Você alguma vez já parou para pensar que a morte física dos nossos supostos inimigos – ao contrário do que se pensa – pode ser uma aliada confessa para eles? Pois que, vendo-os na nossa jornada terrena já é difícil a convivência, imaginemos, sim, eles desencarnados, invisíveis aos nossos olhos mortais, e, não acreditando muitas vezes na vida Além-Túmulo, terão eles uma total liberdade de nos perseguir, de nos desorientar, de nos obsedar e, quando não, de nos levar à morte?
É sobre esse assunto que iremos comentar nessa semana. Após o aborto desastrado que culminou também com a morte da futura mãe, vejamos o que o Instrutor Calderaro relata a André Luiz no livro “No Mundo Maior”, pelo lápis do médium mineiro Chico Xavier: “O ódio, André, diariamente extermina criaturas no mundo, com intensidade e eficiência mais arrasadoras que as de todos os canhões da Terra troando a uma vez”.
O ódio é avassaladora arma pela qual não poderemos iguala-lo a nenhum instrumento de ataque conhecido que venha a ser exibido entre os homens. Esse mal mata no calado, no silêncio da alma compenetrada com as regiões em trevas; é qual sombra nociva a manusear os sentimentos invigilantes, bombardeando-os através da cicuta do desequilíbrio e da loucura.
Muitos não gostam de falar a respeito de certos assuntos como este, mas é importante saber as suas causas, as suas consequências, os seus ataques para que possamos ficar mais preparados quanto às suas investidas. Para combater o mal, temos que conhecer a sua essência que é o ódio. Temos que desbaratar as suas fileiras com que navegam inúmeras levas de espíritos submissos a ele. Como sabemos, os espíritos trevosos – inteligentes, vale ressaltar – analisam meticulosamente o nosso dia a dia; devemos então em contrapartida estudar-lhes suas causas e seus efeitos.
É questão de tino, de sensibilidade, de clareza espiritual esse estudo. Tudo deve ser gerenciado, com maior campo à estratégia para que o seu rastro negro possa pouco a pouco ser extinto da Terra. Os homens devem melhor observar os dois lados dos sentimentos que ainda se digladiam nossa individualidade atual. Não somos anjos, mas também não somos espíritos trevosos desde que saibamos das técnicas essenciais para que possamos combater com o bom combate dito tão bem por Paulo em II Timóteo 4:7.
O combate externo nem deve ser tão preocupante quanto se imagina, pois que o nosso interior em descalabro, sim, é o que fomenta o caos que os homens hoje vivem e convivem. Sem eliminar os seus miasmas, ou seja, a sua causa – em nosso interior – os efeitos serão desastrosos, inimagináveis, infrutíferos. Sem nos conhecermos intimamente ficaremos facilmente sujeitos a novos fracassos, escândalos os mais terríveis, tropeços e quedas espetaculares por onde, através delas, seremos mais um na diversidade em que se encontram todos aqueles que pensam estar protegidos por apenas confiar em si mesmo, mas que na realidade nada fazem para ter na consciência o óbolo do merecimento. Questão de puro senso raciocinado. Comigo Leitor Amigo?
Médium de psicografia desde 1990, tarefeiro espírita na cidade de Sete Lagoas/MG.