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Perigosos Sofismas – Cap. 20 – Do Outro Lado do Espelho – Assunto: Consciência

Aos seguidores de plantão do Dr. Inácio, meu Salve.

            Consciência… Algo para se pensar… Refletir… Casar intuições e escolhas quando dela, passamos a ouvir-lhe seus direcionamentos. Mas como é difícil desenvolver essa faculdade, não? Creio que ainda não temos órgãos suficientes para sentir a sua presença em nós. Já tentou ouvi-la? Incompreensível para nós ainda aceitar que as Leis de Deus estão escritas em nossa consciência. Por isso quando erramos em pensamentos, palavras e ações o seu guarda-costas vem de pronto até nós: o remorso. Já o sentiu alguma vez?

            Dr. Inácio ainda conversava no Sanatório com um espírito em forma de gafanhoto. Era uma conversa, digamos, filosófica, não porque aquele ser, transformando seu perispírito num animal, não tivesse inteligência e conhecimentos à altura de qualquer assunto. Regrediu na forma, não o próprio ser. Vejamos algumas delas: “Vivemos em alguns pontos, em melhores condições que vocês. Desconsideramos o que chamam de consciência… Escutar a consciência seria dramatizar a vida”. Interessante essa citação que creio, passou em branco por muita gente.

            Consciência… Agora pergunto: De onde ela viria? Sabemos que vem de Deus, tornando em cada ser criado como uma marca registrada do Criador em nós. Seria a Marca de Caim? Enquanto carregamos nosso fardo de vícios ainda não solucionados, a teremos como bússola dos nossos pensamentos. Estamos em um oceano de energias algumas delas invisíveis às nossas percepções, por que como disse, não temos ainda, órgãos indispensáveis para distingui-la de outras.

            A energia cósmica que atua em nós não é muito lá creditada por milhares de almas encarnadas e desencarnadas. Do mesmo modo que não vemos a energia cósmica atuar na tecnologia à nossa volta, difícil também atentar com a nossa consciência que não deixa de ser uma energia pulsante. René Descartes em seu “Penso, logo existo” tem muitas variantes de entendimento. Se algo ou alguma coisa me faz sentir vivo por uma força até então desconhecida, não me será permitido pensar que ela não exista se não a vejo. É muito fácil e cômodo dizer que algo não existe só porque não acreditamos na sua existência. É tanto que nas várias tragédias anunciadas, sempre existe o ponto de combustão de impulsos direcionados por hordas de espíritos afinizados na mesma baixa frequência a qual nos afinizamos.

            Mas trocando em miúdos, ainda em conversa com o ser-gafanhoto: “Fazem pior do que nós os “humanos”… Vocês os religiosos (desculpem-me nivelá-los), exploram os sentimentos alheios; são vampirizadores. (…) Tudo é um jogo de ambição, de domínio, de poder…”. A verdade dói, não é mesmo? O ser humano em si, se exproba em princípios que sempre coadunam no desejo de ensinar, escravizando mentes com as suas autossugestões. Como sempre digo aqui em meus comentários, o ser humano é sugestionável. E isso para muitas mentes mais abalizadas, mais estudadas, mais intelectualmente providas de certos recursos de conhecimentos, fazem da ignorância alheia, seu “ganha pão” uma fonte de renda inquestionável. Não sou contra tá, mas…

            Imaginemos, pois, se todos nós conseguíssemos ler os pensamentos um do outro. Difícil seria ludibriar a quem quer que fosse, não é mesmo? Do mesmo modo, se pensarmos em consciência, como nos seria insuportável não poder prejudicar o semelhante em que ela – em alto e bom som – colocasse a boca no trombone mostrando a todos quem realmente somos?  Seriamos, como disse, o espírito da citação como vampirizadores? Quantos podres seriam descobertos… Quantos segredos ocultos a serem revelados. Seria uma maravilha, não? Tem muito santo do pau oco à nossa volta dando uma de pessoa correta, como também muitos vistos como tendo demônios no corpo, fazendo o bem que muitos representantes religiosos sentem inveja dos outros fazerem mas só que não movem uma palha para tal desiderato. Sem julgamento aqui tá pessoal? É apenas como aprendizado.

