Aos seguidores de plantão do Dr. Inácio, meu Salve.
Francisco Leite de Bittencourt Sampaio. Quem seria esse espírito? Você já ouviu falar ou procurou saber o bem que ele fez quando encarnado e que ainda faz o bem no mundo dos Espíritos? Creio que tem até Centros Espíritas com o seu nome, mas poucos dessas casas sabem realmente o que fizera para ter seu nome como um dos benfeitores espirituais que se preocupam com os irmãos à sua retaguarda.
Depois da indigesta reunião com o obsessor de Pedrinho, antes mesmo de terminar a reunião, esse renomado espírito se manifesta no grupo para deixar certo consolo, amparo e tranquilidade. Vejamos algumas de suas palavras consoladoras nesse capítulo terceiro do livro em estudo, narrados pelo espírito do Dr. Inácio Ferreira ao médium Carlos Baccelli: “Não há espírito que suporte a si mesmo nas vibrações infelizes de revolta e de descrença”. Sim. Chega um dia em que o clímax do ódio que alimenta é tanto que ele vai sentir a grande necessidade de sentir amado. Quantas e quantas milhares de almas se acotovelam nas sombras, à procura de um sentimento que ocupe o vazio existente em seu mundo interior? Todos nós necessitamos uns dos outros, e, em contrapartida, nas sombras, esse vazio se entorpece gerando o mal por falta de amor no coração.
Chegará um dia em que todos os desviados do Aprisco Divino do Senhor sentirá mais forte Sua energia, e quais filhos pródigos, chegarão ao Seu aprisco em arrastos pelo peso enorme da consciência. No mundo, tanto o físico quanto o espiritual, vivemos, muitas vezes inconscientes da verdade inaudita, com a ilusão que faz estacionar muitos nos cômoros da indiferença e descaso até mesmo distante de si próprios. A jornada é longa. Precisaremos, sim, nessa caminhada, de muitos braços e abraços de samaritanos a nos socorrer nos momentos de destempero onde a sombra da invalidez procura envolver-nos com seus dardos alucinógenos.
Quantas e quantas dores ainda suportaremos no sentido de despertarmos do pesadelo em que passamos a alimentar na ilusória tentativa de burlar os Desígnios Divinos? A nossa fé bem mais pequenina do que um grão de mostarda não consegue arrefecer nossos instantes de desgosto, de revolta, de atavios, pois que o caminho que escolhemos trilhar é apenas de sofrimento moldado a lágrimas e lágrimas de remorsos intermitentes. A incredulidade quanto à Vida Imortal ainda é nossa guardiã onde o obscuro véu da ignorância ainda grassa provisoriamente vencedora nos recessos de nossa inconsciência.
Vejamos outra citação interessante dita pelo benfeitor acima ao grupo mediúnico do Sanatório, em que muitos religiosos não aceitam e até mesmo muitos espíritas desconhecem. Vejamos: “Imitamos Teodora, esposa de Justiniano, que no II Concílio de Constantinopla, no ano de 553, influenciou o imperador para que a crença na reencarnação fosse banida dos dogmas da Igreja…”. Sim, pessoal. A Igreja Católica, Apostólica, Romana era reencarnacionista. Já imaginou como seria o mundo no sentido de religiosidade se até hoje a Santa Igreja propagasse a reencarnação? Infelizmente aqui, a palavra de uma mulher teve mais peso na decisão de um imperador, mas não mudou, em nada, o processo reencarnatório a que todos nós ainda estamos subjugados. Única coisa que mudou drasticamente foi a perseguição daqueles que divulgavam conceitos que para a Igreja era terminantemente proibidos. Somos espíritos enfermos procurando a cura não na prática das virtudes altaneiras da Caridade uns com os outros, mas sim, arrastando o fardo pesado dos nossos incontidos erros milenares na loucura incontida dos nossos egos do passado.
