Senhoras e Senhores,
Tartarugas… Animais fantásticos, não é mesmo? Ainda pouco estudadas por muitos pesquisadores da área da herpetologia, mas em particular, destaco aqui o Projeto Tamar que incansavelmente vem lutando para a conservação dos animais marinhos.
Mas não estou aqui para dizer sobre esses renomados pesquisadores e pesquisadoras. Creio que pessoas com mais cacife poderá falar melhor do que eu a respeito. Hoje quero fazer uma comparação do Ser ainda não humanizado – que somos todos nós – com esse animal de profundas características, não querendo aqui, com esse meu comentário, desvalorizar de certo modo, essa raça. Claro que não. Mas vamos lá.
Sabe-se de então, pelo menos com aqueles seguidores que acompanham minha humildes considerações a respeito da lavra Luisiana, em particular o livro “Libertação” através da mediunidade do saudoso Chico Xavier, que uma equipe formada por Gúbio, Elói e André Luiz, foi destinada a cumprir uma missão por demais gloriosa, não especificamente para esse grupo que também ganhará seus bônus-horas, consideravelmente, mas, sim, para um coração materno iluminado e altruísta: Resgatar o espírito Gregório. E que corações são esses não é mesmo, que preferem conviver com o sofrimento dos seus filhos nas trevas, do que deliciarem-se em paraísos fictícios?! Lavagem cerebral aqui também?
Pois bem. Sabemos que a equipe de Gúbio estava na cidade estranha situada nas trevas e participava por alguns dias com aquela população de criaturas que merece de todos aqueles que ali passam com alto padrão de sensibilidade, mais compaixão do que pavor. E o instrutor, mesmo naquelas circunstâncias, aproveitava para tecer novos aprendizados para seus pupilos à sua guarda e proteção.
Relatou, ele, nos últimos comentários sobre a segunda morte e, aproveitando a ensancha de aprendizado, quanto à situação de muitos espíritos apegados às paixões que absorvem para si mesmos elegendo dessa forma o sofrimento que lhes convém. Enquanto ali naquele lugar de sofrimentos disse convicto nas palavras: “Estamos ainda presos às aglutinações celulares dos elementos fisio-perispiríticos, tanto quanto a tartaruga permanece algemada à carapaça”. Difícil para muitos aceitarem tal verdade, não é mesmo, principalmente quando não reconhecemos nossas fraquezas, nossas tendências, nossos instinto por supostamente controlados.
É de se convir que, se estamos em um planeta onde o sofrimento, as provas, expiações ainda regem a populaça que o habita, alguma coisa no íntimo d’alma mexe com cada um de nós, não estou certo? Mesmo tentando desviar nossa atenção para os desequilíbrios que muitas vezes afrontam nosso bem viver, difícil equacionar vetores de sentimentos para que eu ou você Seja Mais Feliz.
Lutamos muitas vezes conosco mesmos interagindo, na maioria das vezes com supostos doentes que acaloradamente mostram seus desequilíbrios à flor da pele em público. Precisam de tratamento, com certeza, assestarão muitos. Mas e nós, pessoalmente? Algo não nos faltaria para aquela pequena rusga familiar ou com vizinhos como também com as pessoas que convivem conosco no trabalho, nas horas de folga e recreio? Alguma vez algo ou alguma coisa já lhe soprou nos ouvidos mudanças que a princípio não saiba do que se passa com você realmente? Será que em nenhum momento dessa nossa existência não desejamos sair dessa carapaça ilusória, da nossa zona de conforto tão apropriada aos nossos ímpetos de inferioridade? Mudar para que, não é mesmo? Pensarão muitos. Na próxima existência eu mudo pois a perfeição é infinita. E, assim, hajam encarnações e reencarnações. Pobres coitados….
Hoje em dia é difícil precisar quem não necessite mais de socorro espiritual: Se os casais da atualidade ou das nossas Crianças do Século XXI. Não há na grande maioria dos lares uma higiene espiritual que nos pouparia mais sofrimentos e suavizasse um pouco mais nosso fardo de provações. Não sou formado em psicologia ou psiquiatria para saber o que se passa com a população mundial; o que ela necessite de urgência para amenizar tantos distúrbios espirituais que, na sua grande maioria são comandados por espíritos de mesmo nível sinistro independentemente dessa ou daquela crença, ou melhor dizendo, acreditando ou não na sua existência, pois, estar ou ser obsediado não precisa conviver na mesma sintonia de uma Vivência Espírita, não acham? Todos estamos suscetíveis às influenciações dos meio físico e também o espiritual, coisa que não ouço ninguém dizer desse segundo.
Como podem perceber, não estou aqui lavrando esse quanto aquele espírito com o martelo do julgamento ferrenho. Não. De forma alguma. Estou aqui usando uma Prosa Criativa no sentido de, saindo da caixa da insensatez, alertar quanto aos perigos que possamos atrair para o nosso psicossoma, pois que não adiantará palestras de cunho científico para meia dúzia de gatos engravatados ou simplesmente presos à carapaça de consultórios médicos, sendo analisados por terapeutas que, na sua essência, muitos se preocupam não com o doente, mas sim na sua continuada e promissora renda bruta que cada doença lhe poupará menor sacrifícios. Elitismo aqui também???
A maioria dos médicos da atualidade querem é status financeiro. Não sou eu quem afirmo isso. O mundo está aí que não me deixará mentir. Esses profissionais usam tão quanto a armadura da indiferença, da insensibilidade para com aqueles que se encontram nas favelas, nas periferias, morrendo por falta de legítimos médicos representantes na Terra do grande Hipócrates. Mudaram até o juramento para “adequar” às mudanças de temperamento emocional. De quem? Deles, dos médicos, ou de seus futuros pacientes? Onde estaria, meu Deus, os Bezerras de Menezes???
Muitos profissionais da saúde em nosso país deveriam procurar outra profissão, porque muitos desses lhes falta a ética médica. Muitos consultórios e clínicas são abertos praticamente quase todos os meses, não para o povo, mas para uma elite de dois ou três gatinhos com dinheiro, enquanto a massa que realmente precisa desse suporte, ficam a ver navios. Será que a consciência desses profissionais não lhe pesam a cabeça na hora de dormir? Sim… Não…
E para terminar esse nosso papo semanal deixo a vocês que estão lendo essas minhas singelas considerações com o pensamento de Jean Jacques Rousseau: “A fingida caridade do rico, não passa, da sua parte de mais um luxo: eles alimentam os pobres como cães e cavalos”. Profundo, não? A carapaça da tartaruga coube em alguém? Vamos refletir, Leitor Amigo?
23/06/2022 – Uma ótima leitura pessoal. Até a próxima quinta-feira. Fique em paz.
Médium de psicografia desde 1990, tarefeiro espírita na cidade de Sete Lagoas/MG.