Eu estou tendo a oportunidade novamente de estudar o livro “Roteiro”, oriundo das mãos abençoadas de Chico Xavier e ditado pelo seu benfeitor Emmanuel. Em determinado momento, me deparei com uma parte muito interessante em que o autor espiritual, em uma simples frase do capítulo 4 dessa obra, intitulado “Na senda evolutiva”, nos narra a evolução do nosso Espírito.
Emmanuel nos diz:
Da sensação à irritabilidade, da irritabilidade ao instinto, do instinto à inteligência e da inteligência ao discernimento, séculos e séculos correram incessantes”.
Esta frase é muito interessante, pois Emmanuel nos ensina que todos nós estagiamos em diversas fases ao longo do nosso ciclo evolutivo, e que vamos evoluindo ao passo que vamos deixando aquele homem velho e seu fardo para trás.
Ao nos depararmos com esta frase, que aos nossos olhos muitas vezes passou batida, notaremos a necessidade de entendermos e aceitarmos o nosso próximo do jeito que ele é, pois muitos deles podem ainda estar no estágio da sensação. Como poderemos querer que, do dia para a noite, ele deixe este estágio e passe a ter atitudes de quem já está na condição de discernimento e compreensão? Entendermos e aceitarmos o nosso próximo como ele é, segundo o Espiritismo Cristão, também é uma forma de praticarmos a caridade, e, diga-se de passagem, uma das caridades mais difíceis de ser colocada em prática.
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A ação de aceitar as diferenças tem outro nome no dicionário: “alteridade”. Uma palavrinha que em nosso vocabulário é nova, tanto no vocabulário quanto na sua prática. Nossa evolução depende única e exclusivamente de nosso esforço; qual o esforço que estamos empregando na mudança que todos nós sonhamos em fazer? Vamos estudar e principalmente colocar em prática o ensinamento que o Espiritismo Cristão vem nos dando: de nada adianta sermos verdadeiras “bibliotecas ambulantes”, se não sabemos estender as mãos a quem se encontra caído no chão. Vamos trabalhar. Mas vamos também modificar nosso interior.
André Luis Chiarini Villar