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Tipos de Espíritas (Parte 2) por André Luis Villar

Dando continuidade à matéria que teve início na semana passada, iremos estudar a terceira categoria de espíritas, conforme aponta nosso Codificador em seus estudos nas Obras Básicas:

3º) Os que não se contentam em admirar apenas a moral espírita, mas a praticam e aceitam todas as suas consequências”Kardec

Convictos de que a existência terrena é uma prova passageira, tratam de aproveitar os seus breves instantes para avançar na senda do progresso, única que pode elevá-los de posição no Mundo dos Espíritos, esforçando-se para fazer o bem e reprimir as suas más tendências.

Sua amizade é sempre segura, porque a sua firmeza de convicção os afasta de todo mau pensamento.

Tipos de Espíritas… (Parte 2)

A caridade é sempre a sua regra de conduta. São esses Os verdadeiros espíritas, ou melhor, os “espíritas cristãos”.

Gostaria de aproveitar o memento para fazer um breve esclarecimento: muitas pessoas me perguntam nas redes sociais o motivo de eu escrever em meus artigos o termo “espíritas cristãos”.

Por este fato: Allan Kardec escreveu no Livro dos Médiuns, no século 19, assegurando-nos que o verdadeiro espírita é o espírita cristão.

Se nós estudarmos e refletirmos mais a fundo, iremos ver que ser espírita e cristão é a mesma coisa, pois o Espiritismo tem sua centralidade em Jesus, Nosso Senhor e Mestre por excelência, definido por Deus nosso Pai como seu representante em nosso Planeta.

São poucos os espíritas que acreditam na afirmação de Kardec que atenta para que estejamos “convictos de que a existência terrena é uma prova passageira”.

No fundo, muitos de nós questionamos se de fato merecemos esta ou aquela provação; se de fato Deus não se esqueceu de nós… e por aí afora! Essa frase contida no terceiro tipo de espírita apontado pelo Codificador tem a cara do nosso abençoado e abnegado Chico Xavier:

A caridade é sempre a sua regra de conduta”Chico Xavier

Para os espíritos bem aventurados, a caridade e o amor passam a ser algo inato; eles fazem sem sentir, fazem com naturalidade e espontaneidade – enquanto para a maioria de nós, a prática caritativa ainda parece ser um fardo.

E foi justamente a esta terceira categoria que Kardec deu o nome de

os verdadeiros espíritas, ou melhor, os espíritas cristãos”Kardec

Mas sigamos com o Codificador:

4º) Há, por fim, os espíritas exaltados. A espécie humana seria perfeita, se preferisse sempre o lado bom das coisas.

O exagero é prejudicial em tudo. No Espiritismo ele produz uma confiança cega e frequentemente pueril nas manifestações do mundo invisível, fazendo aceitar muito facilmente e sem controle aquilo que a reflexão e o exame demonstrariam ser absurdo ou impossível, pois o entusiasmo não esclarece, ofusca.

Esta espécie de adeptos é mais nociva do que útil a causa do Espiritismo. São os menos capazes de convencer, porque se desconfia com razão do seu julgamento. São enganados facilmente por Espíritos mistificadores ou por pessoas que procuram explorar a sua credulidade.

Se apenas eles tivessem de sofrer as consequências o mal seria melhor, mas o pior é que oferecem, embora sem querer, motivos aos incrédulos que mais procuram zombar do que se convencer e não deixam de imputar a todos o ridículo de alguns.

Isso não é justo nem racional, sem dúvida, mas os adversários do Espiritismo, como se sabe, só reconhecem como boa a sua razão e pouco se importam de conhecer a fundo aquilo de que falam”Kardec

Bem, esse último item dá um livro ou um seminário. Mas iremos dar algumas pinceladas sobre essas considerações tão importantes de Kardec, e que merecem de nossa parte um aprofundamento maior.

Nesse item iremos encontrar a assertiva kardequiana: “o exagero é prejudicial em tudo”.

Essa situação infelizmente ocorre muito em nosso movimento religioso. Notamos com muito pesar que hoje dia está na moda criticar por criticar em nosso movimento espírita.

Não lemos algo somente pelo título ou pelo médium…damos descrédito para aquela obra, ouvimos uma palestra e na maioria das vezes estamos atentos para pegar um erro no orador, e não para aprendermos algo de novo e salutar. Portanto, fica difícil conseguir ver algo a mais dessa maneira.

E você que está lendo: o que acha?

Outro ponto interessantíssimo do texto de Kardec é sobre muitos de nós:

São enganados facilmente por Espíritos mistificadores ou por pessoas que procuram explorar a sua credulidade”Kardec

Quantos são os livros que são publicados sem um mínimo de critério em nosso movimento, visando apenas o retorno financeiro?

Quantas são as matérias escritas que vêm para confundir ao invés de esclarecer e ajudar?

É muito comum nos depararmos com esta realidade: “só reconhecem como boa a sua razão, e pouco se importam de conhecer a fundo aquilo de que falam”. Para muitos, apenas o que pertence a eles ou ao grupo de amizade que é o correto e verdadeiro.

Quem age assim, mostra um despreparo total e um desequilíbrio que o leva a se manter nas teias da ignorância. E foi a esta categoria que Allan Kardec deu o nome de “espíritas exaltados”.

Fizemos uma breve matéria sobre este assunto tão importante e neste momento tão grave de nossa trajetória espiritual.

Gostaria de convidar a todos que leram a refletirem sobre essa matéria simples e singela, e ao mesmo tempos nos perguntarmos em qual desses quatro tipos de espíritas nós nos encontramos? – resposta que só pode ser dada por nós mesmos.

André Luis Chiarini Villar

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