Aos seguidores de plantão de Chico Xavier, meu salve.
Queridos irmãos em Cristo. Quando comentei essa obra magnífica, levando três anos de estudos, aprendi, nos seus vinte capítulos, que André Luiz, através da mediunidade de Chico Xavier, disse, com propriedade e como base para uma análise mais meticulosa com relação aos seguintes assuntos: O aparelho Psicógrafo, A Glândula Epífise, o Desenvolvimento Mediúnico, Sobre o Vampirismo, Sobre a Influenciação, Os efeitos da Oração, Um Socorro Espiritual, No Plano dos Sonhos, Mediunidade e Fenômeno, Uma reunião de Materialização, Uma Intercessão, Preparação de Experiências, Sobre a Reencarnação, Uma Proteção, Um Fracasso, Uma Incorporação, Uma Doutrinação, Obsessão, Sobre os Passes, Adeus.
São valiosas lições que, se muitos espíritas estudassem mesmo esse livro, com certeza não teriam criado tantas polêmicas desnecessárias que a meu ver, são carências de estudos de determinados assuntos como esses desse livro.
Emanuel, nesse prefácio, vem anunciar um novo trabalho da série do espírito André Luiz. Ele compara esses estudos, quando determinados pais deixam de contar a seus filhos, contos de carochinhas, fadas, castelos encantados, florestas misteriosas e os fazem refletir na trajetória do Espírito ante a Eternidade que descortina seus horizontes para a perfeição relativa com Deus.
Vejamos o que ele nos diz a respeito:. “
Os corações, ainda tenros, amam o sonho, aguardam heroísmo fácil, estimam o menor esforço, não entendem, de pronto, o labor divino da perfeição eterna e, por isso, afastam-se do ensinamento real, admirados, espantadiços. A vida, porém, espera-os com as suas leis imutáveis e revela-lhes a verdade, gradativamente, sem ruídos espetaculares, com serenidade de mãe. As páginas de André Luiz recordam essa imagem”. Crescemos alimentados por ilusões que o meio assim nos fazem acreditar. E as consequências são as mais duras possíveis.
Difícil acreditar quando nos mergulhamos no alucinógeno do materialismo, alguns ângulos da vida espiritual, tirando-nos daquela ideia de descanso eterno, onde o trabalho é incessante, estudos cada vez mais aprofundados acerca da Centelha Divina em processo de crescimento espiritual, e a aversão contra tudo isso é clara. Emmanuel nos diz:. “Ao invés do paraíso próximo, sentem-se nas vizinhanças de uma oficina incansável, onde o trabalhador não se elevará pela mão beijada do protecionismo e sim à custa de si mesmo, para que deva à própria consciência a vitória ou a derrota”. Deus não passa a mão na cabeça de nenhum dos Seus filhos. Cada um, segundo suas obras, seu esforço, seu determinismo e boa vontade é o que conta na escalada do progresso e da ascensão. E, se caso o fracasso se nos envolver com seus mil braços, não será culpa do Criador, porque hoje sabemos, sim, de tudo que fazemos de bom ou de mal. A nossa consciência se nos assevera quanto às nossas ações. É uma juíza imparcial aos nossos rogos e lágrimas porque sabe-se que tudo isso faz parte da jornada do espírito, sendo um impulso no próprio espaço-tempo que não consideramos útil e indispensável nas horas que, em passos sorrateiros, nos encaminham para o limiar do descortinar da nossa espiritualidade.
E quanto à nossa preguiça diante do trabalho a ser encarado por todos nós, ele nos diz:. “A maioria espanta-se e tenta o recuo. Pretende um Céu fácil, depois da morte do corpo, que seja conquistado por meras afirmativas doutrinais, Ninguém, contudo, perturbará a lei divina; a verdade vencerá sempre e a vida eterna continuará ensinando, devagarinho, com paciência maternal”. Devemos ir já aceitando que por mais estudarmos sobre o próprio espírito e as características dos planos espirituais, a surpresa e a perplexidade nos pegará de jeito, destronando a nossa sabedoria que pensávamos ter conquistado.
E complementa sua didática de ensinamento:. “A morte física não é o fim. É pura mudança de capítulo no livro da evolução e do aperfeiçoamento. Ao seu influxo, ninguém deve esperar soluções finais e definitivas, quando sabemos que cem anos de atividade no mundo representam uma fração relativamente curta de tempo para qualquer edificação na vida eterna”. O progresso jamais ficará extático. Tudo criado por Deus tem movimento, embora, em muitas situações, esses movimentos se nos fogem de um entendimento melhor quanto à sua matéria quântica celular.
E um ponto importante ele frisou:. “Urge socorrer a Religião, sepultada nos arquivos teológicos dos templos de pedra, e amparar a Ciência, transformada em gênio satânico da destruição”. Uma tem ligação fortíssima com outra, embora creiamos serem antagônicas. Mas em essência, não são no olhar mais acurado quanto à gênese espiritual de ambas. Hoje elas se encontram sepultadas por questões de foro íntimo e não com análises que se dilatem na verdadeira historicidade de uma e de outra. Por isso a preocupação de Emmanuel quanto.
E elucida acerca das dúvidas que hoje temos:. “É por este motivo, leitor amigo, que André Luiz vem, uma vez mais, ao teu encontro, para dizer-te algo do serviço divino dos “Missionários da Luz”, esclarecendo, ainda, que o homem é um Espírito Eterno habitando temporariamente o templo vivo da carne terrestre; que o perispírito não é um corpo de vaga neblina e sim organização viva a que se amoldam as células materiais; que a alma, em qualquer parte, recebe segundo as suas criações individuais; que os laços do amor e do ódio nos acompanham em qualquer Círculo da vida; que outras atividades são desempenhadas pela consciência encarnada, além da luta vulgar de cada dia; que a reencarnação é orientada por sublimes ascendentes espirituais e que, além do sepulcro, a alma continua lutando e aprendendo, aperfeiçoando-se e servindo aos desígnios do Senhor, crescendo sempre para a glória imortal a que o Pai nos destinou”. Com ele, meu Caro Leitor Amigo?
Prefácio de Emmanuel – Livro Missionários da Luz. – Pedro Leopoldo, 13 de maio de 1945.
28/04/2024 – Até a próxima terça-feira pessoal. Divulguem para nós. Obrigado.
Médium de psicografia desde 1990, tarefeiro espírita na cidade de Sete Lagoas/MG.