Aos seguidores de plantão do Dr. Inácio, meu Salve.
Mocidade Espírita… Algo para se preocupar, não? Sabemos que os pais não estão dando conta de cuidar mais diretamente dos filhos à sua responsabilidade. Assunto delicado porque muitos casais não comportam a verdadeira figura de pais responsáveis no dia a dia de seus filhos. Existem nesse caso, vários contextos – cada um mais absurdo do que outro – no sentido de colocar os filhos em segundo plano. E você pai e mãe que estão lendo minhas humildes considerações a respeito, como andam lá com a educação religiosa de seus rebentos? Gratificam-lhe com a benção do Culto no Lar? Os assistem em todas as suas dúvidas nas questões das Leis Divinas que nos governam? Os ensinam a serem bons com o semelhante? Muitas perguntas a serem analisadas em família, não? Já pensou na prática de uma delas?
Mas o assunto do dia é sobre a mocidade espírita que está dando o que falar já faz tempo. Dr. Inácio iria participar de uma festa para a família espírita. Quando ainda estava vivo ele não percebeu algumas nuanças a respeito da indiferença de certos dirigentes com relação à juventude. Hoje do mundo espiritual ele observa tudo isso com muita tristeza. Quando não são esses dirigentes espíritas que estão deixando a Deus dará muitos jovens desamparados do ensino religioso, são os pais espíritas que além de não cuidarem da sua prole como se deve, os deixam afastados das aulas de evangelização. Nesse caso, evangelizar quem primeiro? Os pais ou filhos?
Dr. Inácio nesse capítulo do livro “Sob as Cinzas do Tempo”, através da mediunidade de Carlos Baccelli, observa que “… a maioria das casas espíritas preocupa-se com reuniões mediúnicas, marginalizando a criança e o jovem”. Difícil aceitar tal situação do Movimento Espírita no Brasil, não é mesmo? Reuniões mediúnicas, de fato, não deixam de ser importantes numa Casa Espírita, mas como abandonar crianças e jovens que serão homens no futuro totalmente desamparados e despreparados diante do meio em que crucifica a todos sem um idealismo cristão alicerçado nas benesses do Evangelho do Senhor.
Quanto à mediunidade, onde tem mais dúvidas do que certezas, Odilon Fernandes dá um show de conhecimentos onde todo espírita cônscio das suas responsabilidades deveria ler esse capítulo. Vejamos algumas citações: “Os nossos Benfeitores Espirituais não nos dizem tudo; existe o conhecimento que é fruto do nosso esforço e das nossas experimentações”. Acertada colocação. De fato a Espiritualidade não nos poderá dizer tudo de uma vez, porque o nosso psiquismo não suportaria tantas informações se não estivermos prontos para digeri-las ante nosso esforço perquiridor em estuda-la. Como exemplo, posso citar Jesus. Ele não disse tudo… Allan Kardec…passou pelo mesmo processo. Chico Xavier… Veio pelo mesmo caminho… Dr. Inácio… Esse coitado, vem trazendo em suas obras muitas revelações do Plano Espiritual, que está mexendo com muitos doutores da lei da atualidade. Caso houvesse as fogueiras inquisitoriais, com certeza já o tinham colocado nelas. E nós juntos… Isso tudo por falta de tutano evangélico na cabeça, simplesmente. Se caso isso acontecesse seria, vamos dizer assim, um mal-estar terrível onde cresceriam mais nossas dúvidas à respeito de onde viemos, o que estamos aqui fazendo e para onde iremos segundo o nosso merecimento. Esse negócio de somente a Espiritualidade alimentar a curiosidade enfermiça de muitos espíritas ociosos, não seria um trabalho digno com relação àqueles que dissecam a Doutrina através do estudo sério e despretensioso.
