Aos seguidores de plantão de Chico Xavier, meu salve.
Estudiosos da obra de Chico Xavier. Esse é mais um livro que não faz parte do gosto de muitos espíritas. É a primeira obra destinada para o público infanto-juvenil, mas a sua essência é sempre bem-vinda para toda faixa etária, na qual esse Espírito maternal, conta o desenrolar dos esforços do menino Leonardo para captar a inspiração de Jesus.
Ele foi lançado no ano de 1947 pela mediunidade do Mineiro do Século Chico Xavier. E quem faz o seu prefácio é Veneranda, a mesma personagem do livro “Nosso Lar” de André Luiz. Ministra dessa cidade, foi ela a idealizadora da paisagem dessa cidade, se inspirando nas terras onde Jesus Cristo passou. Creio ser uma viagem no tempo. Era a que tinha mais horas de serviço a bem do próximo e esse livro ela utilizava nessa cidade como educação infantil.
Essa obra é composta por 20 capítulos, cada um com luz própria, irradiando para aquele que o folheia, um manancial de sentimento próprio, onde cada história nos traz ensinamentos, onde as virtudes se sobressaem como benesses abençoadas vindas do nosso Pai Criador.
As histórias são as mais diversas. Vejamos:. Leonardo, Sublime Encontro, A rogativa, O Despertar, No Serviço Paterno, As Plantas Tenras, A Vaca Doente, A Ave Ferida, O Velho Servidor, O Livro Emprestado, A Refeição, Zé Macaco, Na Escola, A Merenda, A Oração da Noite, Temores, O Reencontro, Explicações do Mestre, O Caminho, Acordando de Novo.
Veneranda esclarece em seu prefácio:. “Jesus é o Celeste Amigo dos meninos. Através de todos os caminhos e circunstâncias do mundo, a criança de boa intenção pode sentir-Lhe a presença sublime”. Aqui tem um ponto importante quando ela diz: “…a criança de boa intenção…”. Falando sobre educação, hoje em dia, não se sabe quem está mais carente de evangelização: Se os pais, os filhos, ou os dois. As fases infantil e juvenil, estão envolvidas num processo que chamarei como bonecos de pano, onde os pais colocam seus filhos do jeito em que o meio os processam e não por uma finalidade familiar probo de bons princípios.
Hoje difícil encontrar crianças e jovens que adquirem o hábito salutar de ler bons livros, de seguir exemplos significativos de mestres da paz, do amor e da fraternidade. Hoje tudo é internet, alimentada e procurada pelo seu lado podre. Os pais, não tem perspicácia de analisar os comportamentos e perigos que permeiam essa faixa de idade. Telefones de última geração, notebooks, tablets em conluio com a tecnologia que hoje ela pode ofertar. Difícil encontrar jovens que se preocupem com o amiguinho do lado ou da sociedade em que fazem parte. E sem a presença dos pais sem estrutura familiar, o bicho aí pega.
E ela dá uma dica:. “Basta que cultive a bondade no esforço diário e que guarde sincera confiança no Divino Poder, porque, então, a prece representará a escada de luz pela qual receberá a inspiração e o socorro do vigilante e compassivo Amigo do Céu”. A juventude de hoje mão sabe rezar. Creio que isso não é salutar para os “padrões” da sociedade e das famílias. Essas últimas não tem o cultivo da prece, do Evangelho semanal, do convívio mais espiritualizado entre pais e filhos e vice-versa. Hoje é cada um por si.
A competitividade de sobrevivência entre humanos impressiona e estarrece. E tudo está bem. O destino faz a cama para todos e a morte é um “descanso” merecido. Onde aqui o sentido real da Vida Imortal? Onde os valores cristãos em que todo aquele fiel em Deus deve seguir com uma fé raciocinada e com a razão transparente nos Mandamentos a serem seguidos?
Difícil aos educadores da atualidade uma abordagem em reconhecer e respeitar a singularidade das perspectivas infantis, reconhecendo que, mesmo em sua simplicidade, elas podem oferecer insights valiosos sobre a natureza da realidade e da existência. A mentalidade da geração do século XXI é muito diferente de vinte e trinta anos atrás. Precisa de técnicas que promovam o desenvolvimento de virtudes que os pais não souberam dar a eles, porque também as desconheciam, fazendo com que elas continuem com esse ranço contagioso da ignorância em todos os estilos de vida, em que o humano ser tenta sobreviver às suas próprias desgraças.
Só Jesus salva e liberta, ao contrário das religiões de homens. A mão que apenas hoje reza, pode ser aquela que venha acolher fraternalmente nos braços, o irmão faminto, abandonado nas sarjetas da vida por nossa culpa… nossa máxima culpa. Onde, pois estaria aqui o clamor: “Senhor…”, “Senhor…”. meu Caro Leitor Amigo? Para quem seria mesmo?
Veneranda
Pedro Leopoldo, 3 de abril de 1946.
04/05/2024 – Até amanhã pessoal. Divulguem para nós. Obrigado.
Médium de psicografia desde 1990, tarefeiro espírita na cidade de Sete Lagoas/MG.