O nosso corpo mental poderia, no além-túmulo, ser penetrado por espíritos de elite no sentido de nos despertar para a realidade imutável do Espírito?
Dependendo das circunstâncias, sim. É o que veremos nesse capítulo do livro “Obreiros da Vida Eterna” ditado pelo espírito André Luiz ao psicógrafo Chico Xavier.
A leitura mental feita pela médium clarividente Luciana no padre Domênico, amigo de coração de Zenóbia, essa, diretora da Casa Transitória Fabiano, iniciou-se na beira do Abismo.
Eram lembranças nada agradáveis, além de dúvidas, blasfêmias, revoltas e sofrimentos que faziam pesar muito na consciência do clérigo que acreditava estar abandonado por Deus.
Vale aqui um esclarecimento. Esta leitura feita pela clarividente acima citada foi realizada no corpo mental do padre, sendo uma das muitas vestimentas do Espírito.
Diante da rebeldia do padre quanto ao quadro mental que se lhe apresentava, disse Luciana com acerto nas palavras:
Não concordais no vosso desvio da conduta cristã? Teríeis, de fato, agido como sacerdote fiel aos sagrados princípios esposados? Esperaríeis um paraíso de vantagens imediatas, tão logo alcançásseis os planos espirituais tão só pelas insígnias exteriores que vos diferençaram dos outros homens?”.
Sem atacar essa ou aquela religião, devemos meditar no parágrafo acima diante das citações anotadas pela médium clarividente.
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Tendo nós ainda fortes tendências aos vícios que alimentamos durante milênios sem conta, é de considerar bastante presente a nossa ação contrária aos princípios religiosos que esposamos no mundo.
É verossímil que toda e qualquer insígnia exterior que recebemos por merecimento de qualquer ato praticado na Terra, de nada valerá nos planos espirituais, desde que saibamos reconhecer o seu devido valor.
Não será pela batina, pelo terno ou roupas comuns que os líderes dessa ou daquela religião estarão nomeados por Deus a assentarem do seu lado direito.
Em definitivo, devemos interpretar da seguinte forma: na grande maioria somos túmulos caídos por fora e podres por dentro.
De nada valerá essa ornamentação em nosso peito se no coração deixamos espalhar o joio do desprezo e da maledicência.
Apenas nos diferenciará de outros homens comuns pelo bem a ser realizado.
É notória a importância da prática da Caridade para que tenhamos alguns fragmentos de paz na consciência pelo dever cumprido com êxito.
Daí o nosso esforço no sentido de conquistarmos a verticalização dos nossos sentimentos em favor de tudo que viermos a pensar, a falar e a agir.
Sejamos, pois, puros de coração para que o Reino dos Céus possam nos receber de braços abertos.
Você já parou para pensar o que o espera quando chegar o momento de regresso aos planos de origem?
O que se descortinará do nosso mundo interior? Será Treva ou Luz, Leitor Amigo? Cap.7
Aécio Emmanuel Cesar