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Aos seguidores de plantão do Dr. Inácio, meu Salve.

            Lobos e Ovelhas… Ovelhas e Lobos… Quem é quem em um mundo onde o sofrimento bate à porta de cada um de nós, no sentido de testar como andamos lá com nossas virtudes e/ou vícios? Você se considera lobo ou ovelha? É fiel nos seus compromissos religiosos no sentido de mostrar equilíbrio e responsabilidade com a religião que professa? Ou seria radical? Fanático talvez?

            Tem muitas crenças por aí que fazem de tudo para mostrar a veracidade do que ensina. Mesmo com o Evangelho, digladiam-se com interpretações bastante diferentes no quesito respeito aos textos da Bíblia Sagrada. Pelo que ando analisando, muitos religiosos se exasperam na fé que alimenta. Em muitos casos não é a fé que impulsiona muitos religiosos e sim o fanatismo que excede toda particularidade de cada livro sagrado.

            Dr. Inácio comenta a respeito do fanatismo em seu livro “Do Outro Lado do Espelho”, pela mediunidade de Carlos Baccelli: “O fanatismo dos evangélicos reedita o fanatismo dos mulçumanos; esperemos, no entanto, que não se proponham fazer uma “guerra santa” contra nós”. Que de santa, não tem nada, não é mesmo?

            No sentido vulgar da palavra fanático, creio que todos nós temos um pouco. Nossos conceitos criados, abarca uma infinidade de situações, que, a grosso modo, não limita compreensão e humildade, respeito e fraternidade nas palavras evangélicas que muitos vomitam sobre a plateia que os escuta. Agora o que vejo é que muitos lidadores da palavra não se importam em procurar saber como serão recebidas suas palavras em cada terreno sentimental que sabemos não são totalmente iguais. Lembremos da parábola do semeador que saiu a semear…

            E Dr. Inácio vem à baila comentando sua posição de espírita quando na Terra. Vejamos: “Na condição de espírita quanto mais aumenta os meus conhecimentos, mais tinha a sensação de que eu estava piorando. Não sei, mas eu me sentia intolerante, exigente, atrabiliário”. Muitos espíritas estão nessa categoria. São muitos os intolerantes com pontos de vista diferentes dos seus. Mesmo sabendo que alguma cultura lhe falte e que complementará com opiniões alheias, preferem viver no tempo das cavernas, do que se aprimorar no conhecimento da verdade; muitos são exigentes no estudo para os outros, procurando metas de aprendizado às custas do esforço de muitos poucos estudiosos do Espiritismo. Depois em suas palestras floreiam situações vividas, mas que são exclusividade dos estudos que arrecadou de terceiros, não para proclamar uma crença dinâmica, mas para tentar – em vão – refazer caminhos alicerçados nos exemplos deixados por grandes nomes da Doutrina Espírita.

            Graças a Deus que o Espiritismo é uma crença que não tem limites de conhecimentos. Quando Jesus esteve conosco, ele não disse tudo que queria dizer. O pouco que revelou vimos o que foi feito Dele; Kardec também veio trazer novas revelações para o seu tempo gerando polêmicas desnecessárias por causa da ignorância de muitos quanto à sobrevivência da alma além da morte física; Chico Xavier, por sua vez, fortaleceu as revelações trazidas por ele, quando reencarnado na França como sendo o Codificador da Doutrina Espírita. Também não disse tudo. Agora quando aparece um médium e um espírito coesos nos ensinamentos dessa Doutrina, nos trazendo importantes revelações do Mundo Espiritual que Kardec e Chico não puderam aprofundar por causa da mentalidade das pessoas da sua época em que viveram, aparece uma turminha vomitando impropérios quanto aos livros por eles escritos. Vai entender certos pseudo-espíritas…

            “O conhecimento do Espiritismo não nos piora, mas nos coloca em confronto direto com a nossa própria realidade”. Com certeza. Mexe com a nossa personalidade viciada em conceitos religiosos de antanho que não evoluíram com o progresso indispensável para o crescimento espiritual de milhares de fiéis.

            O que vale ressaltar aqui nesse capítulo é que dentro do Espiritismo, como em todas as crenças criadas pelos homens existem lobos e cordeiros digladiando entre si. Os lobos entre muitos denominados donos de Centros Espíritas que não fazem progredir nem mesmo na mudança de cores de suas paredes; outrossim, aqueles cordeiros adorados como santos pela mediunidade aflorada que não se sabe quem é mais doente: aqueles que bajulam médiuns em potenciais mediúnicos elevados, ou aqueles medianeiros que nada mais são que narcisistas adorando o tempo todo sua mediunidade no seu reflexo pedante que assombraria até mesmo espíritos zombeteiros e brincalhões.

            Creio que sendo as religiões criações de homens, terá sempre rachaduras em seus alicerces morais, precisando periodicamente de serem remendadas com o cimento do bom-senso e da lógica. E o que dizer então do Espiritismo que fora compilado por Allan Kardec através de respostas vindas de Espíritos compenetrados com a verdade? Poderia ser adulterado por mãos humanas? Creio que se não existe vivência evangélica nos corações dos homens, difícil irradiar conhecimentos mergulhados no pântano das dissenções insalubres.

            Creio que tanto lobos quanto cordeiros tem a sua canga de imperfeições, principalmente ligadas à religiosidade de cada um partícipe da engrenagem evolutiva inspirando-nos sempre para Cima e pra o Alto, não é mesmo? Mas quem quer evoluir sem fazer sua parte? De doar algo de dentro de nós que simbolize o testemunho a nós fortalecidos pelos Mandamentos do Criador? Estariam Eles com sua data de validade já vencida?

            Mais uma vez volto a falar das catástrofes dos últimos tempos. À toa não se deu, não é mesmo? Provas coletivas? Sim, mas devemos convir que ante essas tragédias, o sentimento humano ganha subsídios de solidariedade. Contudo, não deveremos esperar mortes em série para fazer brilhar nosso lado bom que tanto, tanto emolduramos no nosso contexto de adeptos de uma crença alvissareira e compenetrada nos bons costumes religiosos.

            É difícil compreender os desígnios de Deus? Com certeza não estamos à altura de melhor entendimento devido ao estágio evolutivo em que nos encontramos. Mas devemos considerar que, por falta de cumprirmos fielmente os Mandamentos do Criador, é que a nossa imagem como filhos de Deus está muito a desejar. Vejo que quanto mais religiões são criadas no mundo, mais violência e mortes crescem assustadoramente. Algo está faltando não é mesmo? Não seria aqui braços e abraços mais fraternos? Não estaria faltando o tempero da Caridade? Não sejamos egoístas. O amor que dispensamos ao nosso ciclo de relações pode abranger aqueles que nos distanciamos deles por falta da prática do Evangelho em nossos corações. Falar de Jesus não tem hora, realmente, mas estamos nos tempos de descruzar as mãos em prece e aconchegar no coração irmãos nossos em provas e expiações bem mais dolorosas que as nossas.

            E para reflexão, vamos analisar profundamente nesse pensamento de nossa irmã Madre Teresa de Calcutá: “As mãos que fazem valem mais que os lábios que rezam”. O que estaria no momento fazendo com suas mãos, Caro Leitor Amigo?

24/02/2023 – Até a próxima segunda-feira pessoal. Divulguem-na para nós. Gratidão.

Aécio César Aécio Emmanuel César
Médium de psicografia desde 1990, tarefeiro espírita na cidade de Sete Lagoas/MG.

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