Você alguma vez já parou para pensar que existem milhares de almas vagando nos submundos espirituais alimentando suas crenças, à procura de paz onde existe, tão somente, desespero e solidão? Não indo muito longe, essa situação poderemos encontrar na Terra mesma, onde espíritos, os mais diversos, se conglomeram uns com os outros, sentindo-se sozinhos e abandonados. O que fazer diante de tanto descrédito para com a Misericórdia de Deus? Falta de fé? Falta de esperança? Falta de incentivo para consigo mesmo? A verdade é que falta-nos tudo isso e muito mais.
André Luiz analisava sua nova situação além-túmulo. Do quanto a Providência Divina era permanente em sua nova existência. E o trabalho imenso de evangelização das almas era intenso, sucumbidas essas, aos créditos insólitos de uma confiança pessoal aquém daquela que tanto almejavam.
Vejamos o que ele nos relata no livro “No Mundo Maior” através da mediunidade do saudoso Chico Xavier: “Milhões de almas transpunham o estreito limiar da morte permanecendo apegadas à Crosta da Terra”. Sim. Milhares e milhares de anônimos, de amigos nossos, de parentes queridos fazem parte dessas hordas onde a escuridão é o refúgio aparente mais que seguro. E as expectativas de progresso? Onde estaria o socorro, a benção do resgate? Caravanas de espíritos abnegados sempre se infiltram nessas noites sem fim à procura de almas já resolvidas em aceitar o tão esperado socorro. Muitos eram, sim, socorridos; outros, ainda, temerosos, não conseguiam atinar na salvação aguardada permanecendo ainda por tempo indeterminado nesses lugares vistos de eternos padecimentos.
Por que as religiões do mundo não preparam os seus fiéis para a Grande Viagem? O que haveria de barreiras no sentido de mostrar que a Vida continua além da vida sem que esteja prescrita ou subjugada por essa ou aquela religião? Não é que a nossa opinião a respeito venha ou se faça influenciada para àqueles que acatam fervorosamente nossas mais santas intenções. Nada de imposições. Só queremos mostrar uma maneira de conquistar esperanças para muitos que ainda acreditam nada existir além da tão temida morte. A minha intenção é de não deixar que outros caiam nessa mesma ilação mental enfermiça.
Reconhecemos juntamente com a opinião de André Luiz que: “O arrependimento é, porém, caminho para a regeneração e nunca passaporte direto para o céu…”. Sim. O remorso com certeza leva ao arrependimento que, sagaz, encaminhará todo infrator às raias do recomeço e, conseguintemente ao pagamento das dívidas com a Justiça Divina.
É… Não pensemos que a morte transforma homens endividados em anjos celestes, e muito menos a conquistar um paraíso que nos seu termo vulgar, nunca existiu. Comigo, Leitor Amigo?
Médium de psicografia desde 1990, tarefeiro espírita na cidade de Sete Lagoas/MG.