Aos seguidores de plantão do Dr. Inácio, meu Salve.
Reencarnação… Jesus nos disse certa vez: “Em verdade, em verdade vos digo que aquele que não nascer da água e do Espírito não poderá entrar no Reino de Deus”. Essa frase vem deixando muitos representantes de igrejas na Terra sem dormir. Os homens a fizeram com vários significados, não aquele que preenchesse seu sentimento de Essência Imortal.
Você que corre os olhos nesses meus singelos apontamentos acredita na reencarnação? O que seria ela ao seu entendimento? Água do batismo ou água amniótica? Como nascer de novo já velho? Você tem o mesmo entendimento que Nicodemos? Independentemente do que seja, a morte diante dela existiria? Se tudo acaba no túmulo, como entender o que Jesus disse? Seria um engodo da Sua parte para ludibriar seus seguidores? Ou uma razão para repensar que se tudo termina com a morte, como fica o homem que praticou o bem durante toda sua vida, ante aquele malfeitor que só deixou sangue e lágrimas por onde andou? Acabaria tudo pós túmulo para ambos? Onde então a Justiça Divina?
Essas como outras perguntas ainda ficarão sem respostas para alguns fieis, não é mesmo? E diante dessa epifania de interpretações evangélicas, vale o ponto de vista de cada um não que estejam certos. O certo é que ainda estamos muito longe de compreendê-la, principalmente para muitos espíritas, vale ressaltar.
E diante desse entendimento, vamos ver o que Dr. Inácio nos revela a respeito, constando nesse capítulo no seu livro “Sob as Cinzas do Tempo”, pela mediunidade de Carlos Baccelli. Vejamos: “Sem dúvida, se o homem não aceitar o Evangelho, o conhecimento da reencarnação pouco lhe acrescentará ao espírito”. Decerto ele está coberto de razão. Evangelho bem analisado através da fé raciocinada, sem as maçantes controvérsias que as religiões dele fizeram, é aquela luz no fim do túnel. Assim interpretando, teremos uma clara visão da necessidade do Evangelho em nossas vidas e para que a reencarnação se transforme numa certeza para todos, dessa quanto daquela religião.
Difícil aceitar o Cristo simplesmente portando uma Bíblia debaixo do braço, falando bonito sobre as passagens bíblicas num púlpito de uma Igreja, Templo ou numa Casa Espírita ou até mesmo usando um colar com um pingente de um crucifixo no pescoço. Seria o mesmo que dizer: “Deus é fiel”. Sim, Ele com certeza é, mas e nós, somos fieis com relação a Ele? Decerto que não.
Dr. Inácio assim que chega no Sanatório, ele estava sendo aguardado por um casal trazendo uma senhora em sua companhia. Eles a queriam deixa-la de qualquer jeito com ele dizendo estar louca. Mas sendo um médico que estuda as sensações da psique humana, sabia que algo estava errado. Não gostava que nenhum familiar agisse dessa forma com seus familiares.
E como a maioria das vezes acontece: “… ela está nos atrapalhando a vida; mamãe morreu faz quinze dias e nós não podemos assumi-la…”. Dr. Inácio estava indignado com aquela situação que se tornou rotina para muitos que desejam tirar suas responsabilidades familiares cristãs. De insinuações a insinuações dizendo que os espíritas tem um coração imenso de bondade, principalmente seguidores de Chico Xavier foi a gota d’água: “Certamente vocês estão querendo desfrutar da herança sozinhos, não é? Eu denuncio vocês. Sou espírita, mas não sou bobo”.
Com certeza, tem muitas pessoas que tomam dessas decisões insalubres para fugir das responsabilidades que lhes cabem. Esse casal pelo menos não a matou como muitos também assim fazem por questões de dinheiro fácil. Dr. Inácio usou da sua franqueza muitas verdades para aquele casal. E foi com muito gosto aquele puxão de orelhas que a senhora que os acompanhava deu um sorriso de aprovação.
Decerto modo, não poderemos ficar passivos diante de situações como essa. Tem que ser e estar com a razão abalizados na realidade dos fatos. Não é só despejar um ser humano num Sanatório como um saco de lixo e ir curtir a vida com o dinheiro e os pertences de suas vítimas.
Os espíritas de modo geral são vistos por serem muito caridosos e compreensivos. Decerto as vezes tem razão, pois sendo seres humanos falíveis, não são perfeitos à imagem e semelhança de Deus. Ninguém está isento de cair diante das fraquezas que ainda alimenta. Estamos longe, sim, dessa perfeição, embora muitos fazem sua parte no sentido de trazer refrigérios e esperanças aos irmão necessitados do caminho. Já é um passo, não é mesmo?
E mesmo chateado com aquela situação, não deixando com que o sentimento fosse mais que a razão, Dr. Inácio procura Paulinho para saber como ele estava. O jovem rapaz sentiu que o seu tutor estava inquieto com as palavras. E ouvindo o seu desabafar disse que agiria da mesma forma não aceitando aquela situação.
Não poderemos deixar que a nossa gratidão se fixe num Asilo ou um Sanatório. Não há desculpas para isso. Muitas pessoas creditam que o melhor é internar certos familiares por que não tem tempo de cuidar deles e para não serem maltratados são forçados a coloca-los em lugares assim.
Tive essa visão dantesca com a matrona da Sopa em que eu participava. Depois de não poder mais andar ficando vinte e quatro horas na cama sem poder se mexer, o seu Calvário foi cumprido com galhardia. Seus supostos familiares diziam cuidar bem dela, mas eu presente via o contrário. Depois do banho todas as manhãs ninguém a levava para tomar um sol e ver seu jardim que ela sempre cuidava. Jogada na cama, ninguém mais mexia nela. Graças a Deus não teve escaras, mas queixava de dores nas costas, nos calcanhares, nas pernas muitas vezes inchada. Eu que muitas vezes massageava suas pernas, colocando seus calcanhares suspensos em almofadas. Só eu quem fazia isso. Estava tão bem cuidada que nos seus desabafos comigo certa vez diz querer suicidar. Chorei junta dela sem poder fazer absolutamente nada. E alguns meses depois ela partiu. Deus reconheceu a sua renúncia e hoje ela está com os seus que a amam intensamente.
E diante do exposto, pergunto a você: Valeria tratar um familiar assim ou que o colocasse num Asilo. A solidão que sentiriam não seria a mesma Caro Leitor Amigo?
04/11/2022 – Até a próxima semana pessoal. Muita paz.
Médium de psicografia desde 1990, tarefeiro espírita na cidade de Sete Lagoas/MG.