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“Quem ME Chamou” ou “Quem Chamou-ME”? por Antonio Nazareno Favarin

Correto: QUEM ME CHAMOU.

Um dos assuntos mais controversos de nosso léxico é o emprego dos pronomes oblíquos ou objetivos: me – te – se – o(s) – a(s) – nos – vos – lhe(s).

Apresentaremos, nesta página, as três posições diferentes e corretas que estes pronomes devem assumir numa oração: antes, no meio e depois do verbo.

Regra de ouro: embora na língua coloquial ou culta, por ser espontânea, pode-se prescindir de certas regras gramaticais, na linguagem escrita não podemos, no caso, iniciar frases com pronomes oblíquos.

Sem sombra de dúvida, uma boa expressão reflete-se pelo emprego correto destes pronomes, obedecendo-se a estas três regras básicas:

Próclise – Mesóclise – Ênclise

  1. PRÓCLISE – ocorre em orações com os pronomes colocados antes do verbo e que são precedidos de:

a) palavras negativas: não, nem, nunca, ninguém, nada, jamais

Exemplos: Pedro não se queixou e nem se aborreceu; não nos deixeis cair em tentação; jamais vos esquecerei; nada o faz desanimar;

b) pronomes pessoais (sujeitos): eu, tu, ele/ela, nós, vós, eles/elas.

Exemplos: ele lhe disse que iria viajar; nós nos consideramos felizes; elas lhes ofertaram flores;

c) advérbios: aqui, ali, onde, mais, talvez, quase, sempre, quando Exemplo: vá onde lhe for mais conveniente;

d) pronomes relativos, demonstrativos e indefinidos: que, quem, aquela, isso, algum, alguém

Exemplos: que se deve entender por infinito? Isso o fez mais feliz.

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  1. MESÓCLISE – ocorre com a intercalação dos pronomes oblíquos no verbo conjugado no futuro do presente e no futuro do pretérito.

Exemplos: dir-lhe-ei sempre a verdade (futuro do presente); se dependesse de mim, convidá-lo-ia à festa (futuro do pretérito – antigo condicional).

  1. ÊNCLISE – ocorre com a posposição dos pronomes oblíquos ao verbo quando não há nada que, eufonicamente, os atraia. Exemplo: espíritas! amai-vos, eis o primeiro ensinamento; instruí-vos, eis o segundo” – ESE, VI, 5; expomo-lhe um método prático de aprendizado.

Obs.: conforme o verbo a que estão conectados, os pronomes oblíquos sofrem alterações para no(s), na(s), lo(s), la(s).

Exemplos: eles proclamaram-no diretor; ela vai convidá-los à sessão.

Antonio Nazareno Favarin
Professor de Português, Revisor de livros de São José dos Campos-SP.

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