Você alguma vez já parou para pensar que em algum momento da sua vida, estaria alimentando a pretensão em copiar Jesus nos mananciais de dor e sofrimento no mundo? Ou que seja, mais humilde, em reconhecer que se poderá, bem, inspirar-se em seus ensinamentos cumprindo-os rigorosamente na Terra? Poderá parecer-nos que as duas situações por mim expostas parecerão contraditórias, mas uma tem diferença enorme da outra.
Para sintetizar melhor meu pensamento, vamos compreender o que o instrutor Calderaro diz a André Luiz no livro de sua autoria “No Mundo Maior”, no seu capítulo 9 intitulado “Mediunidade” através dos dons mediúnicos do saudoso Chico Xavier: “Claro está que nenhum de nós abriga a pretensão de copiar Jesus; contudo, precisamos inspirar-nos em suas lições”.
Para os mais desavisados, as palavras do instrutor acima poderá soar não muito bem aos ouvidos. Mas, trocando em miúdos, realmente não poderemos copiar Jesus na sua essência que hoje Ele se nos apresenta, orientando-nos para os embates da vida proba de resgates, os mais diversos.
Mas, para a nossa alegria, poderemos, sim, inspirar-nos em Suas lições registradas pelos Seus apóstolos como sendo o único caminho seguro para caminharmos sem mais tropeços e quedas.
A Humanidade em si ainda não compreendeu Jesus mesmo já passados mais de dois mil anos da Sua presença gloriosa conosco. Prefere alimentar-se de ilusões que a máquina dos instintos assim se manifesta no mundo. Não sei até quando essa humanidade irá aguentar no sustento dos seus vícios, dos seus desequilíbrios e, concomitantemente seus arraigados ímpetos de selvageria. Mesmo sendo indiferente à Causa do Bem ensinada pelo Cristo de Deus, os homens ainda preferem sofrer urdiduras pelo caminho sem precisar que o remédio para os males do mundo está na fé que dispenderemos ao Mestre.
De fato, se formos analisar a questão, que é de foro íntimo, reconheceremos que religião nos tempos que correm mais mal faz do que bem propriamente dito. A fé – principal combustível – que nos interage direto com o Pai está sendo vilipendiada por “favores divinos” que nunca irão satisfazer o cristão sem licenciatura do merecimento. Deus é Pai Soberano e Justo e em nenhum momento precisou da intervenção de supostos representantes religiosos para ganhar notoriedade no mundo.
Temos como exemplo o próprio Jesus que nos relata que, se quisermos conversar com o Pai, entremos para o nosso quarto – ou seja, para o nosso mundo íntimo – e, com Ele mais receptivo, rogar orientação e proteção em prece.
Daí, também valer, o vigiai, pois sabemos que poderemos, fácil, rezar maquinalmente, mas, com vigilância nas palavras e nas intenções, a prece ganha corpo doutrinário e a nossa cristandade se vivifica, porque não precisaremos, aqui, de intermediários que levem por nós, as nossas mais sagradas orações.
Portanto, valerá de nós a fé raciocinada em que não poderemos nos tornar, de chofre, qual o Cristo hoje, mas poderemos inspirar-nos em Seus ensinamentos para sermos amanhã o que Ele é para nós hoje. Feliz Natal com o Mestre Jesus. Comigo Leitor Amigo?
Médium de psicografia desde 1990, tarefeiro espírita na cidade de Sete Lagoas/MG.