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“Espinho” ou “Espinha” por Antonio Nazareno Favarin

Comentário: na maioria das vezes, utilizamos essas duas palavras atribuindo-lhes a mesma conotação. No entanto, referem-se a conceitos bem diferentes. Vejamo-las caso a caso:

a) Espinho: é a estrutura pontiaguda encontrada nos caules de algumas plantas, tais como a roseira, limoeiro etc.

Exemplo: ao apanhar limões, não suba no limoeiro, pois essa planta contém muitos espinhos pontiagudos.

 

b) Espinha: esta palavra, além de especificar a inflamação de certas regiões da pele (acne) e da coluna vertebral (espinha dorsal), refere-se aos ossos finos e aguçados de que se compõe o esqueleto dos peixes.

Exemplo: menino, tenha muito cuidado ao comer este peixe: ele contém muitas espinhas (no feminino).

“PORISSO” ou “POR  ISSO”?

Correto: por  isso.

Comentário: esta locução, grafada numa só palavra, não existe em nossa Língua Portuguesa; portanto, devemos escrevê-la sempre de forma separada: por  isso.

Exemplo: hoje choveu muito e, por isso, a festa foi adiada.

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“SEÇÃO”, “SECÇÃO”, “SESSÃO” ou “CESSÃO”?

Comentário: são quatro palavras homófonas e heterográficas; isto é, têm, praticamente, o mesmo som; entretanto, seu sentido e grafia são diferentes. Vejamo-las, caso a caso:

 

a) Seção: equivale à divisão ou segmento, assim como: seção de esportes, seção eleitoral etc.

Exemplo: todos nós votamos na mesma seção eleitoral.

 

b) Secção: esta palavra é usada, apenas, no caso em que corresponda a corte (amputação).

Exemplo: foi-lhe feita a secção do dedo minguinho.

 

c) Sessão: refere-se à reunião, tempo em que uma atividade é realizada em determinado grupo. Do latim “sessio” = sentar-se.

Exemplo: todos os assistidos ficaram plenamente satisfeitos ao receberem cartas consoladoras na sessão doutrinária espírita realizada nessa casa.

 

d) Cessão: é o ato de ceder, dar.

Exemplo: Francisco Cândido Xavier (Chico Xavier) fez, desde o início de seus trabalhos mediúnicos, a cessão dos direitos autorais de seus mais de 500 livros psicografados a inúmeras obras assistenciais.

 

Antonio Nazareno Favarin
Professor de Português, Revisor de livros de São José dos Campos-SP.

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