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Esquecimento – Cap. 30 – Do Outro Lado do Espelho – Assunto: Terapias Alternativas

Aos seguidores de plantão do Dr. Inácio, meu Salve.

            Terapias Alternativas… No presente milênio, as terapias alternativas cresceram assustadoramente. Por qual motivo seria? Será que o povo realmente precisaria delas? Seria para todos em geral, ou só para uma minoria que tivesse um dinheiro sobrando para ter o prazer desse tratamento? Segundo o assunto, vejo nos meios televisivos, a carência estupenda de médicos em hospitais principalmente aqueles em que se encontram longe do centro das cidades. É um desprezo total de autoridades, médicos e pessoas que dizem dedicar à saúde das pessoas é que me espanta. Não vejo falar que as terapias alternativas estão adentrando aos poucos nas periferias onde realmente o socorro é inadiável. Agora, no centro das cidades são médicos um cutucando o outro em cada esquina para ter um espaço para chamar de seu; de colocar seus nomes garrafais em suas clínicas e consultórios; de ganhar um dinheiro de gatos pingados que realmente podem pagar várias sessões sem reclamar do preço pedido. Agora me pergunto: Qual a finalidade delas nesse sentido?

            Dr. Inácio em conversa aberta com o mentor Odilon Fernandes faz sérios apontamentos a respeito. Vejamos algumas citações encontradas no livro “Do Outro Lado do Espelho”, pela mediunidade de Carlos Baccelli: “Inácio, cabe-nos respeitar toda iniciativa séria e sem interesses subalternos de quantos se lançam às pesquisas de comprovação científica da sobrevivência mormente daqueles que unem ao tentame propósitos terapêuticos. No entanto precisamos convir que o terreno é escorregadio…”. Toda terapia que tem ligação com o subconsciente tem que ter certos cuidados e certos limites. É como se adentrássemos em uma caverna escura onde não sabemos o que iremos encontrar, mesmo providos de armas, luzes, conhecimento, pois que é um labirinto para quem está nele quanto àqueles que procuram adentrá-lo.

            Continuando com os esclarecimentos do instrutor acima: “Raríssimos, os profissionais com habilitação nessa área. Ultimamente, as chamadas terapias alternativas tem dado margem a muitos abusos, incentivando o fanatismo, através de condutas excessivamente místicas”.  A grande maioria – para não dizer todas – tem um cunho místico, onde os fundadores das terapias conhecidas eram ou são gurus, de certa forma. Contudo, devemos considerar que o esquecimento do passado é necessário para nossa alta-estima. Não devemos mexer em algo que nos é ainda desconhecido. Claro que aqui não poderemos generalizar. Segundo “O Livro dos Espíritos” na sua resposta de nº 392: “O homem nem pode nem deve saber tudo; Deus assim o quer na sua sabedoria. Sem o véu que lhe encobre certas coisas, o homem ficaria ofuscado como aquele que passa sem transição da obscuridade para a luz Pelo esquecimento do passado, ele é mais ele mesmo”. Vale a dica.

Tem pessoas que ao levantarem se não lerem o seu horóscopo, não colocar cartas, acender incensos entre outros rituais, não ficam tranquilas. Mas o que seria tranquilidade para essas pessoas? E o fanatismo então? Estariam interligados? Pensa você que ele só se enquadra a questões políticas e religiosas? De forma alguma. Vejamos: “Segundo o dicionário Aurélio, fanático é aquele que segue cegamente uma doutrina ou partido, o termo não está ligado unicamente a doutrinas políticas ou religiosas, pois tudo aquilo que leva o indivíduo ao exagero é considerado como forma de fanatismo”. Creio, no meu humilde ponto de vista – como disse anteriormente – que essas terapias tem sempre ligações com o lado místico, mas, se realmente vier a aliviar pessoas, de todas as classes, ótimo, mas todo cuidado é pouco.

