Aos seguidores de plantão do Dr. Inácio, meu Salve.
Psicometria… O que seria? Já ouviu falar alguma vez nesse tipo de mediunidade? Já teve alguma sensação diferente quando pegou em algo, visitou algum lugar, chegou perto de pessoas que desconhecia mas que tinha a sensação de conhece-las? Raros são aqueles que, hoje, tem esse tipo de mediunidade, pelo menos através de um corpo pesado como é o nosso. Mas no decorrer dos meus comentários, entraremos mais com detalhes a respeito.
Dr. Inácio relembrava com detalhes o ocorrido desde que Paulinho chegou no Sanatório com seus pais à procura de uma cura para o seu desequilíbrio. E, mais tarde, veio a descobrir a figura religiosa de Torquemada que tanta gente perseguiu e mandou matar. Não dissera tudo em seu livro “Sob as Cinzas do Tempo”, pois na época estava tendo certo desconforto com o clero da cidade. Pensara antes estarem, ele, Domingas, Manoel Roberto sob forte alucinação mediúnica, mas participando dessa vez no seu resgate, as sombras das dúvidas se dissipavam totalmente.
E nas suas reflexões. Dr. Inácio divagava: “Sei que, enquanto no corpo, vacilamos muitas vezes entre a crença e a descrença;”. Difícil atinar para certas situações que nos coloquem entre realidade e ficção. Muita coisa há no que os olhos não conseguem observar melhor. Temos nossos pontos de vista que, aquém de uma melhor assertiva quanto a vida e morte, se nos colocamos num cadafalso onde a corda da insensatez muitas vezes nos priva de acentuar melhor a nossa espiritualidade. A nossa fé – se é que a temos – pode ser bem menos do que uma semente de mostarda. Somos movidos qual Apóstolo Tomé que, creio, mesmo tocando nas feridas do Cristo, ainda tinha dúvidas do que estava ali presenciando e sentindo através daquele toque.
“… por mais racional a fé espírita se nos revele, chegamos a imaginar que a filosofia da Doutrina é lógica demais pra ser autêntica…”. Ainda pensava Dr. Inácio. Chegamos ao ponto de que nossa credibilidade quanto a assuntos da nossa espiritualidade, chegue ao cúmulo de ser fantasiada por manifestações do nosso inconsciente. É muito perfeita a Doutrina Espírita, por que nela não está o pensamento humano, e sim de Espíritos Luminares do Cristo. Não pode ser mexida, trocada, substituída, adulterada, embora essa última vem sendo descaradamente usada para satisfazer egos do passado que ainda tentam tapar o sol da Verdade com as carências afetivas de cristandade. Quem pensamos ser quando negamos as revelações advindas de Espíritos de Escol escolhidos pelo próprio Cristo para nos trazer algumas migalhas do Seu conhecimento? Não aceitando a inferioridade, a pequenez, muitos procuram ater-se como iguais ou melhores à esses Mensageiros do Senhor. Quanta empáfia; que arremedo é esse de espírita que se enxerga tão e somente o próprio umbigo?
Não quero aqui dar uma de certinho, pois reconheço minhas imperfeições ainda a serem sanadas. Mas ir de encontro aos ensinamentos trazidos pelo Cristo através dos Seus fieis Mensageiros, me desculpem, são piores que Judas, alias ele reconheceu o erro tirando a própria vida. Enquanto muitos vendilhões do Templo existentes por aí…
O que está acontecendo é que estão substituindo verdades por mentiras no sentido de satisfazer tão somente personalidades viciadas no pedantismo ainda deficitário de uma realidade em que se mostre mais objetiva, direta, sem alardes e sem máscaras. Mas essas mentiras tendo pernas curtas, solavancam o orgulho, o egoísmo, a vaidade em acreditarem no que ainda não viram e se tiveram contato com ela, desacreditam no que passam a enxergar. É um misto de sombra e luz, onde no final dessa história sempre ganhará a fonte que mais nos oferece de subsídios de confiabilidade… em termos… vale considerar.
Ainda não pensamos por vontade própria. Aquela certeza mesmo em bruços sobre livros doutrinários ainda nos encabula, nos intimida, nos diminui. Mas, sempre somos levados pelas opiniões da massa e do meio, para não sermos classificados como “diferentes”. Dúvidas diversas enxameiam nosso mundo íntimo. Mas, procurar saná-las, para que? Não nos sentiríamos rebaixados por aqueles que sabem mais do que eu ou você? Temos facilidades de alimentar a inveja ao contrário de fortalecer nossas ideias libertadoras onde nos algemamos à ignorância, desprovida de princípios verdadeiramente doutrinários e… Cristãos.
“Somente a Doutrina, no esforço de Allan Kardec de unir fé e razão conseguiria corresponder às expectativas do homem do Terceiro Milênio”. Ainda pensava Dr. Inácio. O que seria fé para você? Algo insolúvel que só se conquista à base de uma crença? E a razão? A que se propõe ela no contexto de salvaguardar ideias e ideais à altura de uma sabedoria sobejada de princípios onde conhecimento e sentimento se mesclam para dar uma nova ênfase à cultura cristã a que tanto desejamos sem ainda termos o devido merecimento?
Saindo desses momentos de reflexão, a equipe de Odilon chega ao sítio do pai de Paulinho onde acontecera aquela tragédia com o seu filho. Tudo ali estava abandonado. E sendo nesse local o ponto de partida para aquela aventura socorrista, Odilon pediu ao Dr. Inácio que exercesse em suas paredes a psicometria. Desconcertado e orientado por Odilon Fernandes, ele toca com as mãos aquelas paredes de adobe.
Dr. Inácio então vê o incêndio no paiol sendo apagado por Paulinho e seu pai com muitos baldes de água, em vão. Ouve também um choro de criança e uma cobra que se aproximava do berço onde ela estava. “Ela saiu do brejo, a poucos metros da casa. É uma sucuri gigante! No entanto os olhos da serpente são diferentes: ela parece ser uma cobra que pensa!…”. Como sabemos através de uma ação, vem sempre acompanhada de uma reação. Essa cobra como disse alhures, estava sendo influenciada por rastreadores das sombras que a utilizaram para que com o faro reptiliano, achasse com mais facilidade o que procuravam. Poderia estar obsidiada ou possessa? Quem sabe. E movida pelo instinto aquele animal depois daquele repasto humano, regressa pelo matagal de onde aparecera e some no meio das folhagens.
Portanto, para fortalecer meu raciocínio vamos analisar as palavras de André Luiz em seu livro “Nos Domínios da Mediunidade”, pelos médiuns Chico Xavier e Waldo Vieira: “Expondo algumas anotações em torno da psicometria, considerada nos círculos medianímicos por faculdade de perceber o lado oculto do ambiente e de ler impressões e lembranças, ao contato de objetos e documentos, nos domínios da sensação a distância, não é demais traçar sintéticas observações acerca do pensamento, que varia de criatura para criatura tanto quanto a expressão fisionômica e as marcas digitais”. Comigo e com eles meu Caro Leitor Amigo?
03/04/2023 – Até a próxima quarta-feira pessoal. Divulguem-na para nós. Gratidão.
Médium de psicografia desde 1990, tarefeiro espírita na cidade de Sete Lagoas/MG.