O que é a Verdade?”
Esta narrativa se encontra no Evangelho de João 18:38, em que o Governador da Judeia, na presença de Jesus, no momento em que fora entregue para o interrogatório e julgamento lhe faz a irrefutável pergunta.
Sem caracterizar-lhe o seu sentido amplo, preferiu o Mestre, silenciar ante a incompreensão ali, até então manifesta.
E, mesmo decorridos mais de dois mil anos, esta pergunta permanece como uma incógnita no coração de uma grande maioria de fieis que ainda procuram, de um jeito contrário às idealizações messiânicas afastarem-se dos passos de Jesus.
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Mesmo com todas as oportunidades de entendimento em que se mesclam sabedoria e amor no tempo que corre, a Humanidade se perde em devaneios íntimos que a faz vítima de si própria.
Ainda hoje, existe muitos Pilatos na caminhada evangélica em que a suposta Verdade permanece inserida no código religioso da massa cristã em que perdura, na sua grande maioria, a ignorância, sem nos esquecermos de que hoje, estamos cônscios das responsabilidades assumidas no âmbito da palavra apostolar.
Não somos mais aqueles indigentes das terras sacrossantas de Jerusalém, da época de Jesus, o Cristo de Deus, em que, necessitados de piedade venial, demonstravam total insegurança de crenças.
E, na humildade que caracteriza os Arautos do Senhor, em seus últimos minutos de vida, preso ao madeiro infamante, enviou o Mestre, ao Criador dos Mundos, a sua rogativa sublime:
Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem”
Na atual conjuntura do tempo e das horas, no afã de assumir uma pressuposta cristandade, continuamos a rebelar ante a compilação dos ensinamentos que velam as Sagradas Escrituras.
A ignorância religiosa ainda vilipendia o conhecimento evangélico. Sabemos, sim, hoje, o quanto estamos errados.
Mas, para que não venhamos apunhalar nosso orgulho tão dominador ainda em nós, preferimos destilar os calhaus da soberba sobre aqueles sedentos de amor e de acolhimento fraternal.
Se procurarmos a reforma íntima como solução digna para os nossos achaques incontroláveis, não nos descuidemos, a priori, da Caridade em todos os seus segmentos e em todos os momentos da nossa atual existência.
Não deixemos crucificar nossas virtudes em vãs filosofias. Não venhamos coroar nossos mais nobres sentimentos com os espinhos da falência espiritual. Mesmo porque, hora a hora, segundo a segundo, a nossa consciência sempre irá nos alertar para a prática incessante do vigiai e orai. E, quanto à Verdade,
Aquele que tem olhos de ver que veja, aquele que tem ouvidos de ouvir que ouça”. (Mateus 13:9)
Do servo reconhecido,
Crisóstomo
(Mensagem recebida pelo médium Aécio César, no culto do lar do dia 22 de março de 2015 em Sete Lagoas – MG pelo Espírito Crisóstomo)
P.S.: Na próxima semana, continuaremos com os estudos do livro “Obreiros da Vida Eterna”.