Pessoal, para quem tem dificuldade para ler, no final da matéria coloquei ela em áudio no youtube.
Aos seguidores de plantão do Dr. Inácio, meu Salve.
Chico Xavier… Muitos que foram consolados por ele, acreditam piamente que ele era um santo embora a Igreja Católica não se manifestar a respeito. E nem vai… Outros, por sua vez, diziam que era mistificador, revolucionário, endemoninhado, louco… Quisera eu ter essa “loucura”. Muitos até dizem também e isso vindo de espíritas, de que ele não é “ainda”, um espírito superior. Poxa!… Depois de tudo que ele passou para fortalecer a Boa Nova do Mestre; foi perseguido tanto por espíritas e espíritos das sombras encarnados e desencarnados; teve sua vida inteira no aproximo dos pobres de periferia… Nasceu pobre, viveu pobre e morreu pobre. O que faltaria, para esses, classificá-lo à altura como um Espírito de Alta Linhagem Espiritual? Não entendo certos espíritas. É tanto esses que disseram isto, que, participando de algumas reuniões num Centro Espírita aqui na minha cidade, em todo momento, não vi livros do Chico em cima da mesa de estudos e mediúnico e nem mesmo no salão de palestras. ?!?!
Mas voltando aqui ao que nos interessa, a equipe de Gúbio ainda se encontrava no velório do Chico. Uma brisa ali, correu todo o recinto, balsamizando o ar com uma fragrância que me fez lembrar aqui do perfume que Chico deixou nas minhas mãos quando as toquei. Fiquei por um tempo sentindo aquele perfume impregnado nelas.
Naquela faixa de luz brilhante que se fazia ali perto onde Chico, em forma de uma criança se encontrava no colo da sua segunda mãe Cidália, houve singelas explosões de luzes que pareciam anunciar a chegada de alguém. E, humanizando-se parcialmente, para a plateia ali emocionada, apareceram os espíritos de Dr. Bezerra de Menezes, Emmanuel, Eurípedes Barsanulfo, Veneranda e Celina. Um quinteto admirável que auxiliou, de certa forma, na missão do nosso saudoso médium.
E diante de uma prece comovedora da Veneranda, tirei algumas citações. Vejamos: “Que do seu extraordinário esforço, não se perca, Mestre, uma única gota de suor, das que se misturaram às lágrimas anônimas vertidas por ele no testemunho da Fé”. Verdade a ser refletida por todos nós. Não foi um mar de rosas para ele. Seu trabalho foi ininterrupto, onde, ele sozinho – vale ressaltar – recebia as mensagens, as corrigia, datilografava todas elas e as enviava, por um certo período, para a F.E.B.
Como disse, “… sabemos que, nos momentos mais difíceis, sem que nós mesmos pudéssemos perceber, a Vossa mão o sustentava para que não tombasse sob o peso da cruz que lhe pusestes aos ombros”. É fato que nesses momentos solitários ele se aconchegava na presença do Mestre Sublime a lhe fornecer as forças necessárias para que a sua missão fosse completada com êxito. E assim se fez. Sempre humilde para com os seus e para àquela multidão que passou a seguir-lhe os passos, aprendemos, com ele, o trabalho da Caridade falada, exemplificada e praticada.
O silêncio nesse local impressionava. Segundo Dr. Inácio narra em seu livro “Na Próxima Dimensão” pela mediunidade de Carlos Baccelli: “… a voz inarticulada da Natureza nos parecia uma sinfonia; de minha parte, confesso-lhes que eu nunca tinha ouvido a música dos astros e nem podia imaginar que o próprio silêncio tivesse voz”. Impressionante o respeito aqui, enquanto que em muitos velórios que já participei, não passavam de feira ao ar livre de conversas em grupo de espíritas insensatos na sua grande maioria.
Quando os preparativos do enterro deram início, aquela faixa de luz luminosa brilhou mais forte que a luz do Sol, ouvindo – ali todos reunidos – uma voz de ternura inigualável: “Vinde a mim todos os que andais em sofrimento e vos achais carregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e achareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”. Creio que essas palavras fizeram com que, o Universo em si, arrombasse os portais do infinito Cosmos, como forma de recebimento daquelas palavras sublimes.
E o inevitável então aconteceu ante a visão ali dos presentes: “Aquela Extraordinária Visão, que sequer povoava os meus sonhos mais remotos de um espírito devedor, estendeu dois braços humanos reluzentes e, quando notei que o Chico em espírito se transferia dos braços de Cidália para Aqueles braços que o atraíam, digo-lhes que, desde quando fui beneficiado com o laurel da razão, não tenho recordado de jamais ter chorado tanto…” Creio que a emoção tomou conta de todos. E não deveria ser de outra forma. Até eu que dedilhava aqui no teclado do meu computador passando essa citação para vocês, tive que parar por alguns minutos, pois que uma tela cristalina se abriu à minha frente e, participando, vamos dizer assim, daquele espetáculo de luz e cores, não consegui segurar minhas lágrimas. O quanto me senti e me sinto tão pequeno, meu Deus… O quanto tenho que aprender… O quanto tenho que ajuizar minha razão no sentido de identificar-me, sobranceiro, no quanto tenho que caminhar… O quanto tenho que desmistificar o sentimento da Caridade, não como ato de esmolar, mas sim, o de confraternizar espírito com espírito sob o Gene Imortal da Paternidade Universal. Quanto… Quanto…
E para completar minha emoção incontida “Aquela Luz, que se humanizava parcialmente para que pudéssemos vê-la, estreitou Chico Xavier ao peito e depositou-lhe um ósculo santo na fronte e, em seguida, partiu, levando-o consigo, despedindo-se com inesquecível sorriso dos que continuavam presos ao abismo, sentenciados pelo tribunal da consciência culpada”. Aí, pessoal, até aqui, debulhei em choro que, como Dr. Inácio mesmo disse, não lembrava ter chorado dessa forma. O que o Amor não faz nos corações dos homens que já sabem identificá-lo dentro deles. Que Espírito é esse que o próprio Jesus em pessoa veio recebe-lo em Seus braços? Com que carinho Ele aconchegou esse espírito no peito! E para aqueles que falam que Chico Xavier não é tido com um Espírito Superior, o que falta ele ser ou fazer diante dessa cena, que para mim, ela se estampou – outra vez – numa tela magnética à minha frente? Só o Cristo e ele, o Chico, acolhido em Seus amoráveis braços. Bom, pessoal, creio que vou ficando por aqui. Não consigo mais ver o teclado do computador. As lágrimas de emoção rolaram agora de vez… Desculpem-me pela emotividade. Sempre fui manteiga derretida, nas palavras aqui dos mineiros. Que essa matéria possa trazer novos horizontes de entendimento quanto à esse abnegado espírito que deu de si para mostrar que a Caridade pode ser melhor praticada, quando já temos aquele sentimento chamado Amor Incondicional nas entranhas do nosso Ser. Comigo, meu Caro Leitor Amigo?
05/06/2023 – Até a próxima quarta-feira pessoal. Divulguem-na para nós. Gratidão.
Aécio Emmanuel CésarMédium de psicografia desde 1990, tarefeiro espírita na cidade de Sete Lagoas/MG.