Aos seguidores de plantão do Dr. Inácio, meu Salve.
Fragilidade humana… Como as temos, não? E como ainda agarramos nelas à ponto de desviar nosso comportamento ao crivo da nossa própria percepção. Você conhece suas fragilidades? Demonstra alguma delas aos familiares, amigos, ao pessoal de trabalho ou procura ocultá-las até de você mesmo? Querendo ou não, segundo as circunstâncias que nos calcam os passos na senda evolutiva, difícil não expressar ao mundo nosso lobo ou nosso cordeiro que está dentro de nós. Não é mesmo?
E falando em fragilidades humanas, encontraremos Dr. Inácio de cama respondendo pelo mal que estava fazendo ao corpo e ao seu espírito através do vício do cigarro. Estava praticamente de molho em sua casa impossibilitado de sair a todo custo.
E é ele que nos relata em seu livro “Sob as Cinzas do Tempo”, através da mediunidade de Carlos Baccelli a sua sanha de espírito devedor. Vejamos: “Caso desencarnasse com aquela pneumonia, como haveria de me apresentar no Mundo Espiritual?”. Com certeza pelo menos ele assim pensa. Enquanto milhares e milhares de almas desterradas no mundo jamais parou em analisar as consequências que muitas vezes aprisionam o espírito a um corpo cada vez mais incapacitado. Esses, não estão preocupados no que irá ver depois da morte do corpo físico. Céu? Inferno? Purgatório? Voltar a integrar o Bojo Divino perdendo tudo que o Criador lhes deu? Perguntas e mais perguntas que, infelizmente as acharão quando estiverem do Outro Lado da Vida, frente a frente com a sua própria consciência. Pesada?….
Às vezes, paramos para refletir nas ações que praticamos apenas quando estamos de cama. São raros esses momentos. Parece que um filme se desenrola na nossa mente, nos mostrando o quanto de tempo perdemos para saciar voluptuosamente os nossos vícios. Triste, não? E com esse meu pensamento, vamos ver mais uma citação: “Se aquela pneumonia, fruto da minha invigilância com o hábito de fumar, me levasse para o Além, qual seria o meu nome para lá das fronteiras da morte? De que valeria o título de Doutor, em meus precários conhecimentos médicos?”. Interessante essa citação. Àqueles que pelo menos reflete nesse sentido, haverá de ter surpresas menos desagradáveis quanto à forma em que supõe ser o Mundo dos Espíritos. O mais sábio homem encarnado da Terra será um aprendiz que começará muita das vezes do bê-á-bá de tudo que aprendeu quando envergava um corpo físico. Suas manias, seus vícios, suas quase virtudes ensaiadas ainda o seguirão túmulo a dentro mostrando que a morte, em si, não tira nem complementa nada quanto a personalidade de alguém. Se homem bom, continuará sendo bom no Além; se mal, estará sujeito a se reunir com os asseclas de mesmo nível de maldade.
A mãe do Dr. Inácio o cobriu de cuidados quando esteve de cama. Sempre o aconselhava a parar de fumar. Como entender um médico que salva vidas, deixando se acabar por um vício? Onde o exemplo aqui? Como falar para um paciente que o vício do tabaco irá mata-lo sendo que seu médico alimenta o mesmo vício? Mas o que mais acontece é que não aceitamos ser corrigidos. Aqui tanto o paciente quanto o médico. Nosso orgulho ainda nos fala bem mais alto do que a nossa consciência e razão desejem esbravejar.
Nesse assunto interessante, lembremos que André Luiz passou oito anos no Umbral resgatando, de certa forma, seus apetites de vícios, passando por necessidades longe do entendimento da massa humana encarnada. Aquele tido “purgatório” nos faz aceitar um meio de vida totalmente diferente de quando vivos na Terra. Reflexões, pensamentos, revolta, medo, anseios, desespero são sinais característicos nessas regiões as quais todos nós, um dia, iremos passar. Agora o tempo a ser fixado nessas instâncias, dependerá como anda lá a nossa espiritualidade.
