Você alguma vez já parou para pensar que “Milhões de irmãos nossos se conservam semiloucos nos lares ou nas instituições; são os companheiros incapazes do devotamento e da renúncia, a submergirem, pouco a pouco, no caliginoso tijuco das alucinações…”. Continuando nossos humildes comentários da semana veremos a citação do visitante ilustre que fazia uma palestra sobre o sexo, narrado por André Luiz no livro “No Mundo Maior”, no capítulo 11, intitulado “Sexo”, pela psicografia do médium Chico Xavier. Sem sombra de dúvidas, é o que mais está acontecendo em muitos lares do mundo. Existe uma semiloucura avassaladora sublocada na máscara da normalidade conjugal em que apenas sentem sua investida possessiva os filhos em litígio forçado e prisional.
A infidelidade em muitos casais gera a desconfiança, a falta de compartilhamento de ideais mais nobres onde reina tão somente a sombra do descrédito e da rotina estafante. Não existe praticamente amor nessas ligações, apenas instintos aflorados que na maioria das vezes dita normas não muito consensuais.
O devotamento à causa dos bons princípios é meta para todo casal que anseia a prosperidade da família, nos moldes da espiritualidade conjugal, da conversação sadia, da compreensão das dificuldades íntimas, do contato mais próximo com os filhos e vice-versa.
A renúncia mais uma vez é falada e, consequentemente é o passaporte para uma harmonia familiar em que a doação se prima nos arvores da sensibilidade e da razão em uníssono com o verdadeiro cilício da paz entre os cônjuges.
Sempre digo que se não consegue o homem quanto a mulher conviver apenas com uma esposa ou com um marido, é preferível que não se case. Viva, pois, da libertinagem sem que com isso venha ferir corações ditos amados. Sexo depravado e loucura é o mesmo que marido infiel e esposa insegura. Sexo com o dínamo de sentimento e paz de espírito são alicerces seguros de casais que procuram aliar forças no metabolismo em que se principia as forças sexuais da alma em consonância ao equilíbrio e ao bem-estar.
É verossímil afirmar que grande maioria dos lares não se encontram alicerçados na família realmente espiritual. No cadinho de milhares de residências, vivem e convivem almas presas entre si no sentido de resgatarem pesados débitos ou de originar outros tantos, onde somente através de muito choro e sofrimento poderá vir a acalmar a alma incipiente de amor e compreensão.
Nesse sentido, vejamos o que nos fala o ilustre palestrante: “O ciúme, a insatisfação, o desentendimento, a incontinência e a leviandade alastram terríveis fenômenos de desequilíbrio”. De fato ontem e hoje, lares são como bombas prontas a estourarem se não houver, neles, a luz benfazeja do Evangelho do Senhor. Igreja alguma salva a alma impenitente se nos lares a zorra dos instintos se professa incontrolável. É fato incontestável, infelizmente. Comigo, Leitor Amigo? (Continua…)
Médium de psicografia desde 1990, tarefeiro espírita na cidade de Sete Lagoas/MG.