Aos seguidores de plantão do Dr. Inácio, meu Salve.
Testemunho… Estaria, você, pronto para dar o seu testemunho, quanto à religião que professa? Não, é claro, por palavras, mas sim, com as ações dignas da Caridade Universal, sendo para nós, nossa carta de alforria de um mundo injusto, ditatorial, sub-humano? Como anda sua fé? A sua verdadeira fé? Presa aos atavios religiosos? O testemunho religioso é uma expressão poderosa dessa fé que tentamos animar. Quando alguém compartilha sua experiência pessoal com Seu Criador, isso pode tocar os corações e as mentes daqueles que estão ao nosso redor. É uma oportunidade única de ouvir histórias de transformação, de superação, de trabalho fraterno árduo, quanto à própria identidade com a Fonte Criadora que nos fez simples e ignorantes, estando, nós, ainda, no patamar, da razão mascarada em crenças que professamos como nossa. Aleluia!!!
Para fortalecer meu raciocínio acima, as palavras vivas do Odilon Fernandes que passava valiosas lições de humanidade a um grupo de estudantes que visitava o Hospital dos Médiuns sob a coordenação do Dr. Inácio Ferreira: “Sabemos que temos necessidade de servir, o aproveitamento, no entanto, é conosco; a estrada que conduz ao abismo é a mesma que leva às alturas – tudo é uma questão de opção na caminhada, não tomando rumo equivocado”. E novamente pergunto: Estaríamos, nós, prontos para dar nosso testemunho, quanto à religião que professamos? De carregar nossa própria cruz, tendo como Cireneu Sublime, o Mestre Jesus? Mas, pelo visto, até quando Ele a carregará? Acordemos, pois, ó homens hipócritas!!! A trombeta da Verdade já soou faz tempo. Despertemo-nos.
Como sempre digo, nosso testemunho perante a fé que sustentamos, é um processo que envolve mais do que palavras. É importante lembrar que a fé é vivida e demonstrada através de nossas ações e do modo como nos relacionamos com os outros. Demonstrar nossa devoção e fé por meio de nossas ações diárias, é uma forma poderosa de testemunhar. Mas não a única ou que seja a mais importante. É viver de acordo com os valores e ensinamentos conquistados ante nossa religião, buscando a honestidade, a fraternidade e a justiça em nossas interações com os outros, refletindo, assim, nosso testemunho forte e autêntico.
Temos que reconhecer e aceitar, que a nossa fé é ainda bastante frágil e creio piamente, que seja bem menor do que uma semente de mostarda. Não temos fortalecida, nos meandros dos nossos sentimentos, a humildade sincera que nos permitirá reconhecer nossas próprias falhas e limitações, buscando constante o esforço próprio, crescer espiritualmente, com exclusividade no trabalho assistencial. Ao admitir nossas imperfeições e compartilhar nossas lutas e dúvidas de forma aberta e honesta, estaremos demonstrando uma fé, mais que supostamente crida, verdadeira.
Vejamos o que Dr. Inácio diz a respeito do assunto em baila: “Hoje, o testemunho que se pede ao cristão não é o da morte nos circos de martírio ou o do sacrifício nos postes inquisitoriais; o seu desafio maior, na atualidade, é superar interesses subalternos e demonstrar verdadeiro idealismo”. Você hoje estaria pronto para colocar o Cristo em primeiro plano, fazendo mais do que simplesmente falar da Boa Nova? Decerto que, na hora do Testemunho, você voltaria atrás, ante de ser morto por feras humanas famintas e, sem dizer, sacrificado em postes da Inquisição. Longe disso, não é mesmo? Brotou um certo desânimo nessas minhas palavras? Anime-se, pois que oportunidades não nos faltam para darmos nosso grito: Libertas Quae Sera Tamem” lembra-se dessa frase? Daquelas saudosas aulas de Educação Moral e Cívica? Hoje os heróis – se é que poderemos classifica-los assim – são da tecnologia de ponta, sem suor, sem esforço, sem lágrimas.
Ao invés de impor nossas crenças aos outros, é importante buscar o diálogo respeitoso e aberto com aqueles que têm perspectivas diferentes. Ao ouvir atentamente e aprender com os outros, poderemos aprofundar nossa compreensão de fé e enriquecer nosso testemunho. Através da praticidade da compreensão, do respeito, e da assistência fraterna incondicional, faremos da Boa Nova do Cristo, nossa bandeira hasteada nas terras ainda áridas do nosso coração.
E continuando com o pensamento do insigne Doutor da citação acima: “Se tudo evolui, as formas de tentação também evoluíram. Ontem a pedra-de-tropeço era a dificuldade; hoje é a facilidade”. De fato, a charrua hoje se metamorfoseou em tecnologia de ponta. Trocaram-se a enxada, a vassoura e a pá, tão somente, por computadores, onde, uma outra inteligência está fazendo nosso dever de casa, pensando por nós, falando por nós, e num futuro próximo, praticando o bem por nós. Isso seria o nosso testemunho de fé? Para mim, me desculpem os mais conservadores, é uma tremenda vergonha e falta de respeito quanto a tudo que fizeram por nós, o Cristo, Madre Tereza, Irmã Dulce, Dr. Bezerra de Menezes, Eurípedes Barsanulfo, Chico Xavier, Ghandi entre outros… Outra coisa, é muito fácil e prazeroso, hoje em dia, visitar cidades históricas como expoentes do verdadeiro Cristianismo Redivido. Seria mais meritório, se nessas visitas a esses lugares exponenciais da Caridade, houvesse da nossa parte, um pouco de tino, de sensibilidade, de abrir nossos braços em abraços calorosos, irradiando o perfume inigualável da nossa parcela de humanidade espiritualizada, diga-se de passagem. Tornemos essas viagens mais instrutivas, como tivera Paulo, nas cidades que ele visitou. Façamos mais… Temos, hoje, como extrair melhor, o sumo das palavras, que dignamos serem sinceras, dos púlpitos das Casas Espíritas, nas palestras emolduradas de emotividade. Onde aqui o valor do suor e das lágrimas, como beneplácito do verdadeiro Espírita Cristão? Fica a dica.
A secularização e a diversidade religiosa crescente têm influenciado a percepção da sociedade em relação ao testemunho religioso. O ceticismo e a desconfiança, a vergonha de ser chamado “diferente” pela sociedade escravagista, tem impedido com que alguns ainda lutem às barganhas político-religiosas quanto ao testemunho da Verdade que se encontra narrado no Evangelho… Redivivo????
Por quanto tempo ainda usaremos as máscaras da hipocrisia?! Por quanto tempo ainda ficaremos com os nossos braços cruzados, nossos punhos cerrados, nossos corações em polvorosa angústia de não ter ainda, o necessário pra viver em paz de espírito, e do muito que temos, em matéria de bens materiais supérfluos, onde nos confrontamos, impenitentes, com as traças e cupins, brigando, ferozmente, por uma pústula dessa famigerada vontade insaciável de comer e ainda faminto? De beber e ainda sedento? Até quando pretendemos escrever no livro da existência a nossa história, com a tinta incolor das nossas misérias espirituais, religiosas, pessoais e familiares? Enganar quem, aqui? Comigo, meu Caro Leitor Amigo?
14/07/2023 – Até a próxima segunda-feira pessoal. Divulguem-na para nós. Gratidão.
Médium de psicografia desde 1990, tarefeiro espírita na cidade de Sete Lagoas/MG.