Quantos desses egos ainda em conflito se digladiam dentro de nós? já parou alguma vez para pensar a respeito? Qual seria a personagem que hoje vive em nós? Ainda alimentamos de sombra, pois que com o Véu do Esquecimento, deixamos em nossa psique o dormitório latente do que fomos, refletindo em nossas ações na presente existência. Ahhh! Quantas dores seriam amenizadas se tivéssemos desde meninotes, encaminhados por pais espiritualizados no entendimento da Justiça Divina em nós! Como ela age… Como ela se processa… Como ela nos tira das sombras… Como ela nos faz refletir sobre nossa condição atual de ainda réprobos da Criação…
No caso aqui exposto, Pedrinho estava sendo usado como instrumento do espírito obsessor como vingança aos seus progenitores. É fato que a doutrinação desse espírito irá valer da equipe do Dr. Inácio muitas e muitas reuniões de desobsessão no intuito sacrossanto de amolecer o seu coração taciturno.
E para terminar essa matéria da semana, vamos analisar com profundidade o que nos diz o benfeitor Bittencourt Sampaio: “… sem a renovação íntima das supostas vítimas de qualquer processo obsessivo, os seus algozes não se sentem dispostos à menor mudança”. Verdade verdadeira. Aqui não valerá tão somente a melhoria interior dos obsessores, mas sim, e essencialmente válida a transformação moral das suas vítimas.
Não adiantará pedir para afastar os desafetos espirituais que nos subjugam as fraquezas, se essas próprias fraquezas se encontram estacionárias no nosso Modus vivendus atual. Seria muito cômodo o afastamento das sombras em nós se ainda nos agarramos a elas diante das nossas intempestivas escolhas. Cada situação que nos submete ao crivo da razão, nos faz refletir como poderemos nos sair bem ou mal diante do entendimento até então dissimulado.
A reforma íntima será crucial para que possamos garantir luz em nosso caminho evitando, assim, mais tropeços e mais quedas. Quantos males evitaríamos se se julgasse primeiro nossas ações antes de apontar o dedo em riste para os nossos semelhantes! Cada um de nós carrega um fardo de fracassos sentimentais em que hoje, nessa atual existência, podemos garantir vitória diante da nossa persistência em deixar o homem velho e atualizarmos nossa personalidade para aquele outro mais espiritualizado.
A mudança será sempre de dentro para fora de nós. Ensinamentos e exemplos estão em mancheias no nosso percurso evolutivo. Vale do nosso concurso, o quanto antes, angariar nossos conceitos de liberdade, igualdade e fraternidade.
A liberdade em si consiste em sermos livres em todos os sentidos da vida, embora devamos ater-nos quanto ao respeito da mesma com os nossos semelhantes. Temos que analisar bem o nosso contexto de autodeterminação, independência e autonomia. Muitos vetores como esses nos tornaram com mais capacidade de angariar subsídios necessários e indispensáveis para que a nossa auto determinação não venha extrapolar nossa independência no pensar e no agir, tendo como diretriz segura a autonomia do nosso trato sentimental, religioso, familiar e pessoal.
A igualdade também se processa em mudanças. Cada aresta das nossas imposições quando podadas, tornar-se-ão em outros tantos processos mais ajuizados quando nos propormos a agir mais, diminuindo o holofote do mundo no palanque das nossas quizilas comportamentais. A fraternidade, então, é a união da liberdade com a igualdade, sendo fruto sazonado dos nossos sentimentos mais iluminados, mais precisos e mais homologados nos princípios em que se destaca a obediência aos Mandamentos do Senhor que nunca se desfaz com o tempo, pois até esse mesmo tempo não conseguiu apagar de vez essas Orientações Divinas há milênios.
Estamos, vamos dizer assim, em processo desobsessivo, desde que aceitemos novos posicionamentos de vivência e de convivência. A cada dia somos testados como anda lá nossas preferências quanto ao quadro de aprendizado que a Terra se nos proporciona. É uma folha em branco que iremos preenche-la com a tinta das nossas emoções mais secretas, agora com o viço da temperança, do cuidado, da observação própria quanto ao controle dos nossos pensamentos agora no cabresto da nossa vigilância ativa.
Analisemos, portanto, as citações acima quanto às outras desse capítulo e saberemos arguir de nós nossas possíveis participações na vanguarda do Bem na Terra. Avante, cartas do Evangelho no mundo! Levantemos a cabeça diante das tentações arrasadoras e, com a fé dinâmica em processo de ascensão possamos dar nosso grito de unificação: Finalmente venci o mundo. Comigo, Leitor Amigo?
05/09/2022 – Até sexta-feira pessoal. Muita paz.
Aécio Emmanuel CésarMédium de psicografia desde 1990, tarefeiro espírita na cidade de Sete Lagoas/MG.