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Gregório – Livro Libertação – Cap. XX por Aécio E. César

Pessoal, no final dessa matéria, coloquei ela em áudio no YouTube.

Senhoras e Senhores,

            Gregório… Quem seria esse espírito? Você saberia dizer algo a respeito dele? Já teve curiosidade em descobrir a sua história carnal e espiritual? Esse é o relato do espírito Carlos Chagas que, utilizando o pseudônimo André Luiz, descreve a expedição da qual, na companhia de outros dois espíritos Gúbio e Elói, participa diretamente no ano de 1949, com o objetivo de resgatar das Dimensões das Trevas, o espírito Gregório, que se aquartelou naquela “cidade estranha”, onde continuou na condição de Sumo Pontífice, liderando os “Dragões do Mal”, por 700 anos. Quer dizer: sete séculos, Gregório ficou sem reencarnar! Para relembrar, existe outro espírito que ficou por muito tempo sem reencarnar, liderante hostes do mal – Torquemada. Lembra-se dele? Sua história está narrada no primeiro livro da série do Dr. Inácio Ferreira, Sob as Cinzas do Tempo”. Vale conferir.

Matilde, sua mãe, domiciliada em Plano Superior, teve que esperar todo esse tempo para dar início ao resgate de Gregório, o Papa Gregório IX, organizador da Inquisição Pontifícia e, por uma ironia do destino, ao mesmo tempo, foi o incentivador da fundação da Ordem dos Franciscanos, já que era amigo e admirador de Francisco de Assis. Que coisa! Amigo do doce “poverello” e autor intelectual da Inquisição, que, na Idade Média espalhou tanto sofrimento! Detalhe: Matilde (nome fictício) foi a maior incentivadora do filho na vida religiosa. Isso aconteceu no final do século XI e meados do século XII. Gregório foi Papa de 1227 a 1241!

Nas Trevas, Gregório acumulava as funções de líder religioso e chefe político, como, aliás, as autoridades eclesiásticas sempre pretenderam. O fato é que Matilde e Gregório se separaram. Ela ascendeu a Planos Superiores, enquanto Gregório, domiciliado nas Dimensões das Trevas, estacionou no tempo. O espírito não regride, mas pode estacionar indefinidamente.

Saldanha um pouco temeroso com o que Gregório poderia lhe fazer, foi acalmado, de certa forma por Gúbio:. “Não se cura a ferida, aprofundando o sulco da carne em sangue. A cicatriz abençoada surge sempre à custa de enfermagem, remédio ou retificação, com ascendentes de amor”.  Interessante essa citação.

Essa expressão poética descreve uma verdade profunda sobre o processo de cura e superação de feridas emocionais ou traumas. Ela nos lembra que não podemos curar uma ferida emocional simplesmente aprofundando ainda mais o sofrimento ou remexendo nos sentimentos dolorosos associados a ela. Quando uma ferida física ocorre, como um corte na pele, é necessário tratá-la de forma adequada para promover a cicatrização. Da mesma forma, quando enfrentamos um trauma ou uma dor emocional, é importante cuidar de nós mesmos e buscar apoio para lidar com esses sentimentos. Aqui não se deve guardar remorso e nem mesmo o acicate da revolta.

No entanto, se tentarmos curar uma ferida emocional através de ações autodestrutivas, como reviver constantemente a dor, buscar situações que nos machucam ou ignorar nossos sentimentos, estamos apenas aprofundando o sulco da ferida emocional. Assim como uma ferida física pioraria se continuássemos a ferir a mesma área repetidamente, as feridas emocionais também se tornam mais difíceis de curar quando não abordamos adequadamente os sentimentos associados a elas. Aqui vale a reflexão, não tão bem associada no nosso campo de autocontrole. P.S.: Foto oficial do Gregório abaixo

Gregório se apresenta acompanhado por seus sequazes onde a dureza e a violência reinava nos olhares dessa trupe maligna. Acusou diretamente Gúbio de ter tirado seus comandados da linha de frente que ele tinha arquitetado para fazer sofrer Margarida. E com ironia acentuou irado palavras carregadas de ódio: “Não há um Deus misericordioso e, sim, uma Causa que dirige. Essa causa é inteligência  e não, sentimento”. Fico pensando aqui com meus botões, sobre muitos espíritos encarnados ou não, estando hipnotizados sobre o domínio fácil que exerce as Sombras na persona humana quando ainda mais invigilantes.