            Em outra brilhante citação do instrutor acima temos: “Na maioria das vezes, o paciente que se submete à hipnose apenas tem acesso a lembranças fantasiosas guardadas no subconsciente. (…) … mesmo sob indução hipnótica, a personalidade possui mecanismos de defesa em que se oculta”. Interessante. Como nosso corpo humano é fantástico, não é mesmo? Como os anticorpos atuam na defesa do nosso organismo, o próprio Corpo Mental – usina espetacular do nosso espírito –, tem suas defesas que, creio, nem Freud conseguiu atravessá-las, senão ele tinha revelado. Nosso subconsciente é uma caixinha de surpresas… perigosa mais das vezes. Vale a dica.

            Quanto às práticas de meditação introduzidas em muitas Casas Espíritas, disse com propriedade Odilon Fernandes a Paulino Garcia que também fazia parte do pequeno grupo: “Estranhas, (…) A oração deve ser o nosso melhor exercício de introspecção”. E quanto às técnicas com relação aos passes: “Obsoletas e desnecessárias. Nenhuma delas substituirá ou terá maior eficácia que a da imposição das mãos. O que foge da simplicidade complica, e o que complica não é Espiritismo”. Acertada verdade. Em muitas Casas Espíritas é um tal de fazerem calhamaços de papeis de como estudar e praticar o passe, que na verdade, faz muita gente afastar desse divino dom por causa de prolegômenos que ao invés de fortalecer a linha de passistas, faz aumentar sim, muitos processos obsessivos. Por que sempre o mais simples se torna mais complexo? Difícil compreender, não?

            Em outra citação do exímio professor de mediunidade temos: “A transmissão do passe e a magnetização da água, a prece e a tarefa assistencial são as mais genuínas atividades de cura em um Centro Espírita. O que fugir disso – permitam-me a expressão – é invencionice”. Para que complicar, não é mesmo? Muitas Casas Espíritas dão valor tão somente às reuniões mediúnicas como se elas fossem o alicerce principal do Espiritismo. Ledo engano os que assim pensam. Como disse Odilon Fernandes “…mediunidade é um pequeno detalhe…”.

            “Quanto mais estudo e mais caridade, mais ligação com o Plano Superior e, consequentemente, maior credibilidade”. Natural que assim seja. Tem que haver certo equilíbrio nas tarefas de uma Casa Assistencial. Muita coisa há de se fazer na prática. A teoria é fundamental, sim, mas sem colocar a mão na massa, não misturando bem os ingredientes desses estudos, difícil sair uma coisa que preste para vir alimentar a alma sedenta de sentimentalidade e não tão somente do corpo somático.

            Muitas terapias estão adentrando os Centros Espíritas e isso é um perigo. São elementos estranhos à Doutrina e não que essas terapias não funcionem, vale aqui ressaltar. Creio que já temos muito que estudar, analisar, ponderar, refletir para que a sua praticidade venha nos trazer os laureis da assistência mais direta em todos os seus níveis de precariedade espiritual em que digladiam milhares de pessoas. Vamos estudar com mais afinco, sem fanatismo, vale lembrar, as Obras Básicas, o acervo formidável de Chico Xavier, o conteúdo bastante expressivo da Revista Espírita que uma grande maioria de confrades e confreiras de respeito, nem sabem o seu fantástico conteúdo. Creio que assim agindo, teoria e prática, os servidores de dentro das Casas Espíritas estarão de certa forma preparados para serem os Trabalhadores da Última Hora. Temos a mania de gostar de algo novo no sentido de apurar apenas nossas papilas mediúnicas. Mas como Chico Xavier sempre dizia quando o perguntavam: “O que há de novidade Chico? E ele respondia: O Evangelho. A novidade será sempre o Evangelho, porque ele é a novidade sempre nova. Comigo Caro Leitor Amigo?

17/03/2023 – Até a próxima segunda-feira pessoal – Favor divulgar para nós. Gratidão.

Aécio Emmanuel César
Médium de psicografia desde 1990, tarefeiro espírita na cidade de Sete Lagoas/MG.

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