Emprega-se corretamente a crase:
- Com os pronomes relativos “a qual” (a + qual = à qual) e “as quais” (as + quais = às quais).
Exemplos: – Brasília, a capital das mordomias, à qual se noticiou, centraliza o maior índice salarial “per capita” de todas as cidades brasileiras.
– as leis brasileiras, às quais muito se discute, apesar de benevolentes, devem ser cumpridas por todos, sem diferenciação de classes sociais e políticas.
- Com os pronomes demonstrativos “aquele(s)”, “aquela(s)” e “aquilo”, fazendo-se a junção da preposição “a” com o “a” inicial destes demonstrativos.
Exemplos: – em vez de dizer: todos os ouvintes teceram elogios “a aquele(s)” orador(es), dizemos: todos os ouvintes teceram elogios àquele(s) orador(es).
– em vez de dizer: refiro-me “a aquela(s)” pessoa(s), dizemos: refiro-me àquela(s) pessoa(s).
– em vez de dizer: ele não alegou “a aquilo” que deveria, dizemos: ele não alegou àquilo que deveria.
Nota: não estranhemos o uso da crase em “àquele” (pronome demonstrativo masculino) e em “àquilo” (pronome demonstrativo neutro), pois o que se considera aqui é a preposição “a” com o “a” inicial do pronome, conforme descrito acima.
Exemplos: – altos executivos prestaram homenagens àqueles (a + aqueles) dedicados engenheiros da EMBRAER.
– devemos, sempre, atentar àquilo (a + aquilo) que mais agrada ao nosso próximo.
- Com o pronome “a(s)”. Neste caso, a crase está relacionada a um substantivo feminino – subentendido -, que está oculto para evitar sua repetição.
Exemplo: em vez de dizer: comprei uma TV semelhante “à TV” que tinha adquirido antes, dizemos: comprei uma TV semelhante à que tinha adquirido antes.
(Continua na semana vindoura)
“O homem de bem é bom, humano e benevolente para com todos, sem distinção de raças, nem de crenças, porque em todos os homens vê irmãos seus”. ESE – Allan Kardec.
Professor de Português, Revisor de livros de São José dos Campos-SP.