Aos seguidores de plantão do Dr. Inácio, meu Salve.
Nova surpresa… Todos os dias a temos não é mesmo? Qual delas marcou sua vida na presente existência? Foram boas ou estão sendo penosas? As amizades tornam para você aprendizado essencial para a vivência e convivência? E aqueles amigos “diferentes” do seu ponto de vista? Aceita situações novas no sentido de corrigir olhares preconceituosos? Ou passa por cima dessas surpresas indiferente aos seus resultados positivos ou negativos?
Dr. Inácio se encontrava com Odilon Fernandes em uma das enfermarias, quando avistou, tratando de um enfermo, uma pessoa que lembrava alguém, mas que no momento ainda não conseguia lembrar. Aproximando-se daquele enfermeiro em serviço narrado no livro: “Do Outro Lado do Espelho”, pela mediunidade de Carlos Baccelli: “Quem é você, meu amigo?”. (…) “O senhor me protegeu no Sanatório, nos meus últimos dias no corpo; além de certa perturbação, fui vítima do HIV…”. Lindor era o seu nome.
Essa doença é bastante grave. Quando ela começou a matar muitas pessoas principalmente relacionadas aos homossexuais, foi um Deus nos acuda. Hoje, com o passar dos anos, os noticiários muito pouco falam a respeito, mas ela continua matando assustadoramente.
Quando estava no Rio de Janeiro tratei de um amigo de farda que contraiu o vírus HIV. Todos os ditos amigos se afastaram com medo de pegarem a doença. Eu que o conhecia no meu círculo de amizades, procurei auxiliá-lo na medida das minhas possibilidades. A pele dele ficara tão fina que qualquer movimento brusco ela se abria. Ficava muitas vezes dentro de uma banheira com água que, parecia, auxiliá-lo na diminuição das dores que sofria. Esse sofrimento durou um tempo determinado até que ele veio a piorar e tive que acionar o ambulatório médico. Já medicado, veio a desencarnar meses após a sua internação.
Quando essa doença apareceu não tinha um preparo laboratorial para que viesse a detectar o vírus e ataca-lo mais diretamente. Como hoje convivemos com o corona vírus onde ainda não se chegou a um denominador comum, porque ele vai tendo novos estágios em que não dá tempo para que os cientistas cheguem a achar uma vacina crucial para impedi-la de projetar-se com menor intensidade no organismo humano.
Entre conversa aqui e conversa ali, sabendo do caso de Lindor que cometeu muitos desvarios sexuais em existências passadas: “Mas você se sente homem ou mulher? (…) Não sei Dr. Inácio, não sei. (…) Não me sinto preparado para ter um corpo totalmente feminino… Receio que novas provas me esperam”. Esse é um drama de uma grande maioria de espíritos hoje reencarnados. Como se transformar em algo que é, estando em caminho contra a natureza orgânica? Assumir não é o caso, não é o obstáculo real. O problema principal que muitos temem é a não aceitação da verdadeira identidade que alimenta. Muitos preconceitos infelizmente ainda são alimentados nas famílias como na sociedade como num todo. Vale a dica.
“Continua sentindo atração por pessoas do mesmo sexo?”. E o enfermeiro responde: “Sim, continuo, mas não desejo abdicar da minha condição masculina… Talvez eu viesse a ser uma mulher devassa, à semelhança do que fui no passado”. Em todos os sentidos, Lindor estava correto nas palavras. O esquecimento do passado, o meio em que iria reencarnar, a luta para ser o que era, mas tornando o seu caminho repleto de escândalos como mulher, seria um assunto para muitos capítulos aqui a serem analisados.
“Todos, de fato, revelamos um certo grau de insanidade”. Corretíssima essa colocação do Dr. Inácio. Sim… Temos muito em nós para corrigir, mas primeiro temos que aceitar nossos desequilíbrios e a necessidade urgente para uma reforma íntima, aquela em que se pode usar da clareza de pensamentos buscando aceitar como enfermos de nós mesmos. A partir de então, aceitando as dificuldades a serem enfrentadas – que não serão fáceis – todo espírito cônscio de um melhor esclarecimento sobre a sua personalidade na presente reencarnação, liberará novos conceitos de como agir a favor de si próprio.
Como sempre falo em meus humildes comentários, não viemos reencarnar em um mundo onde o mal ainda grassa seus tentáculos em nossas fraquezas que na grande maioria as vemos nos outros. Essa ideia de que não temos os vícios do semelhante pode ser até aceita, mas devemos convir que os nossos é refresco nos olhos daqueles a quem julgamos.
“Corpo de homem, corpo de mulher, isto é um detalhe, que, todavia, impõe adaptação do espírito durante a vivência material”. Mais um ponto do Dr. para ser refletido por todos nós. Independente do gênero que escolhemos para reencarnar na Terra, se homossexual ou heterossexual, a adaptação se fará mais precisa e mais substanciosa se passarmos a ver o semelhante como um reflexo não como homem ou mulher, mas sim, como uma alma também em conflito existencial. Cabe a todo aquele que procura se conhecer a si mesmo, irradiar essa força cósmica que temos ativa em nós, como a um componente sagrado onde o sexo é um apanágio do espírito e não atos que denigrem a essência espiritual que animamos.
Para reflexão: “Na velhice o prazer do sexo é substituído pelo prazer da ternura, compreensão, companheirismo, é onde as duas pessoas realmente vivem uma sexualidade plena e responsável”. Por que esse pensamento socrático? Pensarão alguns. É que não deveremos chegar à velhice para possuirmos essas virtudes que todos nós as temos bem antes de reencarnarmos. Só que muitos egos do passado nos atingem ferozmente por achar brechas na nossa ignorância em não aceitar o óbvio como meio de participação fraterna independente de ideologias religiosas e muito menos de parentela consanguínea.
Vale de nosso concurso no mundo fazer a nossa parte no desvelo das virtudes ainda aprisionadas em nós. Mesmo que o burburinho das situações nos levem a alimentar ainda mais nossos desequilíbrios em êxtase, façamos com que não nos exasperemos nos outros o que não desejaríamos que os outros nos façam. Que a história de Lindor seja nossa melhoria quantos aos desequilíbrios que abraçamos além do sexo inveterado, pois se somos imortais, com o DNA de Deus agindo em nós, busquemos, o quanto antes, na fé raciocinada um meio mais seguro de conviver e de saciar com os prazeres exclusivos da alma. Comigo, Caro Leitor Amigo?
10/02/2023 – Até a próxima segunda pessoal. Divulguem-na para nós. Gratidão.
Aécio Emmanuel CésarMédium de psicografia desde 1990, tarefeiro espírita na cidade de Sete Lagoas/MG.