Aos seguidores de plantão do Dr. Inácio, meu salve.
Hospital, Escola, Prisão… A Terra pode ser vista de diferentes maneiras, dependendo da perspectiva espiritual e das experiências de vida de cada indivíduo. Para alguns, ela é um hospital, um lugar onde almas vêm para curar suas dores e aprender a superar dificuldades. Para outros, é uma escola, onde se adquire conhecimento, sabedoria e se evolui moralmente através das lições cotidianas. E há aqueles que a veem como uma prisão, onde se cumprem penas devidas a erros passados e se busca a libertação através da redenção e do aprendizado. Independentemente da visão, o propósito maior é o crescimento espiritual e a busca pela evolução. Nesse capítulo do livro “A Escada de Jacó”, ditado pelo espírito Dr. Inácio Ferreira ao médium Carlos Baccelli, continua a nos instruir acerca de um diálogo entre Dr. Inácio, Odilon e Modesta.
Desta feita, quantos e quantos lares se encontram em desequilíbrio moral e espiritual, por carência efetiva e afetiva entre pais e filhos e vice-versa. Quando não é um excesso de carga vibratória negativa, é a carência de energia vital de aprendizado e compreensão. E Dr. Inácio inicia a conversa:. “– Quantos pais se exaurem de aconselhar os filhos e quase nada conseguem junto a eles!”. Na maioria das vezes é o quadro que vemos em cada sociedade. Pais não conhecendo filhos e esses, não conhecendo os pais.
E continua ele:. “– O espírito, por mais o amemos e queiramos privá-lo da dor, necessita de aprender por si mesmo o que lhe convém. Sem sucessivas quedas, a criança não adquiriria mais justa noção de equilíbrio”. Sabe-se que o mundo sendo repositório de almas em processo de redenção, não estão isentas de sofrimentos e esses sofrimentos será a chave para a sua libertação, quando aquele espírito se propuser a encarar, ele mesmo, no espelho da consciência. Muitos poucos, contudo, não precisam da dor para reconhecer o caminho seguro a ser seguido. Aprende, sim, com as dores dos outros. Para esses, a Terra é uma escola.
E Odilon esclarece:. “Sobre a terra, raros os espíritos que, na atualidade, agem por completa ignorância; algum relativo conhecimento da verdade todos já possuem… Os que não querem ou não procuram saber o que devem, assim agem por preferirem não assumir a responsabilidade de seus atos. Hoje, a verdade está em toda parte; o que é essencial já foi dito praticamente em todos os idiomas…”. Certíssimo. Hoje se erra praticamente com certo conhecimento de causa. Se alguém rouba ou mata o semelhante, sabe-se que irá responder atrás das grades. A Terra para esses é uma prisão.
Podemos ver hoje, várias famílias com algum transtorno mental e espiritual. Quando se isolam dos filhos por colocarem primeiro a profissão e não a família, outros por sua vez, excedem no amor egoísta e possessivo. Vejamos o que Odilon nos diz as respeito:. “…não sabemos aplicar o amor, criamos naqueles aos quais nos vinculamos uma dependência afetiva que chega a ser patológica; quantos espíritos não conseguem deslanchar na experiência reencarnatória porque os que são chamados a tutelá-los os impedem de caminhar com os próprios pés! Devemos criar filhos para Deus e não para nós…”. Como disse, é um amor possessivo e egoísta que muitos pais não enxergam como barreiras a se criar no crescimento espiritual dos próprios filhos.
O acolhimento fraternal, a que chamamos de Caridade, não é retirar a cruz dos ombros daqueles que a carregam com muita dificuldade, mas sermos o Cireneu a ajuda-los a carregar o próprio fardo, auxiliando esses a se conhecerem intimamente e procurar corrigir os erros com certo conhecimento espiritual, coisa que nem muitas famílias e muitas religiões, não ensinam ou orientem respectivamente.
Não é porque aquele que deve à Justiça Divina não queira se corrigir que deveremos deixa-lo ao léu das provações. Assim, dessa forma irá cair mais e mais nas próprias fragilidades. É o que a sociedade está fazendo com esses excluídos de acharem um braço amigo em que se possam sustentar e seguir em frente.
E Odilon nos faz lembrar que:. “ Com Jesus Cristo, aprendemos exatamente o contrário: “…Na verdade, vos digo que quantas vezes o deixastes de fazer a um destes mais pequeninos, a mim o deixastes de fazer.” Auxiliar sempre, quantas vezes forem necessárias. Aí está o nosso testemunho do que sempre falamos para os outros em bancadas e palanques da vida e de difícil execução para conosco. O que seria a Caridade para você? Estaria pronto para ser o Samaritano reconhecido?
E Odilon nos esclarece quanto a Terra com relação ao corpo físico, título do comentário desse capítulo:. “…o corpo físico para nós outros, espíritos infratores, é um misto de cela carcerária, leito hospitalar e banco de escola: expiamos faltas, tratamos da saúde espiritual e efetuamos um curso de autoconhecimento…”. Além de estarmos presos temporariamente em um planeta de provas e expiações, estamos, por nossa vez, presos a um corpo físico propensos a receber de nosso espírito luz ou sombra. Quando deixamos ao relento das provas, irmãos nossos com a consanguinidade espiritual, não estamos, de forma alguma, praticando o que sempre falamos para os outros através dos ensinamentos do Evangelho. Para esses é melhor procurarem ser evangelizados antes de evangelizar.
Vamos refletir nas palavras de Odilon quanto:. “…o verdadeiro amor não extrapola, mas quem estará na Terra em condições de amar sem arroubos da paixão?”. A paixão ainda nos domina e nos faz crer em pensamentos absurdos quanto ao acolhimento ininterrupto com os nossos irmãos em sofrimento. Pensem se caso fosse algum dos seus filhos. Agiriam de outra forma? Deixariam distante da sua atenção continuadamente ou procurariam vezes e mais vezes despertá-los para o despertamento necessário? O que acontece é que os outros que não fazem parte da nossa consanguinidade familiar – nessa visão limitada de não amar o semelhante – não tem os mesmos direitos de ser amados como os nossos? “Deixem que um dia eles acordam”. É o pensamento daqueles que falam do Evangelho? Pensamos que por amar apenas e exclusivamente nossa família, estamos agindo certo com a Misericórdia do Pai. Será mesmo?
E como disse Dr. Inácio:. “O difícil é amar a todos de forma comedida, ou seja, com amor que não crie ilusões, não faça exigências, não espere retribuição!”. Difícil, meu Caro Leitor Amigo?
27/05/2024 – Até a próxima sexta-feira pessoal. Divulguem para nós. Obrigado.
Médium de psicografia desde 1990, tarefeiro espírita na cidade de Sete Lagoas/MG.