Você alguma vez já parou para pensar por que não lembramos das existências passadas para que assim tenhamos consciência dos erros praticados e assim corrigi-los integralmente? Muitos pensam que conscientes dos erros terão mais aceitação quanto às provas e expiações pelas quais hoje passam. Ledo engano. Não é assim que funciona as Leis que nos governam e dessa forma, com certeza, iríamos era piorar ainda mais o nosso fardo de dívidas com a Justiça Divina.
Vejamos o que o Instrutor Calderaro diz a respeito para André Luiz onde fez o registro no livro “No Mundo Maior” na mediunidade do saudoso Chico Xavier: “Não estamos, por enquanto, munidos de suficiente luz para descer com proveito a todos os ângulos do abismo das origens”. Se esse véu ainda nos faz esquecer das outras personalidades por nós vividas, boa coisa não fomos.
Difícil para nós considerar acertado a Justiça Divina se lembrássemos que em nossa atual família, os nossos pais ou até mesmo alguém da parentela, convivendo no mesmo teto, seriam nosso executor do passado. É preferível termos, no momento, aquela aversão a eles – sem que para isso não soubéssemos do real motivo – do que descobrirmos e certamente não aceitarmos, de bom grado, tais homicidas, hoje como nossos progenitores. Com certeza o revide aqui seria inevitável. Sem o ser já o é!!!
Como tem um ditado: “Deus escreve certo por linhas tortas”. Ele escreve certo, agora, nós é que as entortamos pela incapacidade ainda de compreender o aprendizado sem que para isso necessitássemos de ver para corrigir.
Complementando a citação acima, o preclaro instrutor conclui: “Tal faculdade só mais tarde a adquiriremos, quando nossa alma estiver escoimada de todo e qualquer resquício de sombra”. Com certeza ainda temos muito que melhorar nesse sentido. Descer ao abismo das origens sem preparo, sem comprometimento com a verdade, difícil será examinar vetores de comportamento quanto à nossa reação às diversas situações que nos calcam a nossa real receptividade com o passado.
Por isso é melhor não sabermos por enquanto de certas existências passadas para que elas não interfiram ainda mais no nosso modus vivendus da atual existência. Não saberíamos lidar com duas personalidades – a do passado e a atual – em tão curto espaço de tempo. Com certeza o resultado seria aterrador levando a pessoa à loucura e não muito longe à morte prematura.
A sombra ainda reside em nossos sentimentos eclipsando as virtudes pelas quais – em momento oportuno – iremos conquistando à medida que despimos o “homem velho” ganhando ares de homens mais espiritualizados e, consequentemente, mais iluminados.
Estejamos certos de que alcançaremos, um dia, as culminâncias da razão e do sentimento no seu grau supremo, embora, sempre gosto de dizer, que jamais conquistaremos a mesma razão e sentimento no seu absolutismo, pois em Absoluto só o Criador. Concorda comigo Leitor Amigo?
Médium de psicografia desde 1990, tarefeiro espírita na cidade de Sete Lagoas/MG.