Aos seguidores de plantão de Chico Xavier, meu salve.
Caminheiros. Mais um romance do espírito Emmanuel, “Ave, Cristo!”, trazendo nesse 50º livro da lavra mediúnica de Francisco Cândido Xavier, lançado em 1953, a história de Quinto Varro e Taciano, almas ligadas por várias reencarnações que se reencontram no terceiro século do Cristianismo, na região controlada pelo Império Romano. Como exemplo de simplicidade, confiança e amor, os pioneiros da Boa Nova entregaram-se ao serviço do Cristo, tendo como sustento apenas sua poderosa e inquebrantável fé. É o que hoje falta com aqueles que supostamente dizem seguidores do Cristo.
E Emmanuel inicia seu prefácio explanando a sociedade como num todo:. “Hoje, como outrora, na organização social em decadência, Jesus avança no mundo, restaurando a esperança e a fraternidade, para que o santuário do amor seja reconstituído em seus legítimos fundamentos”. A organização social na sua estrutura, dita democrática, vem mostrando o inverso, quando se trata da vivência e convivência com o semelhante. Ainda está em voga certos “padrões” familiares e sociais, que vem denegrindo a personalidade humana, por continuar uma saga de antepassados que se perderam, sim, nas areias do tempo. O Mestre om Seus ensinamentos da Boa Nova, vem sendo trocada por insignificantes padrões religiosos que vigem, tão somente, alimentar o lado materialista de seus fiéis, olvidando que o Cristianismo Primitivo é a base para uma organização mais voltada aos princípios da razão e da fé raciocinadas.
E Emmanuel fala-nos sobre Jesus:. “Por mais se desenfreie a tormenta — Cristo pacifica. Por mais negreje a sombra — Cristo ilumina. Por mais se desmande a força — Cristo reina. A obra do Senhor, porém, roga recursos na concretização da paz, pede combustível para a luz e reclama boa vontade na orientação para o bem”. Jesus sempre será o Caminho, a Verdade e a Vida, desde que saibamos dar o nosso testemunho no bem a ser feito. Aqui nada de ladainhas, coros, decorebas, técnicas simplesmente teóricas. Como ele mesmo disse:. “A ideia divina requisita braços humanos”. Mais claro impossível, não é mesmo? … braços humanos… É o que a humanidade precisa, uns com os outros. Calor humano espiritualizado. É o Bem Maior na prática, doando o suor e compreensão aos desvalidos da sorte que jogamos, conscientes, nas sarjetas do mundo.
E continua Emmanuel com o seu elevado pensamento:. “O Espiritismo, que atualmente revive o apostolado redentor do Evangelho, em suas tarefas de reconstrução, clama por almas valorosas no sacrifício de si mesmas para estender-se, vitorioso”. A Doutrina dos Espíritos está sendo, no mundo, a Porta Estreita a qual todos irão encarar face a face com a própria consciência, agora, desperta dos andrajos do materialismo e da podridão em que transformaram a Boa Nova do Senhor. Vem reviver o Cristianismo dos tempos apostólico para que assim, com o coração disposto a doar o amor incondicional, possam, os homens praticar, com destemor, a Caridade como Religião Oficial da Huanidade. Estarei exagerando ou sonhando um sonho impossível? A destinação de todos será a união unificada nos Dez Mandamentos e nas Bem-aventuranças do Mestre. Aqui está a base de toda a nossa espiritualidade. Façamos, pois, a nossa parte.
Os vivos da Eternidade, se empenham a impulsionar a Humanidade terrena, sempre para frente e para o alto. Só dependerá de nós. Da nossa reforma íntima abalizada nos conceitos evangélicos, iluminados pela chama eterna do Amor em forma de Caridade. Sem o despertar da Alma encarnada, para essa transformação indispensável, para sairmos do charco ignominioso, difícil avistar com olhos de ver, ouvidos de ouvir e coração para sentir a alvorada de um novo Reino a florir.
E ele nos adverte sabiamente:. “Enquanto a perturbação se alastra, envolvendo-te, e enquanto a ignorância e o egoísmo conluiados erguem trincheiras de incompreensão e discórdia entre os homens, quebram-se as fronteiras do Além, para que as vozes inolvidáveis dos vivos da eternidade se expressem, consoladoras e convincentes, proclamando a imortalidade soberana e a necessidade do Divino Escultor em nossos corações, a fim de que possamos atingir a nossa fulgurante destinação na vida imperecível”. É o nosso desiderato sublime de redenção.
E Emmanuel também nos fala sobre o livro:. “Alinhando, pois, as reminiscências deste livro, não nos propomos romancear, fazer literatura de ficção, mas sim trazer aos nossos companheiros do Cristianismo redivivo, na seara espírita, breve página da história sublime dos pioneiros de nossa fé”. Sim. Os pioneiros de nossa fé, hoje tão subjugada a contextos de sobrevivência apenas do corpo e não da sublimação da alma explicitamente envolvida por reles montantes de palavras sem vida, sem o viço da essência divina em que o sentimento humano fora criado.
E fala-nos dos doutores da lei da atualidade:. “Hoje, como ontem, Jesus prescinde das nossas guerrilhas de palavras, das nossas tempestades de opinião, do nosso fanatismo sectário e do nosso exibicionismo nas obras de casca sedutora e miolo enfermiço”. É chegada a hora de mudanças. Sair do casulo das imperfeições e ganhar terreno no vasto cenário de dor e sofrimento a que tentamos, em vão, não aceitar como triste realidade.
E no término desse prefácio ele nos convoca:. “Suplicando-lhe, assim, nos ampare o ideal renovador, nos caminhos de árdua ascensão que nos cabe trilhar, repetimos com os nossos veneráveis instrutores dos primeiros séculos da Boa Nova: — Ave, Cristo! os que aspiram à glória de servir em teu nome te glorificam e saúdam!”. Com ele, meu Caro Leitor Amigo? Emmanuel – Pedro Leopoldo, 18 de abril de 1953.
09/06/2024 – Até a próxima terça-feira pessoal. Divulguem para nós. Obrigado.
Médium de psicografia desde 1990, tarefeiro espírita na cidade de Sete Lagoas/MG.