Senhoras e Senhores,
Paixões… Ahhh… como são alimentadas a bel-prazer! Ninguém sabe as suas consequências até quando elas se nos devora, atordoa e mata. Quantas arbitrariedades comentemos em nome dela, não? Quanto mal elas se nos fazem e mesmo assim não batemos o martelo da consciência para desbarata-las. E o que é pior nisso tudo é confundir paixões com Amor… para muitos difícil coexistir sem ele, mas preferimos morrer por elas.
As paixões em si denota fraqueza de espírito. Não sabemos diferenciar desequilíbrio e loucura de aconchego e bem-estar. Estamos dançando conforte a música e olhe que os seus acordes fortalecem – ao contrário – nossos egos doentios. E como…
Para fortalecer esse meu raciocínio dessa semana, vamos analisar o que o instrutor Gúbio diz a André Luiz sobre as paixões narrado no livro “Libertação” no seu capítulo IV pelas mãos abençoadas de Chico Xavier: “Aqui, porém – Na Cidade estranha – André, o fogo devorador das paixões aviltantes revela suas vítimas com mais hedionda crueldade”. Vale aqui algumas considerações. Sabemos hoje que ao passarmos para o Mundo dos Espíritos seremos o que fomos na Terra. Nada muda nos sentimentos. Nossa personalidade atuará tal qual somos. As virtudes e vícios – que trazemos no íntimo, irá aflorar com mais intensidade no Além, pois no Além não temos mais o corpo denso e pesado por onde escondemos nossas debilidades mentais de grande ou pequena monta. Não… Não…
É triste vermos irmãos se sujeitarem às paixões sem o menor raciocínio de si mesmos das faltas que comentem. Não é por falta de avisos ou de cometimento. Não. A nossa consciência sempre nos alerta – direta ou indiretamente – ante os tropeços e até quedas que viermos a cair em nome delas.
O sentimento humano está embrutecido, cristalizado, obscuro. A impulsividade nos vícios que é marca registrada das paixões, pesará na balança divina sempre contra nós. Muitos se perguntam o que leva uma pessoa matar outra por um egoísmo feroz, gritante, desarrazoado de princípios mais nobres, elevados, iluminados. E eu respondo: falta do cumprimento das Leis Divinas, ou seja, Amar a Deus e ao próximo a começar dos lares. É fato a dificuldade que temos de praticar esse Mandamento, não é mesmo?
Doenças várias são originadas pela invigilância da alma. Nesse sentido passamos por dificuldades acerbas não como castigo, mas pelas consequências que nos forçam a assumir responsabilidades ainda não preparadas no curso da nossa trajetória espiritual. Toda causa e efeito se nos são válidas desde que já saibamos diferenciar o joio do trigo. E esses descalabros se tornam em experiências novas que enriquecerão, e muito, nosso Modus vivendus a qualquer preço, a qualquer prova.
Devemos considerar de que nem sempre toda patologia necessita de drogas. Digo drogas aqui a todo patogênico direcionado exclusivamente ao organismo físico deixando na sua grande maioria o seu lado espiritual, a sua causa principal a ver navios. Pretende-se cuidar, muitos médicos da atualidade, o paciente e não a doença. Alimentam-se, na grande maioria, a enfermidade tão somente no ensejo criminoso de ganhar dinheiro às custas das deficiências orgânicas alheias. Ahhh… Essas paixões….!!! Como enlouquecem os homens!!! Creio que muitos especialistas nas várias especialidades médicas é que deveriam ser rapidamente medicados antes de diagnosticar qualquer paciente.
E essas paixões desordenadas e imorais serão refletidas no Além com tamanha força, com mais hedionda crueldade nos dizeres do Instrutor acima que, se muitos médicos pelo menos as vissem de soslaio, mudariam seu status quo clínico.
Como podemos analisar até aqui, as paixões grassam na mentalidade fragmentada de milhares e milhares de almas desterradas na Terra. Se cada profissional da área médica preocupasse com “… os casos de amnésia, de psicastenia, de loucura, através de neuroses complexas, alcançando a conclusão de que toda patogenia permanece radicada aos ascendentes de ordem mental”, com certeza muitas vidas seriam poupadas. Agora, se o que nos persegue, seja destino, carma, provas ou sofrimentos, ligados muitas vezes por personalidades do passado em que seus egos em conflitos ainda gritam por uma melhor atenção, creio que a vigilância e a prece fortalecerá e muito, nosso Templo Interior, salvaguardado pela prática incessante da Caridade. Sim. Ela é que salvará nossa alma com certeza. Então… Vamos praticar essa paixão por ela? Ops… Desse amor incondicional, Leitor Amigo?
17/03/2022 – Uma ótima leitura pessoal. Até a próxima quinta-feira
Médium de psicografia desde 1990, tarefeiro espírita na cidade de Sete Lagoas/MG.