Aos seguidores de plantão do Dr. Inácio, meu Salve.
Auta Hospitalar… Você já ficou internado em um nosocômio? Já se alimentou da comida hospitalar? Tomou remédios e injeções sem vontade própria? Ficou receoso em pegar alguma bactéria e vírus que caminham de mãos dadas pelos hospitais do mundo? E quando chega a alta hospitalar? Seu coração só falta sair pela boca, não é mesmo? Nosso assunto de hoje será a alta de Paulinho do Sanatório.
Dr. Inácio assim que acabou a reunião mediúnica de toda quarta-feira, e antes de se dirigir para sua casa, passou pelo quarto onde Paulinho dormia. De inopino, sentiu que uma sombra dormia ao seu lado. Seria Torquemada? Mesmo sendo ele, Paulinho dormiu um sono tranquilo de até perder a hora de levantar como fazia habitualmente. Mais tarde ele recebe a notícia tão esperada. Poderia ir para casa.
Nesse sentido, fico a analisar aqui com meus botões. O quanto demoramos para sair da concha do personalismo enquanto rastejamos num corpo físico. O que não faz nosso orgulho de se sentir um sábio, sabendo que hoje em dia nem sempre o canudo dita normas de sabedoria. A experiência aqui que se ganha quando vencemos aquele “narizinho em pé” repercute nas nossas células como se fosse um banho revigorador.
É triste ainda encontrarmos nesse louco mercado competitivo, pessoas que vangloriam saber mais que os outros numa determinada profissão. De certo modo, podemos considerar satisfatório, mas quando esse conhecimento debanda para o egocentrismo quem perde sempre são esses que, desconhecendo as artimanhas das sombras os tornam marionetes das suas vontades, desestabilizando ideias e ideais que poderiam auxiliar o próximo com uma pitada de humildade e fraternidade.
Dias depois do encontro do Dr. Inácio com Paulinho, seu pai veio busca-lo. Todo feliz pelo regresso do filho pródigo, procurou pagar pelos serviços prestados no Sanatório. Dr. Inácio recusou de pronto. Só pediu que, quando lembrassem dele trouxesse alguns queijos ou galinhas caipiras. Seria de bom gosto.
A despedida fora das mais emocionantes. Dr. Inácio se sentiu depois de meses tratando de Paulinho, um pai que via seu filho despedir-se dele com lágrimas nos olhos. Enquanto o pai biológico estava feliz por estar mais perto do filho, Dr. Inácio sentia seu coração se esvaziar, porque tinha Paulinho como filho que nunca teve. Sempre digo que Deus escreve certo por linhas certas. Nós é que na grande maioria é que as entortamos caindo aqui e ali e no final da história quem é culpado é sempre aquele que não tem nada a ver com os nossos fracassos.
O quarto onde Paulinho se encontrava iria ficar fechado por longos meses. Sabia Dr. Inácio por orientação dos Mentores que o espírito de Torquemada estava ali em sono profundo aguardando a sua investida em um novo corpo de carne através da reencarnação. Vejamos o que Dr. Inácio diz a respeito em seu livro “Sob as Cinzas do Tempo”, através da mediunidade de Carlos Baccelli: “Em processo, digamos, de hibernação psíquica, Torquemada preparava-se para o seu regresso à Terra; com certeza o Mundo Superior cuidaria dos detalhes da sua reencarnação, os quais, aliás, seriam ditados pela suas necessidades cármicas”.
É bom um esclarecimento aqui quanto às necessidades cármicas. Todos nós encarnados em um mundo de Provas e Expiações, no conceito de rever faltas ou passadas ou acrescidas na atual existência, sempre estamos regidos pelas Leis Divinas. As dificuldades que enfrentamos no cotidiano nos revela que deveremos estudar e analisar quanto a conceitos que, muitas vezes, nos tomam de assalto. Enquanto não adentramos na essência de uma Doutrina que nos mostra as variantes do sofrimento humano, é mister, de chofre, que não entenderemos ou melhor dizendo não aceitaremos que algo ou alguma coisa nos fira o orgulho abrasador que sempre o alimentamos com o leque das nossas puerilidades mais das vezes infantis.
Não aceitar determinadas ideias não quer dizer que elas não existam. É como não aceitar que exista vida além-túmulo. Ela, indiferente do nosso descaso impera, jamais submissa aos nossos podres conceitos de vivência, convivência e sobrevivência entre um e outro ser humano aqui quanto Acolá.
Deus jamais pune Seus filhos. As dívidas que contraímos com a Justiça Divina é inquestionável. Temos inúmeros rótulos de desculpas quando temos em nós uma vela acesa diante da grandiosa luz solar. A primeira dura bem pouco, vindo sempre a segunda a nos informar que o que temos aprendido nem sempre é realmente o que sabemos. Irmão Crisóstomo, um amigo espiritual que me acompanha disse-me certa vez que “Nem tudo que brilha é ouro; nem tudo que se vê é”. A princípio não entendi muito seu significado, mas hoje analisando os seus pormenores, é que descobri que a nossa luz interior em muitos casos se ofusca com uma luminescência externa passageira e ilusória que alimentamos e que o desconhecido que ainda nos cerca, está aquém até mesmo ao maior sábio dos homens comuns que pisou no planeta. Disse homens comuns tá pessoal? Não podemos afirmar que algo não existe pelo simples fato de que um orador mesmo sendo renomado assim alimenta essa quanto aquela ideia, por ora, a olhos vistos, absurda. Não passa de um ser humano falível igual a nós. Vamos também ser mais vigilantes quando dedilhamos alguns livros sem o condicionamento das suas vertentes Já pensou nisso?
Não sou nenhum catedrático e tão pouco tenho debaixo do braço esse ou aquele canudo de saber embora, para mim, refratário. Sou um simples aprendiz no objetivo exclusivo de a cada dia saber me portar diante das diferenças. Julgar sem o devido conhecimento desqualifica os pórticos do entendimento dessas pessoas, deixando muito a desejar o que passa para seus ouvintes . Não acha?
Voltando às necessidades cármicas de todos nós, devemos considerar que o Determinismo Divino impera sobre nós. Ninguém vai para a cadeia porque simplesmente se projeta contra pueris concepções humanas; ninguém vai para o hospital tendo a saúde perfeita a não ser para visitar algum irmão ou conhecido com graves reajustes psíquicos; ninguém volta para o primário já estagiando uma faculdade. Mas nesse processo de aprendizado ele pode, sim, estacionar por longo período. E nesse comodismo psíquico onde se encontra taxada nossas escolhas? Disse Emmanuel no livro: Passos da Vida: “Uma religião – o Amor; Uma lei – a Justiça; Um tribunal – Consciência; Uma riqueza igual para todos – o Tempo; Uma força – o Bem; Uma regra para o dever – a Disciplina; Uma oficina – o Burilamento; Um objetivo – a Perfeição”. Os dados aqui estão lançados….
Para uma melhor reflexão também no pensamento de Emmanuel no livro acima: “…todos os atritos, conflitos, provações, aflições, dificuldades e embaraços são criações nossas na Criação de Deus e que, tão só na escola das vidas sucessivas com criteriosa aplicação dos tesouros do tempo, conseguiremos nós extinguir”. Comigo, Caro Leitor Amigo?
14/12/2022 – Até a próxima sexta-feira pessoal. Divulguem-na para nós. Muita paz.
Médium de psicografia desde 1990, tarefeiro espírita na cidade de Sete Lagoas/MG.