            Tudo é questão do “Toma lá dá cá”. Eu o ajudo e você me ajuda. É uma permuta que já se tornou rotina para com os nossos semelhantes. Mas até onde vai esse intento de ajuda? Seria normal para você? Mas…

            Pensando aqui com meus botões, onde está aqui o Amor como alimento das almas? Aquele Amor desinteressado, que não espera reconhecimento e muito menos retorno? E isso em todos os sentidos, vale registrar aqui. Hoje tudo que fazemos esperamos algo em troca. Mas Ghandi, Madre Tereza, o próprio Cristo, Chico Xavier, Eurípedes Barsanulfo entre outros mentores que passaram na Terra, praticaram esse Amor incondicional. Aí vem uma turminha dizendo: “Ahhh!!! Mas estou muito longe de fazer o mesmo”. Hipocrisia aqui nada de braçadas. Temos condições, sim, de fazer também algo pelo nosso próximo, mas somos muito egoístas para tanto. Com desculpa de família, amigos, empregos, distanciamos dos afazeres cristãos adiando o nosso testemunho. Temos tempo para fazer de tudo, agora quando o assunto verte para a Caridade, é um Deus nos acuda…

            As tragédias atuais que estão balançando os sentimentos de todos nós, não seriam Avisos do Alto, no sentido de olharmos mais para o nosso semelhante? Seríamos, de certa forma, os culpados nesse palco de dor e morte? Não entendo uma coisa. Se tiver alguém que me possa tirar essa dúvida… Nos tempos de carnaval gasta-se um quantidade significativa de dinheiro dos cofres públicos – e ganha-se o dobro como permuta – para saciar uma diversão muitas vezes nociva às mentes despreparadas para tal encontro, mas quando é para melhoria de bairros distantes onde pessoas estão passando por dificuldades acerbas, bem longe das vistas de representantes políticos, nunca tem dinheiro, nunca tem verba !?!? Enquanto as desgraças acontecem num ponto da cidade, no outro pessoas se divertindo como se nada tivesse acontecendo de pior à sua volta. Tragédias ao acaso? Depois vem a semana santa e uma grande maioria de fieis colocam o rabinho entre as pernas vestindo-se de peles de cordeiro pra tapar a própria imagem para os outros não verem o demônio em pessoa. Mas e da consciência??? Conseguiriam se esconder? E de novo vem ela. Peço para voltarem e analisarem bem a citação acima, por favor.

            Depois de traçarem esse mal caminho, a personalidade de cada um sujet, entra em colapso com os egos passados e que ainda se encontram em conflitos. E se transformam em seres animalescos, talvez até mesmo nesses mesmos seres em que foram encontrados por Dr. Inácio e D. Modesta. Inteligência top, mas sentimentos deixam muito a desejar sinceramente. Nos identificamos ainda com o mal mesmo desejando de longe o bem. É um tal de Senhor!!!… Senhor!!!… Que muitos os que assim agem na Terra, chegam no Além sem os braços ou semelhantes a galhos ressequidos e tortos. Estaria exagerando? Não. Porque tudo que disse até aqui, todos estão vendo as consequências. Só que não querem falar… Só que não querem aceitar… Em muitas situações, a vidinha em quatro paredes do lar é o único universo que muitos comentam e aceitam satisfatoriamente. Mas, milhares e milhares de consciências culpadas estão vilipendiadas “na ambição, no domínio, no poder…” simplesmente camuflados.

            Para refletirmos melhor sobre tudo aqui dito, vamos analisar a seguinte resposta à pergunta 835 do “O Livro dos Espíritos” à resposta de Allan Kardec quanto à consciência: “A consciência é um pensamento íntimo que pertence ao homem, como todos os outros pensamentos”. Profundo, não? Depois de muito refletir, estaria comigo e com ele Caro Leitor Amigo?

22/02/2023 – Até a próxima sexta-feira pessoal. Divulguem-na para nós. Gratidão.

Aécio Emmanuel César
Médium de psicografia desde 1990, tarefeiro espírita na cidade de Sete Lagoas/MG.

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