Reconhecível de que enquanto o organismo do nosso doutor se encontrava impregnado de nicotina, quantos e quantos outros irmãos tem suas mentes apinhadas por maus pensamentos – na maioria não sendo seus – mas compartilhados com outras mentes que lhe afeiçoam esses desequilíbrios. E como é triste analisar que após o ingresso do espírito às regiões invisíveis, muitos desses terão muitas dificuldades de se sentirem a necessidade de renovação de pensamentos. Quantos padecerão anos e anos a fio na escuridão do universo negro em que sempre alimentaram? Dos vícios a serem superados? Dos pontos de vistas a serem revistos? Da sua religiosidade, das suas crenças, da sua cristandade? Quantos e quantos motivos para reacendermos a chama do recomeço enquanto ainda estamos sustentados num corpo físico, não é mesmo?
O que não faz a Criação Divina quanto ao despertar da alma humana no sentido de sofrer? Quanto ainda necessitará essa mesma alma no sentido de despertar para si mesma? O quanto a dor deliberará a consciência no acerto das suas ações? Se estamos em um sanatório a céu aberto onde cada um de nós se apresenta à sociedade com as deficiências morais, espirituais, religiosas, familiares, íntimas? Onde as virtudes aqui que possam dirimir um pouco essa nossa permanência como salvo-conduto no sentido de viver como irmãos consanguíneos em espírito voltados ao Criador?
Se a Terra é um hospital, por que não aceitamos, como enfermos da alma, erradicar todos os males do nosso espírito em um corpo que não suporta tanta energia malfazeja a ponto de diminuir drasticamente nossos dias no mundo? Como disse, porque tanto sofrer se temos todos os medicamentos morais para cicatrizar tantas feridas abertas pelos arrazoados momentos de ira, de raiva, de descontrole emocional? Por que não o Evangelho em nós? Por que não dessedentar nossa sede, vivendo no Lar, como Templo Sagrado, os Mandamentos de Deus? Seriam carências de tato espiritual?
Se não deixa de ser a Terra como uma escola bendita, por que nem sempre lidamos com as matérias essenciais para o nosso crescimento espiritual? Por que não seguimos a cartilha da Natureza que sempre está a nos indicar o caminho certo através das suas folhas, flores, frutos, como energia provinda do Criador que a tudo assiste como Pai Misericordioso e Justo? Por que a reprovação de ano no que consiste reencarnações em peso no sentido de ganharmos novas oportunidades de progresso e que, muitas vezes, não assimilamos sua essência no nosso comportamento bilateral? Perguntas e mais perguntas… Sabe responde-las?
Quando das visitas de D. Modesta à casa de Dr. Inácio lhe ministrando passes salutares, o espírito de Eurípedes Barsanulfo através da médium sempre prestativa, disse ao nosso acamado: “Inácio, meu filho, as vibrações negativas que você vem catalisando em contato com os seus pacientes ofereceram campo a pneumonia. (…) Procure estar mais vigilante. O corpo humano é suscetível de enfermar através dos pensamentos doentios que o homem assimila. (…) Nunca se acredite dispensado de orar…”. Receita sempre benvinda, não é mesmo, não somente direcionada para ele, mas para nós também que, não tendo os vícios dele, temos os nossos e talvez, muitas vezes, bem piores da correção indispensável da melhoria do nosso espírito e consequentemente do nosso corpo físico. Infelizmente a realidade médica nos faz pensar várias vezes por que a maioria dos médicos não rezam. Será que se julgam indispensáveis de orar só porque estarem salvando vidas dispensando, assim, da prece pessoal e intransferível? Vale o nosso concurso para essa fragilidade humana que acomete, não só eles, mas todos nós, seres ainda rebeldes aos Mandamentos do Senhor, não é mesmo Caro Leitor Amigo?
18/11/2022 – Até a próxima segunda pessoal. Muita paz. Divulguem-na para nós.
Médium de psicografia desde 1990, tarefeiro espírita na cidade de Sete Lagoas/MG.