Aos seguidores de plantão do Dr. Inácio, meu Salve.
Convenções Humanas… A vida em si separada ou em conjunto, faz com que almas afins ou não se reúnam no mesmo teto evolutivo umas auxiliando outras. Deveras é difícil admitir felicidade hoje, se em nosso caminho deixamos com que as heras daninhas das discórdias atraiam animais peçonhentos que fazem com que nos estacionemos nas próprias deficiências. Você é passivo às leis que coordenam seu Status quo ante a sociedade? Ou é revoltado com o que passa com você? Procura ditar normas de conduta para os outros? Idealiza novos quadros de socialização mais espiritualizada? Ou fica em cima do muro indiferente à luta humana a qual você também é peça primordial para que, o progresso de todos, caminha lesto?
Dr. Inácio agora tinha o tempo todo seu para novas reflexões sobre a nova vida de desencarnado. E pensava de si para consigo: “A ilusão que criamos e que os outros nos ajudam a alimentar a respeito de nós mesmos é uma coisa pavorosa”. Infelizmente o homem de ilusão também se vive. Contudo, estacionária. Inconsequente. Sem nenhum fundamento, o qual deixamos com que nossa ignorância dite normas de vivência e convivência alhures aos verdadeiros conceitos de um melhor acolhimento.
O quanto somos “Maria vai com as outras”! O quanto deixamos com que os outros nos imprima caracteres inadequados à progressão de corretivos das nossas deficientes ainda gritantes! Somos influenciáveis, embora tenhamos um comportamento que nos tira todo um cabedal de conscientização do que pensamos, falamos e agimos. Somos muitas vezes quais robôs pensantes agindo maquinalmente nas rotinas cansativas que não lutamos para modificar. É a mesma ação nas horas… nos dias… nos meses… nos anos… e poderemos até dizer em muitas existências em que ensaiamos o nosso psiquismo em outros corpos e em outras épocas.
Em outra citação Dr. Inácio também nos faz refletir: “… sem dúvida, é um dos maiores problemas que enfrentamos no Além-Túmulo, convencermo-nos sinceramente de que nada somos”. Sempre digo isso. No mundo em que ainda nos ensaiamos protótipos de perfeição – aquela relativa – diante das nossas imperfeições, não sabemos ainda do que seja o homem na sua essência Homo sapiens sapiens perante nossa fé, razão e sentimento para com Deus.
Realmente nada somos frente aos vários estágios em que teremos ainda que palmilhar no sentido de alcançarmos os padrões vibratórios de irmãos superiores que não perderam tempo com as ilusões passageiras as quais todos nós, no mundo, ainda nos acomodamos. É alarmante quando se trata da religiosidade minha, sua e de todos aqueles que ainda se submetem à uma crendice em que precisamos de algo físico para se ter fé nos tempos atuais. Por isso o Criador não a teria de nós? Não procuramos desenvolver aquela fé dos cristãos da época de Cristo que muitos creram Nele sem O terem conhecido. Por que nos rebaixarmos a tanto no quesito adoração, se Deus é Todo Bondade, Todo Amor sendo um Pai Magnânimo e Justo para com toda a Sua criação?
Sem um sentido para a vida, nossa razão se submete aos arranjos incontestes de uma manobra perigosa das nossas ações, não coordenando bem nossas atitudes frente aos desafios que se nos mostra o destino em seu claustro de aprendizado e experiências.
E quanto ao sentimento. Ahhh… Esse deixa muito a desejar. Falamos belas retóricas quanto às passagens do Evangelho, até emocionando plateias, mas o exemplo delas em nossas vidas, ficam muito aquém do esperado. Quem nos dera podermos fazer mais do que falar acerca dos ensinamentos do Cristo. Quem nos dera vivenciar o Evangelho quanto à verdadeira religião, a Caridade. Até atingirmos esse degrau, muito sofrimento ainda nos deixarão afoitos de procurarmos o quanto antes a verdadeira vivência evangélica. Você daria sua vida para sustentar-se como um cristão no Mundo? Onde o seu testemunho com o Cristo que deu o Dele para nos esclarecer algo de diferente nos pensamentos de religiosidade? Difícil, não é mesmo? Família, emprego, diversão, amigos…
Em reflexão, Dr. Inácio recebeu em seu quarto a presença de dois amigos do coração: Alceu e Odilon. E com certeza foram momentos de muito regozijo dos três, ali, comentando acerca das convenções humanas. Vejamos algumas partes: “A morte nos arranca do comodismo mental. Quando começamos a criar o limo, a morte nos faz rolar ladeira abaixo, esmerilando-nos as arestas”. Acertado pensamento. Essa ladeira abaixo significa o quanto ainda teremos de sofrer para o despertamento indispensável para viver melhor conosco e com o nosso próximo. Difícil esse abismo entre as classes que, no final dessa história estaremos todos nivelados no cemitério não contando mais com justificativas injustas e impensadas quanto ao nosso relacionamento com Deus, com Jesus e com o próximo ainda bem distante dos nossos braços.
“… as nossas imperfeições espirituais tem uma única causa: a nossa própria ignorância quanto à capacidade de superá-las…”. Creio que esse instante o qual vivemos, não comporta mais tão somente de preces e pregações, que digo, são importantes para o nosso entendimento espiritual, mas não solucionam os problemas morais pelos quais está passando a Humanidade. Hoje não poderemos falar que desconhecemos o Evangelho… Hoje somos réus confessos de uma ignorância alimentada por opções nada agradáveis para o nosso posicionamento ante irmãos que vivem na miséria por culpa exclusivamente nossa. Como frequentar igrejas, templos casas espiritas se ao sairmos deles, passamos ao lado de homens, mulheres e crianças estendidos no chão a nos pedir auxílio com os olhos porque nem mais tem vozes para pedir nossa compaixão??? É sermos hipócritas demais, não?
Como disse Dr. Inácio: “O mundo está se transformando numa grande sinagoga”. Verdade verdadeira. E qual a nossa posição diante do Livro da Vida que nos sustenta a esperança no sentido de tornar a Terra em celeiro de Bênção, Pátria do Evangelho redivivo? O que estamos fazendo para tal desiderato? Rezar egoisticamente tão somente? O que adiantará a construção desenfreada de retiros religiosos se a Caridade que deveremos praticar está fora das paredes de templos, igrejas e casas espíritas? Quando iremos analisar a fraternidade legítima nesses termos?
Para tudo isso aqui escrito, vamos colocar a mão na consciência pessoal. Vamos encarar a realidade dos fatos retirando de nós a venda dos olhos e dos ouvidos encarando as dificuldades do caminho com galhardia e dinamismo, esperança e fé apadrinhados pelo nosso suor e lágrimas como recompensas divinas. Não sejamos em hipótese nenhuma como a deusa Temis, a da justiça. Lembra-se dela?
Para reflexão deixo essa citação bastante reflexiva: “Quem conta uma mentira, prejudicando alguém, é tão culpado quanto aquele que silencia a verdade”. Estaria você nesse triste quadro, meu Caro Leitor Amigo?
18/01/2023 – Até a próxima sexta-feira pessoal. Divulguem-na para nós. Muita paz.
Aécio Emmanuel CésarMédium de psicografia desde 1990, tarefeiro espírita na cidade de Sete Lagoas/MG.