Correto: CHEGUEI A SÃO PAULO.
Comentário: os verbos que expressam movimento: “chegar, levar, vir”, entre outros, regem as preposições “A” ou “AO”.
Exemplos: – eles foram (pretérito do verbo ir) a Ubatuba passar o final de semana; – levei meus filhos à escola (e não “na”).
Obs.: entretanto, a preposição “em”, citada na expressão acima, é utilizada nestes dois casos:
a) com verbos de movimento e que indicam tempo. Exemplo: voltaremos em meia hora;
b) com verbos estáticos, representados por “morar, permanecer, estar, ser, ficar”, entre outros. Exemplo: morávamos na Rua Carlos Weber – e não “à Rua Carlos Weber”.
- “Ela preferiu ir do que ficar” ou “Ela preferiu ir a ficar”?
Correto: ela preferiu ir a ficar.
Comentário: o verbo “preferir” é transitivo direto e indireto e, pela norma culta, rege a preposição “a”.
Exemplos: – prefiro ir ao campo à praia;
– prefiro o certo ao duvidoso;
– é preferível lutar a morrer ingloriamente.
Contudo, a construção “preferir do que”, mesmo não sendo tolerada na boa comunicação, continua sendo usada na linguagem coloquial; porém, nestes casos, não ocorre comparação, pois o verbo “preferir” expressa uma escolha.
Exemplo: prefiro comer salgadinhos do que doces.
[mc4wp_form id="3050"]- “Onde ele se dirigiu” ou “Aonde ele se dirigiu”?
Correto: aonde ele se dirigiu.
Comentário:
a) o advérbio “aonde” é usado com verbos que indicam movimento e são regidos pela preposição “a”.
Exemplo: voltaremos aonde iniciamos nosso caminho.
b) o advérbio “onde” é utilizado com verbos estáticos (indicados acima).
Exemplo: Pedro Leopoldo é a cidade onde nasceu Chico Xavier.
Obs.: devemos evitar o uso do advérbio “onde” quando não se refere a um espaço físico. Nesses casos, substituamo-lo por “em que”.
Exemplo: nestes textos, em que (e não “onde”) são inseridas noções pragmáticas, coerentes e atualizadas da Língua Portuguesa, há um bom aproveitamento pelo público em geral.
Professor de Português, Revisor de livros de São José dos Campos-SP.