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“Bom Final” ou “Bom Fim de Semana”? por Antonio Nazareno Favarin

Correto: bom fim de semana (*).

Comentário: a locução “fim de semana” refere-se a sábado e domingo, em oposição aos dias úteis. Analisando pela gramática e pela lógica, a forma correta de se dizer é, mesmo, “fim de semana”; isso porque o substantivo “fim” opõe-se a “início” e, assim, podemos expressar: bom fim de semana ou bom início de semana. Em contrapartida, isto não pode ocorrer com o termo “final” que é o oposto de “inicial”; pois ficaria muito estranho dizer-se: “bom inicial de semana”, em oposição a “bom final de semana”.

Fundamentados nesse raciocínio coerente, fixemo-nos, então nessa forma: fim de semana; no entanto, ao frigir dos ovos, a expressão final de semana poderá, também, ser considerada correta dentro de seu contexto morfológico, assim como “final de jogo”, “parte final” etc.

(*) A partir de janeiro de 2009, data em que começou a vigorar o Novo Acordo Ortográfico, foi abolido o hífen dessa locução, assim como a hifenização dessas outras: à toa, café com leite, cão de guarda, cor de vinho, dia a dia, diz que diz que, mão de obra, Maria vai com as outras, pé de moleque, pé de vento, ponto e vírgula, sala de jantar e outras que veremos mais adiante.

  1. “Chego” ou “Chegado”?
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Comentário: os dois verbos existem; contudo, sua aplicação é bem diferente. Embora alguns verbos tenham dupla forma e apresentem particípios irregulares, como: “aceitado/aceito”, “acendido/aceso”, “isentado/isento”, “elegido/eleito”, “fritado/frito”, “expulsado/expulso”, “imprimido/impresso”, “salvado/salvo”, “suspendido/suspenso” etc., o único particípio do verbo “chegar” é “chegado”. “Chego” é a conjugação da 1ª pessoa desse mesmo verbo e é inaceitável usá-lo como particípio.

Exemplos:

                 – eu chego todo dia cedo ao cumprimento de minhas tarefas (1ª pessoa do singular do presente do indicativo do verbo “chegar”).

É muito comum vermos pessoas usando de forma incorreta esses particípios regulares: “trago”, em vez de trazido; “abrido”, em vez de aberto; “cobrido”, em vez de coberto; “escrevido”, em vez de escrito etc. Isso não pode ocorrer nem na linguagem informal.

  Nota: os particípios, na língua, expressam ações e/ou fatos concluídos pelos verbos. Eis alguns exemplos de verbos irregulares ou abundantes que têm duplo particípio e podem ser usados fortuitamente: assentar = assentado/assento; entregar = entregado/entregue; findar = findado/findo; expressar = expressado/expresso; extinguir = extinguido/extinto; ganhar = ganhado/ganho; limpar = limpado/limpo; pagar = pagado/pago; pegar = pegado/pego; prender = prendido/preso; envolver = envolvido/envolto; exprimir = exprimido/expresso; frigir = frigido/frito; inserir = inserido/inserto; soltar = soltado/solto e tingir = tingido/tinto.

Antonio Nazareno Favarin
Professor de Português, Revisor de livros de São José dos Campos-SP.

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