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Aos seguidores de plantão do Dr. Inácio, meu Salve.

            Joio e Trigo… Creio que não precisarei dizer a diferença entre um e outro, não é mesmo? Embora muitos que se dizem adeptos do Espiritismo, não sabem onde um começa e o outro termina. O importante aqui é o quanto antes arrancarmos o joio do personalismo que cresce em nosso coração infestado de sujidades que, deliberadamente, nos contentamos, mesmo que, com essa ingestão, nos cause um mal-estar terrível.

            Sabemos de caso pensado que estamos em um planeta de amarguradas dificuldades que nos impulsionam para a correção das nossas fragilidades mais que necessárias… inevitável. Contudo, todavia, porém, não desejamos ainda em aliviar nosso fardo bastante pesado de ziquiziras emocionais. Devemos considerar de que não estamos em um spa planetário. Aqui diversão deveria ser em último plano. Muito sofrimento ainda espera  a nossa compaixão incondicional. Enquanto estivermos magnetizados com o nosso olhar apenas para o nosso umbigo, difícil enxergar o mundo com os olhos da alma.

            Embora muito se tem feito – na medida do possível, e que esse possível está aquém do muito necessário para que possamos realmente considerar como Cartas do Evangelho no mundo, não apenas agindo com a palavra que é a tática mais fácil para pregar a Boa Nova, mas tendo iniciativas que garantam um conforto espiritual além das quatro paredes do nosso lar. “Os corações que mais amam são escolhidos para os encargos que exigem maior sacrifício…”. Sim. Aqui no caso, quem teria a renúncia em receber como filho, Torquemada com o corpo todo disforme? Sempre torcemos ao receber nossos filhos sãos de qualquer deformidade. Mas se vierem, como podem vir, saberia você como cuidar deles com maestria?  O amor que alimentamos hoje ainda é muito egoísta. Não amamos como se deveria amar. Muita coisa a de ser colocada no lugar na nossa casa mental, sentimental, pessoal, social, religiosa. Para os que necessitam de braços acolhedores com o perfume da Caridade, esperam, além do alimento físico, aquelas palavras que confortam, que fortalecem esperanças perdidas, que alimentam a fraternidade como num todo. .

            Hoje, queremos mais mordomias. Não desejamos problemas, quanto mais os dos outros. E segundo Odilon Fernandes, “Os espíritos a caminho da iluminação definitiva não abrem mão da oportunidade de intensificarem a própria luz”. Oportunidades é que não faltam em nosso caminho no sentido de pregarmos a Doutrina de Amor na Vivência da Caridade no âmbito do trabalho de servir sempre. O que seria essa vivência, principalmente aquela espírita? Desculpas várias nos impedem de colocar a mão na massa, ou seja, de acolher o mendigo nas vielas do mundo, de preparar os jovens para as realidades da vida espiritual, de casais na responsabilidade assumidas com os filhos à sua guarda. O que necessita o homem atual é diálogo frente a frente com os mais necessitados. É indispensável ouvi-los. De sentir na pele o sofrimento alheio, reconhecendo que os nossos problemas são brisas diante de tempestades carregadas de rancores insofismáveis de muitos.

            A vida é um aprendizado constante, inda até mais, fora das quatro paredes do nosso lar. O Espiritismo como tríplice aspecto, Ciência, Filosofia e Religião, nos convida para a reflexão nos vários contrastes entre as pessoas que procuram não se curarem do mal exposto, mas sim, machucar ainda mais àqueles à nossa volta. Devemos o quanto antes nos esforçarmos quanto às revelações que nos chegam. Sem muita disgressões… sem muita convicção quanto ao nosso saber… ainda limitado. O esforço de aprendizado inicia no exato momento em que consideramos que nada sabemos e o pouco que conquistamos no saber, não se equilibra sem o desenvolvimento do sentimento além do que classificamos hoje como amor sob a têmpera das paixões ilusórias e passageiras.

            Somos e estamos equivocados em quase tudo que o raciocínio ainda que fracionado e fragilizado nos limita a considerar o que seja praticar a Caridade nos seus imensos significados onde se resume tão somente na boa vontade altruísta e justa, incondicional e legítima. Vivenciar o Evangelho em momento algum se limita a sentarmos em cadeiras confortáveis discorrendo livros sem a alçada das obras do benemérito Chico Xavier – que a meu ver não tem ainda aquela significância que merece principalmente muitos que mal, mal dizem o seu nome em programas na internet. Absurdo isso, não? Muitos ainda tem vergonha de parar perto de indigentes na rua ou em calçadas juntos com a irmandade ainda órfã de Trabalhadores fieis da Última Hora. A desculpa é que hoje deveremos escolher as pessoas para fazer o bem por causa da violência. Me desculpem esses que assim pensam, pois tão cedo então farão o bem necessário que precisam para se autojustificarem como seguidores de Kardec e de Chico Xavier.

            Nosso testemunho muito está a desejar ante as palavras fraternas que soltamos ao léu das conjunturas religiosas e espirituais a que tanto, tanto, desfraldamos em belas retóricas. Segundo o preclaro orientador Odilon Fernandes em conversa trivial com Inácio Ferreira, relatada no livro de sua autoria “Do Outro Lado do Espelho’,  através do médium Carlos Baccelli é categórico ao afirmar: “A teoria espírita é fascinante, mas não  podemos nos consentir excessivo raciocínio em detrimento da fé – o objetivo da Revelação é o conhecimento para a transformação…”. Temos consciência do trabalho a nós confiado. Teoria não se verbaliza a preço de palavras simplesmente. A prática é o produto da teoria, onde juntas, ampliam horizontes do saber, do sentimento, do Amor além das nossas precárias insinuações do amor às avessas das sensações carnais.

            Aceitar certas verdades inibi muitos seguidores de uma determinada crença, porque não desejam em hipótese alguma repor conceitos de milênios à nossa safra de raciocínio mais dinâmico onde o joio está crescendo mais rapidamente no Trigal dos sentimentos mais dignos de nota.

            O desconhecido ainda nos inquieta e mais ainda quando nossas concepções sobre a verdadeira assistência fraternal cai em terra. Somos ainda orgulhosos o bastante para aceitar nossos erros. É preferível da nossa parte falar abobrinhas do que reconhecer a  própria ignorância. Não toleramos o Bem praticado como se deve. Falamos muito da Caridade, mas dificilmente colocamos à baila os mentores ligados diretamente a ela. Fugimos da exemplificação ideal em particular aqui com o Espiritismo.

            E para fechar esse nosso comprometimento com a assistência a que deveremos pregar e praticar, vamos refletir nessa citação do Dr. Odilon: “O companheiro de ideal que não realiza não consegue disfarçar o vazio que traz no coração, em consequência de sua fé inoperante”. Impera em nós que estejamos de igual para igual conosco mesmos diante “Do Outro Lado do Espelho” que reflete, verdadeiramente a nossa face no joio ou no trigal semeados, ante o merecimento, claro, devido. Comigo, Caro Leitor Amigo?

26/04/2023 – Até a próxima sexta-feira pessoal. Divulguem-na para nós. Gratidão.

Aécio César Aécio Emmanuel César
Médium de psicografia desde 1990, tarefeiro espírita na cidade de Sete Lagoas/MG.

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