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Aos seguidores de plantão do Dr. Inácio, meu Salve.

            Aborto. O que passa meu Deus na cabeça de pessoas, profissionais da saúde ou não esse impulso macabro? Seria a maldade nua e escarrada da própria pessoa ou estaria teleguiada por espíritos outros, das trevas, a praticarem tal insanidade? Ou quem sabe os dois? Creio que isso não nasceria assim de estalo. Alguma ligação haveria de situações do passado ou até mesmo do meio. Com desculpa de sobrevivência muitos aceitam fazer qualquer negócio, até mesmo tirar vidas de espíritos que não tem como se defenderem.

            Nesse capítulo, vamos conhecer a história de Lurdinha, uma das pacientes internada do Sanatório, narrado por Dr. Inácio em seu livro “Sob as Cinzas do Tempo”, no seu Cap. 12, ao médium Carlos Baccelli. Em uma das suas visitas, ela o informa que tivera uma criança mostrando nos braços uma boneca de pano. Parecia que seu olhar estava magnetizada por aquele ser inanimado que, para ela, parecia ter vida própria. Mas por qual motivo esse comportamento assim infantil estando ela na casa dos quarenta anos? Desequilíbrio? Obsessão? Carência de sentimentos próprios ou de alguém mais próximo a ela? Várias perguntas, não é mesmo? Vamos ver se as respondemos a contento.

            O caso de Lurdinha estar desse jeito é que numa existência passada ela praticou muitos abortos. Atentado violento à vida. E em suas fortes e descontroladas crises, era muitas vezes amarrada porque tentava abrir buracos na parede com as mãos dizendo estar ouvindo crianças pedindo socorro.

            Segundo Dr. Inácio com relação ao aborto: “… considerava-o, como ainda considero, pior até que a prática do suicídio, porque, na maioria das vezes, o suicida está completamente fora de si e não atenta contra a existência de ninguém, a não ser a sua própria”. Verdade inconteste. Muitas vezes me peguei refletindo numa passagem do livro “Nosso Lar” com relação à uma mulher que chegara em um dos seus portões pedindo acolhida. Só que ela fora impedida de entrar porque ela era considerada uma vampira perigosa porque tinha praticado vários abortos. O vigilante disse aos presentes que o aborto é pior que muitos suicidas e homicidas que teriam atenuantes de vulto. Nessa citação achei a resposta que me nocauteava toda vez que procurava uma resposta convincente com alguém e não tinha, até então, encontrado.

            Ela não demorou muito a desencarnar. Um câncer acabou, creio, com aquelas pendências graves com a Justiça Divina na Terra, diga-se de passagem, sabendo que aos chegar no mundo dos espíritos sua situação estará ainda não lavrada na sua consciência, não somente na dela, mas também com aqueles abortados por ela. Muita coisa se esconde em nosso inconsciente que se chegássemos a conhecer todos os nossos dramas, entraríamos num desequilíbrio tal que não acharíamos um antídoto para que amainasse nosso remorso. Quantos de nós guardamos a sete chaves transtornos mentais de difícil solução que apenas com várias reencarnações poderemos chegar a um denominador comum com o nosso Criador e Pai Supremo.

            Dr. Inácio reconhecia que o trabalho no Sanatório era imenso e que infelizmente não tinham responsáveis formados à altura de tão alta responsabilidade. Não sei porque formam tantos médicos e as UPAs e hospitais ficam sempre carentes desses! A grande maioria desses profissionais tem como objetivo depois de conquistarem o tão sonhado canudo médico é o de abrir clínicas particulares com consultas exorbitantes apenas acessíveis para dois ou três gatos pingados que tenham a bolsa ou o bolso recheado de dinheiro.

            Será que esses ditos médicos e médicas dormem o sono dos deuses? Será que a consciência desses não os fazem refletir da verdadeira função médica de atender a todos independente do bolso ou da bolsa estarem cheios ou não? Será que o remorso não lhe dita algumas correções diante de tantas mortes de crianças, jovens e velhos? Meu consolo é que a Justiça Divina não passa a mão na cabeça de ninguém, pois que ela age diretamente na consciência de cada um colocando, eu e você – quando necessário, como réus confessos diante dos nossos descalabros cometidos.

            Quantas Lurdinhas poderiam terem sido salvas se, pelo menos, cada médico consultasse de graça, uma ou duas vezes na semana, irmãos nossos morrendo nas filas de hospitais? Com certeza o fardo da responsabilidade aliviaria mais e a consciência respiraria a longos haustos de felicidade incontestes. Infelizmente no mercado de trabalho hoje em dia está difícil de encontrar profissionais no ramo da medicina que honram o compromisso com a saúde pública, abnegados seareiros que tem olhos apenas para o sofrimento do próximo como se fosse algum familiar querido do coração. Alô, alô Dr. Bezerra de Menezes. Alô, alô Dr. Márcio Paulino, outro espírito sempre preocupado com a pobreza aqui da minha cidade mineira.

            Complementando mais uma citação do nosso querido médico psiquiatra temos: “A invigilância de um minuto pode dar origem a séculos de lutas”. Sim. Todos nós sentimos essa invigilância na pele, não é mesmo? Algo ou alguma coisa que venhamos a fazer das nossas escolhas, do nosso livre arbítrio, muitas vezes não batem muito bem com os Desígnios de Deus. Desviamos, descontroladamente ribanceiras abaixo nas nossas péssimas intenções que de tão boas, o inferno está superlotado.

            A invigilância faz suas vítimas todos os dias. São pessoas famosas ou não, endieiradas ou não, que se submetem nesse labirinto de difícil acesso à saída depois de sofrerem causticantes situações morais testando, assim, o aprimoramento das nossas virtudes aprisionadas nas sombras dos vícios tão quanto insaciáveis. E o aborto, por nossa vez deve ser melhor analisado pelas autoridades competentes não tão somente do lado físico da mulher ou daquele feto desprezado, mas sim, o resultado dessa nefasta escolha do seu lado espiritual. Devemos considerar aqui perseguições invisíveis de espíritos que, compulsoriamente iriam vivenciar novas lutas na carne com as pessoas diretamente ligadas pelo destino e que foram descartadas sem nenhum tino de sentimento no coração.

            Daí em muitos casos, esses espíritos reencarnarem em outras famílias, mas o destino, de certa forma, fazem com que reencontram na trajetória de cada um, autuando um e outro pelo passado escabroso, vindo assim pela invigilância de um ou de outro ou de ambos, a cometerem escândalos que mais seriam domésticos se não fosse pelo desvio de endereço. O destino traçado sempre acha o meio, uma forma, uma circunstância, uma situação, uma sentença para que espíritos devedores se reencontram para saldar suas dívidas diante da Lei de Causa e Efeito ou se quiserem Ação ou Reação ou aquela outra não muito aceita do Olho por Olho Dente por Dente. Já pensou nessas situações aqui relatadas que podem ser operantes em sua vida meu Caro Leitor Amigo?

07/10/2022 – Até a próxima segunda-feira pessoal. Muita paz.

Aécio César Aécio Emmanuel César
Médium de psicografia desde 1990, tarefeiro espírita na cidade de Sete Lagoas/MG.

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