Aos seguidores de plantão do Dr. Inácio, meu Salve.
Introspecção inevitável essa… Ser cristão nos tempos que correm! Muitos polemistas darão o grito quanto o que irei comentar neste capítulo. Deveras seria mais compreensível quando do ato de polemizar um assunto por causa de falta de estudos mais aprofundados. Que se aquietassem quando descobrirem e aceitarem que o que eu direi – aliás não sou eu quem irá dizer – mas as obras do Pentateuco e a lavra do nosso saudoso Chico Xavier que irão dar-me o suporte para falar com segurança e tino de compreensão.
Dr. Inácio Ferreira estava se convalescendo do período de transição entre os dois planos. E pensamento vem, pensamento vai, e surge a sua consciência vitoriosa diante da sua, digamos, derrota sobre a morte que acreditava existir piamente. E, ela, na surdina como de sempre, o fez rever alguns clichês da sua última romagem na Terra. Quanto tempo desperdiçado. Todos nós e não somente Dr. Inácio, teremos esse empasse. O quanto perdemos de tempo ocupando nossas horas com bagatelas que em nada auxilia em nossa espiritualidade. Principalmente no avanço da tecnologia de ponta, que creio está e muito, abafando a religiosidade de uma grande maioria de pessoas. Triste cenário esse.
A criançada de hoje vem dar o seu aval do que já estariam aprendido antes de reencarnarem. Os pais… bem… não consideram vício marcante a tecnologia de hoje. Acreditam e falam de boca cheia que não deixa de ser um acessório indispensável para a competitividade. Até certo ponto posso até aceitar, mas o cooperativismo que existe por trás dos destrambelhos que trazemos, tipo, inveja, ambição, orgulho exacerbados, implica e se mostra que a mente humana se encontra aprisionada a conceitos que não validam a verdadeira passagem de seres inferiores, enfermos e endividados que somos. Como superar esses desequilíbrios? A Religião em si resultaria em algo benéfico para nosso ser, quando desviamos de tudo que ela tem de melhor para nos favorecer? Todos nós sabemos do caminho a ser percorrido, mas diante da eternidade que se nos mostra convidativa ao seu espaço-tempo, permanecemos na nossa zona de conforto, fazendo com que não reflitamos que, ela, pode se tornar nossa rival na escala evolutiva. Reencarnações compulsórias?
Entrando no assunto propriamente dito: “Quantos confrades vivem imaginando que a simples condição de espírita nos seja um passaporte para as Regiões Superiores!”. Ledo engano esse. É um desatino tal pensamento não somente direcionado para os seguidores do Espiritismo. De forma alguma. Qualquer fiel que condigna numa religião para chamar de sua, tem interpretações diferentes e equivocadas quanto à morte que o denigrem por falta de alimentação de ideias e ideais mais compromissados com a nossa verdadeira religiosidade. Você já se considera um fiel cristão? Como sempre digo, “O hábito não faz o monge”. Indiferente do que pensamos, estamos nos confrontando com um abismo entre ficção e realidade a que todos nós alimentamos indigestos. A verdade disso tudo? Bem… depois de despirmos do involucro físico ela se nos apresentará sem dogmas, sem rituais, sem pensamentos os mais esdrúxulos que alimentamos afirmando categoricamente estarmos com a Verdade. Pois, pois, dias virão em que serviremos, sim, de vez, ao Cristo incondicionalmente, tendo a Caridade como a Religião Oficial.
Muitos acreditam que descascando meia dúzias de batatas numa Sopa Fraterna; participando de campanhas do quilo vez outra; apregoando o Evangelho assiduamente sem a tez do exemplo, pensam, esses, serem recebidos, desencarnados, por Mentores com salvas e honras. Mais uma vez ledo engano. A consciência aqui é bem mais forte ante todo esforço que viermos praticar nossa suposta Fraternidade. Praticar o Bem é um dever de todos nós e não irá nos colocar assentado ao lado de Jesus se ainda nos enquadramos como sacerdotes da exclusiva verdade.
