Mais claro impossível, não é mesmo?

                Agora tem uma turma de supostos estudiosos da Doutrina que vão de encontro à essa pequena, mas substanciosa citação quando se fala claramente da perda do perispírito. Como disse perde-se o perispírito para cima ou para baixo. Como exemplo clássico da perda do perispírito para baixo temos a fenomenal obra “Missionários da Luz” no caso da reencarnação de Segismundo. Para muitos que a desconhecem convido vocês a estudarem essa obra fantástica.

                No ato da reencarnação de Segismundo, quando ele iniciava a miniaturização do seu corpo mental, ele aos pouco ia deixando o seu perispírito que utilizava no plano espiritual que se encontrava, e ia ganhando um outro automaticamente quando no início da fecundação do óvulo com o espermatozoide. É tanto que André até narra que ALGUMA COISA da forma de Segismundo estava sendo ELIMINADA. Mas ele não adentrou em detalhes, talvez porque, caso fizesse, naquela época, a cabeça de Chico Xavier estaria à prêmio.

                Toda vez que reencarnamos ou desencarnamos, o perispírito que se usa numa determinada região espiritual ou na Terra, tem grandes diferenças de peso. Para quem realmente estuda, sabe-se que um espírito residindo em um planeta espiritual quando do seu reencarne, o perispírito em que está sendo utilizado não servirá para um plano mais pesado, mais físico, tanto quanto para um mais diáfano. Então, assim que complete o fenômeno da reencarnação esse espírito automaticamente perde o perispírito que usava para ganhar um outro mais físico, mais grosseiro. Como também ganha outro mais sutil para se apresentar em regiões mais transcendentes.

                Aconteceu certa vez com o Dr. Inácio Ferreira em uma das suas obras que ele foi visitar um plano mais superior do que ele estava e perdeu os sentidos, porque não adestrara os órgãos para aquele plano em que visitara. Lembram-se desse episódio?

                Acontece também quando o espírito vem a desencarnar. Ele deixa aquele perispírito juntamente com o corpo físico utilizado a serem destruídos – corpo físico, perispírito denso – e ganha outro automaticamente, isso regido pelo corpo mental – lembram-se também dele, que é a usina do nosso espírito? Só que é tão automático que ninguém sente e muito menos observa tal fenômeno.

                Agora, para tremer as bases da consciência de muitos neófitos do Espiritismo, não que eu seja um sábio, longe ainda disso, mas sim um estudioso assíduo das obras de Chico Xavier, graças a Deus, para onde iriam esses períspiritos deixados para trás nos planos espirituais? Saberiam dizer? Sabe-se que o perispírito enquanto no corpo denso da carne é deixado com ele no cemitério, agora e aqueles outros que os deixam nos planos espirituais?

                Em falar em cemitério existe um na colônia de Nosso Lar. Isso mesmo que você leu. Um cemitério. Agora pergunto: para que serviria de um cemitério numa cidade como a de Nosso Lar à frente de uma tecnologia de ponta? Para plantar flores ou árvores frutíferas? Sem cogitação, não é mesmo? É destinado exclusivamente para enterrar os perispíritos deixados por aquele que vieram a reencarnar. E antes que me façam réu da ignorância, procurem antes estudarem mais as obras de Chico Xavier. Esse assunto está em uma da sua lavra. E não se encontra nas obras de André Luiz e muito menos nas de Emmanuel. Vamos procurar?

                Creio que a comoção deve ser a mesma nos planos espirituais quando se “perde” um ente querido que irá reencarnar. Com certeza não é idêntico com aquele apego excessivo, choros convulsos, desesperos quando alguém vem a desencarnar.

Em Nosso Lar tem classe até para despedir de familiares e amigos que deixaram o corpo perispiritual para ganhar um outro, agora num corpo mais denso. A sensação de ausência tanto de um plano e outro sente-se à flor da pele, mas reconhecendo que essa ausência é temporária tanto de um plano a outro, suavizados quando acreditam-se na Vida Eterna do Espirito Imortal.  Sem mais delongas, ainda em dúvida, Leitor Amigo, sobre o assunto?  Se ainda estiver, então aguarde na próxima semana com a sua segunda e última parte. (Continua…)

02/06/2022 – Até a próxima quinta-feira pessoal. Uma ótima leitura.

Aécio Emmanuel César
Médium de psicografia desde 1990, tarefeiro espírita na cidade de Sete Lagoas/MG.

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