Senhoras e Senhores,
Justiça…. O que seria ela em um mundo de provações acerbas? Saberia você distinguir justiça e impunidade no seu significado real? Mereceríamos estar passando por essa celeuma de sofrimentos mesmo não praticando o mal, mas evitando fazer o bem? Mas, o que seria o mal na atual conjuntura moral da humanidade? Várias perguntas, não é mesmo? No nosso ponto de vista haveriam algumas sem satisfazer-nos, mas diante da Justiça Divina, todas tem a sua resposta à altura dos nossos comezinhos de interpretação.
Para que possamos discorrer sobre o assunto, vou compartilhar aqui algumas citações do livro “Libertação”, no seu capítulo V, em que André Luiz na mediunidade de Chico Xavier, relata o julgamento de alguns prisioneiros naquela Cidade Estranha em que estava em um trabalho de resgate. Vejamos a primeira: Disse um dos julgadores impenitentes: “Escusado qualquer recurso à compaixão, entre criminosos”. A maioria daqueles condenados presos naquele lugar sinistro, não tinha praticado o mal como o conhecemos na Terra. Os próprio vícios, sim, que alimentaram no mundo é que foram cruciais para serem condenados.
Mais uma citação dos julgadores: “Nossa função é a de selecionar delinquentes, a fim de que as penas lavradas pela vontade de cada um sejam devidamente aplicadas em lugar e tempo justo”. Impressiona essa narrativa, que com certeza, passou em branco por muitos confrades e confreiras que leram essa obra. Leram… Como podemos observar aqui, nem eles e nem o próprio Deus estão ali a julgá-los, mas sim, eles mesmos, os condenados, onde a justiça se fará pelas suas próprias mãos
Tem um conhecido ditado que diz “Aqui se faz, aqui se paga”. Sim. Tanto nessa vida ou em outra existência nesse próprio mundo, pagaremos nossas dívidas ceitil por ceitil. Mas, devemos considerar que também somos julgados pela nossa consciência, que sempre ativa, não passa a mão na cabeça de ninguém não deixando um ou outro isento da merecida correção.
Portanto, não serão esses julgadores do Além e nem mesmo o próprio Deus que é Justo e Misericordioso que irão desfraldar essas sentenças. Seremos nós mesmos através da consciência, que pesada, nos farão rever conceitos de correção a qualquer custo.
Para aqueles que estão nesse mundo de sombras sinistras, julgando as faltas dos outros; abrigando a calúnia e a difamação; para quem aterroriza almas através do ódio, da violência, da morte; para aqueles indiferentes às classes menos favorecidas; para aqueles que usam as mãos para disseminar a discórdia, o ciúme; para aqueles que hoje excedem no abuso dos sentidos; do próprio corpo no sexo inveterado, deixo um alerta para vocês, retirado dos julgadores insensíveis dessa cidade estranha: “Seguidores do vício e do crime, tremei”. Vale considerar aqui que esse vício pode ser classificado como aqueles também de pequena monta.
Para excetuarmos bem sobre o que alimentamos através do pensamento desguarnecido da vigilância e da prece, complemento meu raciocínio dessa semana com essa outra citação: “Condenados por vós mesmos, conservais a mente prisioneira das mais baixas forças da vida (…) ao qual vós habitou no transcurso dos séculos”. Daí considerarmos que lavramos nossa sentença com as próprias faltas que a nossa consciência não nos deixará esquecer, nem mesmo com a Lei do Esquecimento provisória.
Existe um filme de terror em que a justiça também é marcada pela morte. Todas aquelas pessoas que foram escolhidas e mortas nessa série, algo de mal fizeram a si mesmas e a alguém, vindo um “justiceiro” para lavrar a sentença cabida a cada uma delas, dando-lhes uma chance de sobreviverem no sentido de reaproveitar a vida correta que poderiam ter. Viveriam se tivessem merecimento. É um filme de terror, tendo muita violência. Mas, o que seria essa violência desse filme quanto a que estamos presenciando atualmente todos os dias? Para quem o assistir, o espanto não será, digamos, tão aterrador assim.
A verdade aqui exposta, embora seja utilizada pelos julgadores dessa cidade estranha, sendo no sentido acaloradamente destrutiva, não deixa de ser contundente. E deixo para você que está lendo até aqui, à reflexão, a frase lavrada pelo inquisidor cruel: “Perdão? Quando desculpastes sinceramente os companheiros da estrada? Onde está o juiz reto que possa exercer, impune, a misericórdia?”. Comigo e com ele, Caro Leitor?
14/04/2022 – Que tenham uma ótima leitura. Até a próxima quinta-feira pessoal. Fiquem em paz.
Médium de psicografia desde 1990, tarefeiro espírita na cidade de Sete Lagoas/MG.