Para você, o sexo teria determinado valor numa convivência de pares, onde o amor forneça para ambos uma sintonia maior com as forças sexuais da alma? Devemos obtemperar também que não devemos em nenhum momento dar azo às paixões inferiores como se fosse, ele, um sentimento provisório, não acham?
Creio que alguns leitores estão achando que estou sendo bastante radical no assunto, mas vamos ver o que o mensageiro amigo disse à jovem mulher que estava desiludida por um amor não correspondido, procurando através do suicídio as respostas que queria para solucionar os desequilíbrios do seu espírito.
Esse relato se encontra no livro de André Luiz “No Mundo Maior”, no seu capítulo 13, intitulado “Psicose Afetiva”, pela mediunidade de Chico Xavier. Vejamos: “Mas… dar-se-á que presumas no sexo a fonte exclusiva do amor? Serás também vítima desse fatal engano?”. Claro, direto e preciso, não é mesmo Leitor Amigo? Devemos considerar aqui que o amor entre as criaturas em processo de reajustamento espiritual na Terra ainda digladiam-se com as paixões que nutrem satisfatoriamente. Em quase sua totalidade, muitos casais ainda não se encontram preparados para o Amor verdadeiro, em se deixando levar pelas paixões avassaladoras do sexo inveterado.
É fato que deixamos nos levar com sensações que são tidas como “normais” numa sociedade ambientada em contrastes morais que não se enquadram nas máximas superiores em que o Amor se sustenta. Estamos encarcerados em um labirinto onde o jogo dos sentidos é alimentado pelas paixões insaciáveis. Quanto mais queremos, mais necessitamos. Quanto mais praticamos nossas lascívias, mais embrutecidos ficamos, ao contrário da prática do Amor que espiritualiza ainda mais as almas que Dele se aproximam, se afinizam, se completam.
Para interagir melhor o raciocínio do ilustre amigo acima, vamos para mais uma citação: “Amurados no egoísmo feroz, não sabemos perder por alguns dias, para ganhar na eternidade, nem ceder valores transitórios, para conquistar os dons definitivos da vida”. Brilhante essa citação, não acham? Num patamar onde certa primitividade grita impávida aos prazeres corporais que se manifestam em alguns segundos, não conjuramos que a eternidade se alimenta na engrenagem em que o Amor é o seu agente principal. Os valores transitórios se bem utilizados, com certeza, angariaremos energias suficientes para a conquista dos dons definitivos da vida, ou seja, o prazer de doar ao outro o amor em manifesto, mais vivo, mais voluntário, mais espiritualizado. Aos poucos vamos perdendo campo para a animalidade e ganhando subsídios onde nossa personalidade se homogeneíza com energias mais salutares da alma que já aprendeu a dosar seus instintos e a manifestar mais luminosa diante do seu campo íntimo espiritualizado, antes só de sombras. Comigo, Leitor Amigo?
Médium de psicografia desde 1990, tarefeiro espírita na cidade de Sete Lagoas/MG.