“A mediunidade em exercício é um verdadeiro laboratório de revelações, no qual os mais atentos sempre se depararão com grandes verdades”. Está aí a receita segura sobre esse dom que muitos, desleixados, a deixam passar sem uma seriedade e respeito. Com essa iniciativa da citação acima, diminuirá ideias subversivas contra a Doutrina e os mais ortodoxos deixarão de tornar determinados assuntos em polêmicas que, na sua essência, polêmicos são esses que maculam os princípios em que ela foi alicerçada. Se todo aquele que persegue outro espírita na questão de limitar apenas o que Kardec disse seja o essencial para empreendermos a marcha ao Infinito sem atinarmos para as suas surpresas do caminho; ao invés de perseguição seriam um ponto de apoio a mais àqueles que, graças a Deus permitem receber revelações para grandes verdades, com certeza.
“Cada livro mediúnico pode ser comparado ao pedaço de um mapa que, os poucos, está sendo desenhado, revelando-nos a geografia das dimensões que habitaremos”. Outra verdade inconteste que passa em branco por muitos espíritas afastados da sua verdadeira essência. A lavra mediúnica deixada por Chico Xavier deveria ser melhor divulgada, dissecada, exercitada para que, assim, diminuíssem tantos tititis quanto a assuntos que requer maior observação, análise, compreensão, estudo e respeito a esse Mensageiro Fiel do Cristo.
Quem dera se todo espírita se empenhasse a pegar cada livro desse Benfeitor da Luz e divulgasse mais em palestras, em reuniões de estudos e nas mediúnicas. Por que não? Creio que uma mensagem recebida por Chico numa reunião dessa, elevaria com certeza o padrão vibratório que nessas reuniões exigem. Com certeza não deixa de ser um mapa que, à medida que vamos analisando cada contexto de ciência, filosofia e religião caberá a nós desmembrá-lo em conceitos mais arrazoados sobre cada assunto que ele, através da sua lavra, aborda.
Médium que é médium não fica encerrado numa reunião mediúnica. Chico sabia a hora das aulas de psicografia daquelas outras em que caia em campo fraterno evangelizando almas pedintes de mais luz. E ele a dava a todo aquele que o procurava e certamente recebia muitas graças. Deveremos unir o útil ao agradável. E Chico fez isso com galhardia.
Vejamos mais algumas palavras do ilustre benfeitor espiritual Dr. Odilon Ferrnandes: “Quanto mais ilustrado o medianeiro, menos obstáculos nas comunicações de ordem intelectual. Precisamos estudar e conhecer, divulgando o conhecimento, para que o excesso de escrúpulos não se transforme, na mediunidade, em obstáculo intransponível”. Mais uma verdade. Quanto mais estudarmos a Doutrina através dos ensinamentos deixados por Kardec e Chico Xavier, deixaremos com que os melindres não sejam mais alimentos indigestos para estômagos saturados de gordura mental perecível. Estudar é conhecer o desconhecido até então. É desbravar os recônditos do Espírito Imortal com conhecimento de causa. É facilitar com que os nossos neurônios se manifestem mais livres, sem arranhaduras dos descréditos e sem os aleijões das perseguições estéreis.
Para refletirmos melhor sobre o assunto, deixo esse pensamento de Emmanuel recebido por Chico Xavier no livro “Mediunidade e Sintonia” que nos diz sobre a mediunidade: “… acima de tudo, caminho de árduo trabalho em que o espírito, chamado a servi-la, precisa consagrar o melhor das próprias forças para colaborar no desenvolvimento do bem. O médium, por isso, será vigilante cultor do progresso, assistindo-lhe a obrigação de aprimorar-se incessantemente para refletir com mais segurança a palavra ou o alvitre, o pensamento ou a sugestão da Vida Maior”. Emmanuel disse a Chico que para o trabalho fluísse entre eles com mais segurança pediu a ele: Disciplina, disciplina e disciplina. E eu peço encarecidamente a todo espírita conhecedor e praticante da verdade, deixando as picuinhas de lado: estudem… estudem… estudem… Comigo Caro Leitor Amigo?
23/11/2022 – Até a próxima sexta-feira pessoal. Divulgue-na para nós.
Aécio Emmanuel CésarMédium de psicografia desde 1990, tarefeiro espírita na cidade de Sete Lagoas/MG.