Dr. Inácio recebe em seu quarto o amigo padre Sebastião Carmelita. E tiveram um ótimo diálogo. E das muitas palavras envoltas de luz e de esperança, separei algumas, relatadas por Dr. Inácio em seu livro “Do Outro Lado do Espelho”, através do médium Carlos Baccelli: “O que encontramos depois da morte é o que fizemos de nós”. Corriqueiramente, somos escravizados pelo meio. Tanto nossa família quanto a sociedade a qual fazemos parte nos impõe regras a elas insolúveis, trazidas de gerações a gerações. E entra ano e sai ano a mesmice e o tédio continuam sendo alimentados. A meu ver somos quais máquinas humanas trabalhando para um governo autoritário, marcados por números quais gados na improfícua vontade em que sempre esbarra em leis que não são respeitadas. Daí as reviravoltas que as reencarnações nos presenteia onde o feitor invigilante e insensível de ontem, tornar-se-á em servidor daqueles que espezinhou. Coisa do destino, pensarão muitos. Mas o que seria o destino? Segundo Sêneca: “O destino conduz o que consente e arrasta o que resiste”. Fazemos, desta forma, de nossas vidas, prisão, escola e hospital segundo as nossas intenções por nós sagradas. Lembremos que de “boas” intenções, o inferno está cheio.
Toda a humanidade em si, vem com um propósito. Se vem alimentando dos egos do passado, deixando com que a razão seja encarcerada por vãs filosofias sua vida se tornará numa prisão sem grades; Se procura se redimir ante as provas e expiações que lhe facultará novo entendimento acerca do futuro muito incerto, ganhará uma carteira de ensino na Escola da Vida; caso prefira alimentar apenas a ansiedade com todo o seu féretro de enfermidades muitas das vezes não vingadas nessa existência, diminuindo drasticamente o tempo-espaço da sua vida no mundo, com certeza estará sempre vitimada com sérias consequências de saúde, pois que negar-se-á o remédio da fé e da esperança como depuradores do cérebro e do coração.
Quando não temos um senso de compreensão quanto à vida em si, procuramos, na grande maioria, recursos medicamentosos que ao contrário de melhorar, vem a piorar muito mais o estado além de físico, espiritual. Muitas das vezes, o problema não está no organismo físico, mas sim no espírito em competitivos lances de batalhas contra o próprio dono. Daí os remédios não fazerem efeito de imediato como desejaríamos e, nos tornamos, desta feita, em cobaias de laboratórios, farmácias, médicos que não auxiliam a alma em si, mas que prolongam maldosamente uma suposta doença que não existe. Como disse a citação acima do preclaro padre, fazemos de nós o bem ou mal, segundo como compreendemos o “Conheça-te a ti mesmo”. Carregar a própria cruz exige além de tudo reconhecer a quem realmente estamos servindo.
“Os conflitos religiosos poderão induzir o homem a uma guerra sem precedentes na História. O fanatismo é loucura”. Essa verdade é bastante atual, embora esse livro ter sido lançado no ano de 2002. Os conflitos não se bastam entre uma religião e outra. Existem e mais sérios ainda, os conflitos religiosos intestinos, onde sempre as rusgas se afloram como joio incontrolável. As arestas, naturalmente afetarão todos os integrantes de uma Casa Religiosa. E desta forma se não combatidas no seu princípio, tornar-se-á uma bola de neve da intolerância, da falsa religiosidade, da carência de todos os princípios que despertam o homem do seu estado vegetativo. Aí as divisões de grupos e a criação de polêmicas que, na realidade, não existem. Muitos criticam os outros, sem saber que, o que criticam, são falhas comportamentais não assumidas. Creio que ser fiel à uma instituição religiosa é uma coisa, agora ser Cristão genuíno na acepção da palavra…
Segundo Karl Marx “A religião é o ópio do povo”. Acreditar ou não, eis a questão. Mas até onde iria a nossa necessidade no sentido de agregar nossa fé cristã no que vemos e ainda não acreditamos, do que direcionarmos nosso respeito a Deus que, mesmo não conseguindo vê-Lo, O sentimos em nós, que intuitivamente saberemos Que ou Quem seja Ele, sendo Algo ou Alguma coisa que nos mantém a Ele, sempre, sempre Vivos? Comigo, Caro Leitor Amigo?
11/01/2023 – Até a próxima sexta-feira com o 3º Capítulo. Divulguem-na para nós. Muita paz.
Médium de psicografia desde 1990, tarefeiro espírita na cidade de Sete Lagoas/MG.