E seguindo com as suas palavras carregadas de sombras espessas: “O “querer”, o “Mandar” e o “poder” estão em minhas mãos”. Quantos espíritos se enganam, muito, sobre essas três palavras no mundo e fora dele. Muitos desses, não imaginam que, esse “querer”, esse “mandar” e esse “poder”, nada mais são que usufruto de forças malignas que sobrepõe a todas as criaturas que dele também se utilizam. Sabemos que sempre haverá na nossa jornada evolutiva aqueles que estão à nossa dianteira e à nossa retaguarda, isso valendo também e, principalmente, para o lado sombrio do mal.

Sabemos que o desejo, é uma força motivadora poderosa. Quando direcionado para o mal, o desejo pode levar uma pessoa a tomar ações egoístas, prejudiciais ou moralmente erradas. O querer desmedido e sem consideração pelos outros pode levar a comportamentos manipuladores, gananciosos e até mesmo criminosos. E quem não estaria, não é mesmo, jungido a esses desejos de pequeno ou de grande porte? Quem não tiver pecado – ou vício – que atira a primeira pedra, não é mesmo?

É de praxe que no ato de mandar, implica exercer autoridade ou controle sobre os outros. Quando utilizado com intenções malignas, o poder de dar ordens pode ser abusado para subjugar, explorar ou oprimir as pessoas. O abuso do poder de mandar pode levar à coerção, violência e desrespeito pelos direitos e dignidade dos outros. Infelizmente no Brasil de hoje, sentimos isso na pele. É muito abuso que não levará a nada. Essa fase, como tantas outras passam. Os deuses, os reis foram depostos e, graças a Deus, muitos políticos terão o mesmo fim, encarando as suas consequências que serão pagas – em futuro não muito longe – sob a chibata do remorso e do arrependimento. Pode levar milênios, mas o dia D, para esses é irrevogável. Fica a dica.

O poder, em si, não é intrinsecamente bom ou mau, embora seja mais usado para torturar o semelhante. Quando esse poder é usado com o propósito de causar danos, explorar ou dominar os outros, ele se torna uma ferramenta perigosa. A busca implacável pelo poder, especialmente sem considerar as consequências negativas para os outros, levam a atos de crueldade, corrupção e opressão. Não preciso acrescentar nada aqui, não é mesmo? Estamos enfrentando essa tríade de sentimentos insanos que, a nosso ver positivo, nos ensinam a observar o nosso semelhante, nos fortalece diante de emboscadas imediatistas e nos deixam mais maduros quanto as investidas das sombras, onde seus sequazes encarnados e desencarnados – vale ressaltar – não terão tanto acesso à nossa motivação de escolhas voltadas para o mal.

Portanto, caríssimos, vamos refletir: Quem de nós não sentimos com certo “poder” nas mãos, onde o “querer” e o “mandar”, vem a galope em nossa rotina diária de Homo sapiens sapiens. Se assim alimente nossas questões humanas de baixo grau, não seríamos tanto quanto, atuando como Gregório, Torquemada, Lázaro…? Infelizmente pensamos, falamos e agimos sem controle e sem noção. Fica a dica, de que, nem sempre nosso pensar, nosso falar e nosso agir, estejam ligados à nossa personalidade doentia. Outros que, mais poderosos do que nós, agem pelas nossas costas, como na maioria das vezes, fazemos com o nosso próximo. Refrescou a ideia? Em mim, sim. Comigo, meu Caro Amigo Leitor?

13/07/2023 – Até a próxima quinta-feira pessoal. Divulguem-na para nós. Gratidão.

Aécio Emmanuel César
Médium de psicografia desde 1990, tarefeiro espírita na cidade de Sete Lagoas/MG.

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