Você alguma vez já parou para pensar que nem sempre o bem que fazemos é bom diagnóstico para nós, podendo estar metamorfoseado em um mal maior? Deixo claro aqui esse meu pensamento no sentido de mostrar que muitas vezes temos outras oportunidades de assim praticá-lo, mas por comodismo por atrações baratas do mundo, subjugamo-nos no labirinto difícil de se achar uma saída favorável.
Para elucidar melhor o assunto, vamos observar um caso narrado por André Luiz no livro de sua autoria “No Mundo Maior” psicografado pela mediunidade do saudoso Chico Xavier. Vejamos: Uma mãe presa à uma cama esperando a sua libertação espiritual. Uma filha querida sempre presente. Mas, as dificuldades da vida, fizeram com que essa filha se embrenhasse nos prazeres fáceis no sentido de auxiliar, assim, a mãe acamada. Mas essa vida a deixava alquebrada olvidando isso da mãe tão admirada.
Diante da preocupação da filha, disse Calderaro a André Luiz: “Não há fortuna maior que a consciência tranquila”. É um fato que deve ser mais bem refletido por nós, coisa que é muito raro escutarmos a nossa consciência sempre alerta às armadilhas do caminho.
No caso aqui, Julieta, a filha amada, se encontrava em desequilíbrio pela vida que passou a levar, embora reconhecendo o único caminho para auxiliar a mãe em processo de desencarne. Ante a situação, o Instrutor acima elucida: “… a mente desvairada emite forças destruidoras que, se podem atingir os outros, alcançam, em primeiro lugar, o cosmo orgânico do emissor”. Julieta tinha meios para constituir uma família equilibrada pela educação que da mãe recebera, mas escolheu trilhar caminhos que o coração em momento algum ficaria em paz consigo mesmo. No ambiente que escolhera para a vida fácil recebia vibrações pesadas impossibilitando com que ouvisse a consciência a alertá-la dos perigos desse caminho. Afastou-se da prece e, assim agindo, deixou com que sombras a envolvesse no silêncio da mente culpada.
Mas, como a Justiça Divina está além da nossa compreensão limitada, disse Calderaro diante da situação deplorável de Julieta: “Às vezes nossa queda precipitada constitui mero desastre parcial a que nos arrasta o desespero”. Sim. O desespero sempre nos leva a piorar, e muito, a situação pela qual nele nos embrenhamos. Difícil é concatenar nos valores imortais do Espírito, se deixando intimidar pelos instintos a que ainda não estamos totalmente desmagnetizados. E através dessas quedas – antes superáveis – somos forçados a passar por situações que a correção se nos tornará numa tortura de inigualável monta. E o tempo encarregará do despertamento mesmo que para isso se nos faça derramar pesadas lágrimas de sofrimento. E, como podemos notar na história aqui narrada, a intercessão da mãe mesmo acamada, faz com que seus rogos sejam atendidos e o socorro espiritual à filha estava perto de se concretizar. O que o amor sincero e verdadeiro faz bem às almas que nele se espelham! E o quanto dele ainda necessitamos para obtermos a tão desejada paz de espírito. Comigo Leitor Amigo?
Médium de psicografia desde 1990, tarefeiro espírita na cidade de Sete Lagoas/MG.