Aos seguidores de plantão do Dr. Inácio, meu Salve.
No outro dia, sendo um novo dia, estaremos sendo testados através da nossa consciência sempre ativa e atenta. Já conversou com ela hoje? Tem ouvido seus conselhos? É costume fazer exame de consciência? Se, não, vamos exercê-la a partir de então?
Dr. Inácio além de prestar seus serviços aos internos do Sanatório, também atendia pessoas com seus traumas não solucionados. E olhe que ele recebia cada peça de ser humano que, se não fosse espírita e soberanamente humano-sentimental, tudo estaria de mal a pior.
Esse cliente, vamos denomina-lo assim, não tinha conceituações espíritas, mas sabia bem do esforço muito grande daqueles declarados pela Doutrina e constantemente perseguidos pela Igreja. Esse estava muito aflito. Creio que a consciência cansou de despertá-lo para a vida verdadeira de uma alma encarnada e agora fazia-o sofrer pela negligência em não ouvi-la como deveria.
Sabemos que todos nós temos nossos conflitos íntimos. Quem não? Muitos até conseguem controla-los com a própria vontade, com medicamentos, outros por sua vez, se mostram para o mundo sua atual situação moral e mental. Outros, violentos, acabam fazendo coisas que, em sã consciência não pensava em praticar. Mas como o ser humano é falível, muitos como a esse senhor que procurou Dr. Inácio, buscasse, nele, um alívio pelo que estava passando.
Esse cliente tem uma vida abastada com a família. Muita regalia, muito conforto material, mas o convívio espiritual estava em ruinas e era tanto esse desconforto que estava pensando em suicídio. Como de sempre, diante de certos problemas mais complexos, Dr. Inácio acendeu um cigarro embora nos tempos atuais seria uma afronta tal comportamento para muitos espíritas ortodoxos (Esse livro foi lançado em 2001). Sabia ele, de antemão, sendo médico psiquiatra, do que se tratava com aquele senhor.
E com o pensamento de suicídio veio o porquê de tal cometimento terrível. Descobriu ele, de uns tempos pra cá a tendência homossexual. Começou a sentir atração por um servidor seu que trabalhava na sua fazenda. Aos poucos perdia a vontade de ficar com a sua esposa. E com o tempo, essa vontade ia crescendo ao ponto dele pedir ao Dr. Inácio que, se possível fosse, interna-lo no Sanatório. Situação complexa e delicada, não é mesmo? Mas como sendo um perito da mente humana, nosso doutor haveria de achar uma solução para aquele caso.
Veio a saber que ele já tivera relações mais íntimas com o rapaz. Pensou até manda-lo embora, mas como ele, arrimo de família, voltou atrás. Havia uma troca de sentimentos aqui muito profundo entre os dois. Era ele sempre que procurava o jovem para saciar essa vontade descontrolada. Pensou até estar obsediado e Dr. Inácio o esclarece, em seu livro “Sob as Cinzas do Tempo”, através do médium Carlos Baccelli: “Os espíritos das trevas estão sempre se prevalecendo de nossas fraquezas”. Com certeza. E será por essas portas escancaradas que a maioria dos escândalos e de suas consequências são postas em prova milhares e milhares de criaturas sob o jugo da matéria densa, com seus desejos os mais desconhecidos.
Creio que para cada caso um caso. Mesmo tendo essas mesmas tendências o grau de cumplicidade se difere de cabeça a cabeça, de coração a coração. É muito difícil, bem o sabemos, não alimentar nossas tendências, nossos desvios, sem que nos machuquemos nessas escolhas. O homossexualismo ainda é tabu numa sociedade em que é aceito apenas por debaixo de panos quentes. Não é comentado em rodas de amigos a não ser críticas pesadas e sequer, até por algumas famílias. Religiões… Nem pensar. São poucas que tocam no assunto. Muitos pais não conseguem viver com filhos homossexuais. Para eles é uma vergonha tê-los… É um castigo de Deus. Mas tudo na vida tem uma razão de ser. E merece, procurar, em muitos casos, um especialista, senão “sair do armário” independente do que as pessoas vão julgar ou não.
No caso desse senhor é mais delicada sua situação. Casado… Com filhos… E para complementar o pensamento do doutor acima ele lhe diz: “… mas a raiz do problema está no senhor; somos tentados naquilo para o que revelamos inclinação…”. De fato é verdade. Trazemos, mais das vezes, certos transtornos não solucionados. É difícil acabar com determinadas tendências que lutamos de existência em existência num simples estalar de dedos. Creio também necessário que aqui eu explique uma coisa. Nem sempre todos os transtornos, desequilíbrios, tendências que hoje se nos mostram às claras tem relação com o passado. Nessa presente existência, poderemos atrair para nós certos desconfortos morais que passamos a alimentar diante do meio em que vivemos. Ele influi muito no nosso contexto de salvaguardar ou não nossos ímpetos de agressividade, de selvageria, de licenciamento das nossas virtudes e vícios não cadastrados no nosso Modus Vivendus atual.
Será difícil tal tratamento com esse senhor para não dizer impossível. Muitas vezes não temos um antidoto que nos salve de certas tendências ainda vivas em nossa personalidade. Sabemos que o tempo a ser elas, solucionadas, piora à medida que vamos adiando com certa indiferença. Assumir ou não, eis a questão tormentosa.
É sabido que o que esse senhor está passando, assim caminha a humanidade. Hoje a infidelidade tanto do homem quanto da mulher impressiona. Ele não conseguindo ficar com a esposa, ou em muitos casos, vice-versa, se delibera em aventuras amorosas fora do casamento que muitas vezes trazem consequências amargas. Tem homens que vivem duas vidas sem que as esposas e filhos saibam. Outras até mesmo descobrem e aceitam para que o escândalo não estabeleça em seus lares e na sociedade vivendo de aparências. Mas tanto o homem quanto a mulher hoje em dia se promiscui independente ser solteiros, noivos, casados. A força sexual em muitos casos é bastante forte para que muitos homens e mulheres consigam dominá-las, embora existam exceções no caso.
Mas nem por isso vamos desestruturar as forças sexuais da nossa alma por aventuras que, no fundo, não trará frutos sazonados. Muitos casamentos são catastróficos por muitos pais forçarem os filhos a se casarem. E o resultado, mais das vezes, é o que vemos hoje nos noticiários jornalísticos. Escândalos e mais escândalos. De certo modo, encerrando aqui meus comentários da semana, a prática da infidelidade que nunca se satisfaz, sempre estará relacionada à alguma carência a que procuramos, muitas vezes, fora do círculo das nossas amizades, muitas vezes com estranhos. Lembremos, pois, o que Jesus nos disse: “ É necessário os escândalos, mas ai daqueles que por eles assim fizerem”. Comigo, Leitor Amigo?
30/09/2022 – Até a próxima segunda-feira pessoal. Muita paz.
Médium de psicografia desde 1990, tarefeiro espírita na cidade de Sete Lagoas/MG.