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Maternidade – 3 de 3 – Final – por Aécio César

             Você alguma vez já parou para pensar que toda maternidade tem um objetivo seja ele, moral, espiritual, familiar ou pessoal? Pode-se dar como corretivo, como recomeço, como responsabilidade, como uma punição a mais para os seus responsáveis despreparados para tamanha função de pai e mãe?

            Como podemos observar nos dois primeiros seguimentos desse assunto, uma mãe já desencarnada, procura de todos os meios chamar a atenção da filha ainda no Orbe que pretendia praticar o delituoso aborto. Naquela época no ano de 1947 o aborto era tido – como ainda o é hoje – como vergonhosa atitude a toda mulher que o pratica e, em algumas regiões, é apedrejada até a morte. Essa matéria se encontra no livro de André Luiz “No Mundo Maior” no capítulo 10, denominado “Perda Dolorosa”, na psicografia do médium Chico Xavier.

            Vejamos o que complementa a mãe preocupada com a filha: “Que martírio não enobrecerá o espírito disposto ao resgate dos seus débitos, com dedicação ao bem e serenidade na dor?”. Nem sempre o mal é mal. Seguindo esse princípio, poderemos observar que estando ela, grávida, sem nenhum planejamento, ela pode, se o quiser, passar o filho para alguém que queira adotá-lo ou simplesmente amar esse filho passando por cima de todo desprezo público, de toda carantonha de raiva e de indignação. Agora, abortar, jamais.

            Temos, sim, nossos débitos do passado para serem sanados. Embora não lembremos deles em existências passadas, o resgate se nos é inevitável. Pena que as pessoas não observam mais os acontecimentos cotidianos que gradativamente vem a fazer parte de suas vidas. Se analisa-los com razão, sentimento e principalmente com conhecimento de causa, certamente adotará novos princípios de sanidade espiritual procurando aquiescer de seus tentames negativos com a clareza que lhe será desanuviada ante o eclipse das sensações mais inferiores.

            Mesmo diante das duras provas o homem deverá consentir a sua participação mais consciente com os erros, no sentido de procurar corrigi-los a contento. Com dedicação e serenidade ante os entraves do caminho, sairá vencedor todo aquele que, determinado a pagar seus débitos, fazê-lo-á com coragem e serenidade. Só assim alcançará a vitória sobre si mesmo e sobre o mundo.

            Realmente poderemos constatar que somos propensos aos erros, que as paixões nos enveredam a trilhar caminhos tortuosos. Mas tendo uma visão acima de toda a promiscuidade humana, poderemos alcançar horizontes mais iluminados, pois somos filhos do Criador e sendo, sua semente ainda que humanizada, em nós o Hausto de Deus vive a nos sustentar na sua cadência de equilíbrio e de constante sintonia para frente e para o alto. Não esperemos auxílio do Alto permanecendo de braços cruzados. Vamos meditar mais na Vida, aquela eterna, pois que a morte apenas acaba com o corpo e o espírito, assim mais livre, será atraído onde melhor cultue o seu coração, nas Sombras ou na Luz. Comigo Leitor Amigo?

Aécio Emmanuel César
Médium de psicografia desde 1990, tarefeiro espírita na cidade de Sete Lagoas/MG.

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