Aos seguidores de plantão do Dr. Inácio, meu Salve.
Você se sente apegado a alguma coisa? Família, bens, corpo físico? Sabe que isso irá atrasar você na sua jornada em espírito? Passa esse apego doentio para seus filhos ou os ensina que o que tem lhe basta e o supérfluo nada mais é que alegria daqueles que nada tem?
Já passou por situações de desapego com relação aos sentimentos seus para com os outros? Para você o porquê dessa necessidade? Não aceitou tantos desaforos? Mágoas… Desenganos… Frustrações… Desgostos… tudo isso fez com que avivasse mais a sua personalidade possessiva ou veio a ganhar subsídios de sucesso diante de tantas fragilidades?
E o que não faz o homem quando da insensatez de possuir bens alheios para satisfazer uma vã filosofia de superioridade que fica bem aquém da realidade dos princípios ditos professados com segura propriedade de palavras insanas. Pensamentos então…
Dr. Inácio ainda conversava com a sua mãe lembrando de velhos erros cometidos e, que ali, tentava mostrar a feracidade com que eles eram conclusivos. Mas, a mãe para acalentá-lo diante do futuro que lhe abriria as portas para novas realizações lhe disse: “Trabalhe, filho – disse – (…) Devolva com mais suor os empréstimos tomados ao Senhor. Nada nos pertence; vivemos nos apropriando daquilo que não é nosso…”. O quanto é verdadeiro as palavras dessa mãe. Chegamos ao ponto de obsidiar os filhos por questões de tempo, tirando deles a fase de criança e de adolescente. E quando se tornam adultos é um Deus nos acuda porque agora são os pais que se tornaram crianças.
Desde que nascemos somos forçados e maldosamente ensinados de que a posse é fundamental para a sobrevivência do homem na Terra. Os primeiros brinquedos, as primeiras roupas, apetrechos de escola, entre outros, são artifícios de que o “Ter” seja maior que o “Ser”. Equívoco dos mais lamentáveis. E, assim, de geração a geração, vão se formando homens e mulheres com a pecha de vitoriosos na vida. Não sei aqui em que sentido, pois nada, absolutamente nada nos pertence no mundo. Quando reencarnamos várias e várias vezes, muita coisa já existia antes de nós. e porque esse fascínio de posse… de outros?
Quando os portugueses descobriram o Brasil, ele já se encontrava povoado. Mas por desculpas de uma catequização necessária, mas forçada, muitos indígenas foram submetidos ao guante de muitos jesuítas com o poder nas mãos da Coroa Portuguesa. E até hoje os índios estão sendo enxovalhados das suas terras para satisfazer a gana insaciável de posse de terras. Difícil compreender como o progresso se desenvolve, deixando na sua grande maioria seu rastro de sangue e morte por onde anda. Mas…
“Somente temos a posse daquilo que sabemos compartilhar com os outros”. Disse bem o coração materno. As virtudes mantenedoras da paz de espírito, a Caridade nos seus amplos aspectos, a doação espontânea do supérfluo de brinquedos, de roupas, de alimentos às famílias que nada tem, são passos seguros e iluminados com que possamos angariar alegria aos outros, ganhando por nossa vez a alegria da alma realizada.
Como retirar de nós a egoísta consanguinidade terrena, no sentido de quando desencarnarmos essa união muitas vezes é substituída pela palavra Irmãos? Difícil atinar com seriedade e compreensão de que aquela que fora nossa mãe, nosso pai, nossos irmãos consanguíneos, ao passar pelo Portal da Morte se nos tornam Irmãos da Caridade? Que muitas vezes não os terão mais de perto para chamá-los de pai ou de mãe. Estaria preparado para isso? Se não meu Caro, procure se esforçar para esse entendimento amando desde já na Terra o Amor Universal para quando chegar do Outro Lado a surpresa seja menos amarga.
Dr. Inácio encontrou em um dos pavilhões juntamente com Odilon, uma mulher que o chamou pelo nome. Parecia conhece-lo bem. Tentou puxar pela memória mais nada. Aquela mulher ele a socorreu quando muitas pessoas a isolaram por que tinha contraído sífilis. Essa mulher sofreu na Terra quanto nos Planos espirituais, “o pão que o diabo amassou”. Serviu ela de pasto humano para entidades das trevas. Difícil o destino de muitas almas nas duas dimensões da vida, não é mesmo?
“Tenho sofrido muito; quase fiquei louca… Fui expulsa das igrejas – pessoas de vestes escuras. Homens e mulheres me chamavam de prostituta e me punham para fora… Entrei num centro espírita e não pude falar”. Disse ainda a mulher em desabafo para o Dr. Inácio e Odilon.
Fico pensando aqui com meus botões. Muitos líderes religiosos e não escapam aqueles de muitas Casas Espíritas, se preocupam muito por uma pureza doutrinária de sua crença em que, na verdade, vale mais a poeira de seus sapatos ante a própria personalidade doentia.
Senti isso na pele quando passei quase seis meses no Rio de Janeiro como mendigo. Foi terrível, mas me ensinou muito. Agradeço hoje o que sou por esses momentos de muito aprendizado. Como não conseguia dormir à noite nas ruas por causa de vândalos, esperava amanhecer para dormir dentro das igrejas que ficavam abertas o dia todo. Mas, quando dava à tardinha e as portas seriam fechadas, os padres dessas igrejas me enxotavam para fora mesmo dizendo que não tinha para onde ir. Queria conversar com alguém. Desabafar minha situação, não pedindo que eles tivessem pena de mim, mas que fortalecessem minhas esperanças aos objetivos que tinha em mente. Voltar para Minas. Como sempre falo, o hábito não faz o monge. E desse tipo de religioso o inferno está cheio.
Agora Rejeição mediúnica? Preconceito espírita? É difícil até para escrever. Médiuns homens recusam a receber espíritos femininos. Demais… Aqui na minha cidade uns anos atrás uma médium tinha preconceito em receber espíritos de padres. Não foi por falta de conselhos do doutrinador que em mediunidade não tem dessas coisas. Onde a Caridade, não é mesmo? Pois bem. Passando algumas semanas um padre apareceu na reunião e, sentindo-se rejeitado por ela pegou essa médium e colocando-a de cabeça pra baixo, marcou o pé dela no teto da sala de reuniões, jogando-a depois igual uma boneca de pano sobre a mesa. Lição para ela… Lição para todos nós que dissemos médiuns. Enquanto o presidente na época estava vivo, quando reformava todo o Centro ele deixava aquela pegava pra todos verem o que pode uma entidade fazer com médiuns invigilantes. Depois que ele morreu, apagaram-lhe a pegada e hoje é tido como lenda. O bom é que tanto a médium quanto eu estamos aí para contar esse acontecimento real.
Para reflexão, “Os candidatos ao trabalho mediúnico, junto das criaturas humanas, precisam refletir com segurança e discernimento, antes de abraça-lo, conscientes de que se encontram diante de um dos mais sérios compromissos espirituais da vida”. Chico Xavier – Livro: Chico Xavier, só mediunidade”, pelo médium Carlos Baccelli. Fica a dica. Comigo e com ele, Caro Leitor Amigo?
08/02/2023 – Até a próxima sexta-feira pessoal. Divulguem-na para nós. Gratidão.
Médium de psicografia desde 1990, tarefeiro espírita na cidade de Sete Lagoas/MG.