Aos seguidores de plantão do Dr. Inácio, meu Salve.
Moradas… Você se sente bem onde mora? Alguns vão dizer que desejariam morar em outros lugares mais requintados. Isso é problema de espírito insatisfeito com o que tem. Sempre quer mais e mais… Ama e adora o supérfluo. Mas, você é feliz consigo mesmo? Acha que Deus lhe colocou por Vontade própria, no caminho certo, com as pessoas certas, com as dificuldades que você tem por direito? Sua consciência está tranquila ante o entendimento que interpreta da Vida?
Hoje, iniciaremos um estudo do quarto livro da lavra do espírito Dr. Inácio Ferreira “Infinitas Moradas”. Espero que, juntos, possamos refletir melhor acerca da vivência e convivência humana, onde a nossa personalidade atual, não seja interceptada pelos egos do passado, ou, simplesmente, por investidas de terceiros que, por segundas intenções, possam nos desviar do caminho da Verdade que salva e liberta.
Devemos considerar que a nossa capacidade de entendimento é bastante carente das realidades em que nos envolvem, sejam elas materiais ou espirituais. Temos preguiça de pensar, de colocar nosso cérebro para funcionar em quase todos os sentidos. E quando fala das várias moradas da casa do Pai, aí as polêmicas pulam quais pipocas na panela. É muito fácil dizer que não existe vida fora desse nosso planetinha. Deus, para esses, quando nos criou, deveria estar de baixo autoestima, pois a Sua criação são de espíritos enfermos, já condenados uns ao inferno eterno, enquanto outros, favoritos do seu gosto divino, às delícias de um paraíso infeliz e egoísta.
Meu consolo é que, para esses que assim pensam, é que quando deixarem a carcaça física, terão uma indigesta decepção quando a realidade da Vida Imortal, lhe mostrarem tanta insânia alimentada. O que não faz a ignorância, não é mesmo?
Um outro ponto bastante interessante para todos nós, enquanto estamos presos a um mundo de corrigendas, Dr. Inácio retrata:. “… são também infinitas as moradas psicológicas que concedemos à Ele, moradas que, infelizmente, ainda não estão convenientemente preparadas para que Ele venha habitar em definitivo conosco”. De fato, muita coisa temos que aprumar em nossas moradas interiores. É muito lixo que vamos acumulando em nosso cérebro, na nossa mente e em nosso coração, de existência em existência. Lixo tóxico que, nauseabundos pelo seu cheiro alucinógeno, faz com que não arredamos o pé das masmorras em que os vícios, por nós alimentados, não nos deixam divisar horizontes de paz, de tranquilidade, onde o Espírito coeso com a Perfeição que o criou, possa se envolver das delícias em que o Cosmos que o acompanha desde sua criação, o transforme – caso quiser – em Espírito redivivo da matéria mais grosseira e passageira.
O que a mente desequilibrada não faz ao Espírito invigilante consigo mesmo! Passa a existência toda atrás de superficialidades ilusórias e, acreditando que com a morte, tudo que alimentou superfluamente, termina. Que mente obtusa essa, não?
O que dizer da religião que você abraçou? Ela está preenchendo as lacunas da ignorância em que tenta, sem eira nem beira, alimentá-la com a cicuta que, lentamente, lhe vai matando as esperanças mal alimentadas? O que a fé representa para você? Necessitada ela ainda de paradigmas e de rótulos religiosos que, na verdade, sequer vem acrescentar sabedoria e sentimentos, dos quais precisa para dar o seu grito de liberdade do materialismo ferrenho o qual vem envenenando seu corpo-mente? O que o Mestre realmente significa para você? Ele pregado na cruz só de fraldinha, derrotado – nos dizeres do Sr. Lindolfo, um grande instrutor de Espiritismo que tive aqui na Terra, como também um pingente, que só leva, suor, água misturado à fedentina do corpo perecível, como também, Ele, emoldurado em vários tamanhos e formas para embelezar as paredes da sua sala, sendo repasto apenas de traças e poeira? Esse é o Jesus em que pedimos graças? Misericórdia…
Como disse Dr. Inácio na citação acima, “… ainda não estamos convenientemente preparados para que Ele venha habitar em definitivo conosco”. Do jeito em que a nossa fé anda em descalabro, e, no andar da carruagem, se Ele vier novamente a conviver conosco, O mataremos novamente sem pestanejar, como fazemos todos os anos na Semana Santa. Do Seu nascimento, em que se comemora no dia 25 de dezembro, que se tornou comércio inveterado, onde a venda de cadáveres de animais aumenta consideravelmente, nas mesas fartas natalinas, na semana em que retratamos Sua morte, não passa de um feriadão para divertimento e descanso. Onde, aqui a nossa Cristandade nessas duas datas religiosas? E ainda desejam paz de espírito? Tranquilidade d’alma? Creio que, e não sou pessimista, a humanidade sofrerá muito ainda, para aprender a honrar os Mandamentos do Senhor, que ainda não perdeu a sua data de validade.
Lembrando aqui do episódio do Dr. Inácio ao voltar de uma visita numa Dimensão Vizinha vindo a desmaiar, passando algum tempo num nosocômio, um outro caso me chamou a atenção quando um Espírito de outras Moradas da Casa do Pai, veio visitar a Terra, e, acompanhado por um instrutor estava passeando nas ruas de uma grande cidade, quando foi atraída, a sua atenção, para um açougue. Perguntando o que era aquela repartição pública, veio a saber que ali comercializavam pedaços de cadáveres de animais. Ele, teve um mal estar terrível, sendo levado para outros lugares mais agradáveis à sua visão angelical. E tem gente que não aceita que é necrófago. Para quem come cadáveres de animais, para comer carne humana será um pulo, que não varia tanto de paladar, aqueles mais exigentes. Vai entender a mente humana!
E para completar esse meu raciocínio, vamos refletir na mensagem evangélica de João 1:10: “Ele estava no mundo; e o mundo foi feito por meio dele; e o mundo não o conheceu”. Na realidade, ainda não O conhecemos. Somos quais mariposas atraídas pela luz, sem que com isso, procuramos nos valer da sua luminosidade. E hajam choro e ranger de dentes nesse Vale de lágrimas. Deus é culpado ou insensível a tudo isso? De forma alguma. Nós é que somos irresponsáveis, ingratos e subversivos às próprias escolhas. As Leis Divinas foram feitas para sempre cumpridas. Seremos sempre subjugados a elas, e não é à toa ou por acaso, tantos transtornos mentais e espirituais, não é mesmo?
Assim sendo, para compreendermos melhor a nossa posição no Universo, vamos relembrar a pergunta de número 919 em que Allan Kardec pergunta aos Espíritos Superiores que o assistiam: “Qual o meio prático mais eficaz que tem o homem de se melhorar nesta vida e de resistir à atração do mal? Resposta: Um sábio da antiguidade vo-lo disse: Conhece-te a ti mesmo”. Tão simples que se tornou tão difícil e inexplorada, não é mesmo? Seria mais um Mistério de Deus que, em tempo algum, não poderemos entrar? Fica a pergunta para uma melhor interpretação de cada um de nós. Comigo, meu Caro Leitor Amigo?
23/08/2023 – Até a próxima sexta-feira pessoal. Divulguem-na para nós. Gratidão.
Aécio Emmanuel CésarMédium de psicografia desde 1990, tarefeiro espírita na cidade de Sete Lagoas/MG.