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Diálogo Amistoso – Cap. 39 – Sob as Cinzas do Tempo – Assunto: Reencarnação

Aos seguidores de plantão do Dr. Inácio, meu Salve.

            Reencarnação…. Até onde ela seria verdadeira? Até onde ela é uma utopia? A verdade é que sem ela, o nosso existir configuraria numa espécie de vida refratária onde todo mal e todo bem praticados terminariam no vácuo, se é que posso me expressar para aqueles que assim acreditam… sem merecimento para ambos os lados.

            Você acredita na reencarnação? Saberia dizer se a sua personalidade hoje não estaria sendo manipulada por outras do passado a ponto de se apresentar, presentemente, com todos os tentames de eras já vividas? Para os que não acreditam, quem seria você hoje? Ou para melhorar a credibilidade em si mesmo, que é você? De onde veio? Será do acaso que em um escarrar criou você? O que estaria fazendo em um “único mundo” do universo povoado, sendo você um mísero doente que não terá meio algum de conquistar jamais a saúde sendo um louco sem diretivas, vamos dizer melhor agindo sem conta própria? Para onde irá depois da morte? Para um buraco negro do universo comandado pelo Nada, onde tudo de bom e de mal que praticou ele apagará até mesmo sua identidade numa criação espontânea definida? Nascer, crescer, morrer… Diante disso, o que seria a vida? Um buraco de minhoca às avessas?

            Dr. Inácio observava Paulinho por dias seguidos. Sentia ele um pouco isolado dos outros detentos. Era encontrado muitas vezes a chorar pelos cantos do Sanatório pela morte da sua mãe. Resolveu, então conversar um pouco com ele. E desta conversa aprenderemos muito. Vejamos algumas citações: “Paulinho, você tem agido, meu filho, como instrumento de um espírito que afirma ter sido seu pai, num passado distante, na época da Inquisição. Para se entender tudo isso, é necessário que se creia na reencarnação.”. Por isso que eu falo que não poderemos perder tempo num bate-boca estéril com pessoas que não acreditam nela. É chover no molhado… É tentar enxugar gelo… É jogar saliva fora… É chupar parafuso para virar tachinha.

            Mas a reação de Paulinho quanto ao assunto fez com que Dr. Inácio ficasse surpreso: “Mas eu acredito Doutor – disse-me ele – eu tenho pensado muito ultimamente vendo muitos internos doentes nesse hospital… Que será que teriam feito para merecer semelhante sorte?”. Como podemos observar aqui nesse linguajar de um jovem, nada é por acaso. Tudo tem um significado que muitos deles nos deixam confusos e desorientados, perplexos e perdidos quando na reencarnação não acreditamos. É tão fácil a credibilidade nela que se nos torna difícil de um melhor entendimento, não é mesmo?

            Mas essa citação aqui, merece nossa atenção maior por que é o ponto chave da nossa reflexão do dia e podemos dizer da semana. “Não estou dizendo isso para agradar o senhor. Sem a noção da chamada reencarnação, fica difícil compreender, inclusive, a EXISTÊNCIA DE DEUS – grifo nosso, o senhor não acha?”. Belíssima citação essa. Verdade verdadeira. Creio que essa falta de respeito com o nosso Criador, diante de tantos dogmas, rituais, imagens, criadas exclusivamente pelos homens e para os homens, depondo Deus para segundo, terceiro, quarto planos – e olhe lá – é a razão da Humanidade estar sofrendo pelo mal infligido a ela mesma. Não acreditando em Deus e não praticando Seus Mandamentos, as esperanças morrem… a fé se transforma em simples flor de plástico em cima de uma mesa… Nossa vida se resume a dias e noites em trevas tentando satisfazer nossas vontades pelo simples ato maquinado de viver e morrer simplesmente. Triste cenário esse, não? Triste fim da Humanidade… Se não houvesse reencarnação propriamente dita, a raça humana sequer existiria.

            Dr. Inácio concordou com o pensamento de Paulinho acerca da reencarnação e abrindo o leque das revelações, disse-lhe: “Você, sua mãe e, possivelmente, seu pai viveram no tempo da Inquisição – ao que tudo indica, na Espanha, (…) Deve ter existido um envolvimento afetivo de vocês com o Inquisidor Geral de nome Tomás de Torquemada. (…) O ódio maior desse espírito era contra sua mãe, a qual (…) o traiu com um de seus comparsas do Santo Ofício…”. Interessante tal relato, comprovando o drama pelo qual passa essa família. Nada é oculto que um dia não venha ser revelado. Fazemos o mal na Terra e nela pagaremos pelo mal praticado, ceitil a ceitil. Muitas vezes pagamos até mesmo nessa mesma existência, saldando dívidas, recapitulando erros, procurando aliviar, através da correção raciocinada, nossa consciência pesada.

            O mal não deveria ter se tornado ibope nos meios de comunicação. Exaltam-no aos extremos onde suas irradiações adentram milhares de lares confrontando, assim, com egos adormecidos, que alimentados inconscientemente pelos miasmas que dele emanam, despertam, impávidos, interferindo na vida presente de milhares de famílias fortalecendo as sombras que ainda carregamos sem nenhum controle, sem nenhuma defesa. E hajam escândalos, mortes, violência como sinal da inferioridade de um povo ainda massacrado pela ilusão de não saber, sequer, do significado da sua própria existência, quanto mais do seu Criador que para muitos não existe.

            “O mal somente nos alcança através de terceiros quando deliberadamente nos expomos a ele. Sem a chamada Lei do Carma, nada se faz…”. Acertadas palavras do Dr. Inácio. Sim… a Lei de Ação e Reação é o freio da nossa consciência quando desperta por nós a damos ouvidos. Até mesmo a nossa ignorância se torna um peso em que o nosso destino se desqualifica temporariamente nossas escolhas, estacionando-nos nos cômoros da delinquência, da loucura, dos destrambelhos de toda sorte.

            Em muitas circunstâncias da vida, poderemos nos equivocar quanto à nossa verdadeira religiosidade ligada principalmente à uma religião. É fato que para praticar a religião do Amor, da Caridade, da Fraternidade, não precisamos usar de rótulos religiosos para chamar de nossa. Vamos refletir nisso. Vamos fazer da Caridade nossa religião oficial a que temos que honrar tanto na Terra quando nos Planos Espirituais. Lembremos que Nosso Lar é o Templo com que Deus deverá reinar nas consciências aí reunidas. E que ambos sejam o motivo pelo qual estamos ainda em um mundo de sofrimentos. Sanar faltas.

            Para terminar esse nosso singelo encontro, vamos refletir que, para amenizarmos nosso conceito de religiosidade, pratiquemos a Caridade; para nos tornarmos melhores do que fomos ontem. Façamos do Nosso Lar a oficina do Cristianismo Redivivo onde o Evangelho será nosso único passaporte para a Vida verdadeira e imortal singrando seguros e confiantes para Cima e para o Alto os degraus da Eternidade. Comigo Caro Leitor Amigo?

09/12/2022 – Até a próxima segunda-feira pessoal. Divulguem-na para nós. Muita paz.

Aécio Emmanuel César
Médium de psicografia desde 1990, tarefeiro espírita na cidade de Sete Lagoas/MG.

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