Você alguma vez já parou para pensar que ao sintonizar com o mal, você automaticamente atrairá para a sua companhia comparsas que se encontram nessa mesma faixa vibratória? E creia, você terá tudo a perder de dignidade, de respeito, de caráter, de idoneidade e de não ter livre acesso à própria consciência. Enquanto você não achar o meio sensato para se fazer perdoar com aqueles que lhe querem derrubar, essa batalha não terá fim. E haja sofrimentos, lágrimas, dores morais a sufocar almas infelizes.
Desta feita, vamos encontrar André Luiz juntamente com os dois obsessores do adolescente paralítico citado na matéria da semana passada relatada no livro “No Mundo Maior” através da mediunidade de Chico Xavier. O Instrutor adverte: “Também os míseros perseguidores são duendes do ódio e da vingança, como o nosso enfermo é um remanescente do crime”. Observemos que entre os três existe uma sintonia bastante forte onde o mal se faz prazerosamente presente. Se caso o doentinho não tivesse afinidade com o mal, sua história seria bem outra. Mas mesmo aprisionado em um corpo físico mutilado e constantemente bombardeado por espíritos trevosos, a Misericórdia Divina não deixa de enviar Seus Mensageiros da Luz em socorro àqueles que são doentes do corpo e da alma. Os são não precisam de remédio. Disse-nos Jesus. Não se lembram?
Continuando com as sábias palavras de Calderaro vejamos outra citação: “São náufragos na derradeira fase de salvação, após enorme hecatombe no mar da vida, onde se perderam por muitos anos, por incapazes de usar a bússola do perdão e do bem”. Com certeza, muitos de nós já naufragamos no mar revolto das nossas indisciplinas, inconstantes vontades, indiferentes no agir e pensar por nós mesmos, carregando o fardo das próprias consequências conscientes de que a correção é indispensável para que a marcha se torne mais amena e, portanto com grandes chances de sucesso. Mas, se não nos importamos com a reforma íntima. Fazer o que então?
Já disse em matérias passadas qual seria o mais difícil: Pedir perdão ou ser perdoado? Difícil não é mesmo? Mas tanto o ofensor quanto o ofendido tem grandes oportunidades de sobressair desse impasse moral onde dará o primeiro passo aquele que já tem consciência de que alimentando rancor e raiva não sairá do lugar onde se enraizou o mal, direto ou indireto.
Todo sofrimento na Terra é carência afetiva e efetiva do amor nos corações dos homens. Sem a máxima divina: “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”, difícil sairmos desse lamaçal que atravessamos. Enquanto não voltarmos nosso olhar à nossa volta, observando o quanto falta da nossa participação mais direta na busca de um mundo melhor, impossível arrecadar valores mais expressivos no sentido de termos paz assegurada no coração estraçalhado pelo mal que ainda perambula em nossos sentidos. Amemo-nos, pois. É a bandeira do Cristo nos chamando para o nosso testemunho. Vamos trabalhar nesse sentido, Leitor Amigo?
Médium de psicografia desde 1990, tarefeiro espírita na cidade de Sete Lagoas/MG.