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Espíritas irmãos, peço vênia aos queridos confrades, neste grave momento por que passa a Pátria do Evangelho, cujas vibrações perturbadas são percebidas nas instâncias espirituais imediatas, para registrar, aqui, a nossa humilde, sincera e despretensiosa opinião frente ao assunto.

Dizemos grave crise não por conta dos fatos em si, que, além de não serem novidade, certamente, serão corrigidos mais dia, menos dia.

Convocamos os irmãos que esposam, sinceramente, os ensinamentos do Cristo à luz do Consolador Prometido, à reflexão, a fim de que a imprevidência, o pessimismo panfletário e exacerbado e a descrença não solapem a nossa serenidade.

As Falanges do Cristo, operosas e denodadas, se movimentam infatigavelmente para dissuadir os incautos que se arvoram, sobremodo nestes momentos, em pretensos salvadores da pátria.

Desde que o Mestre transplantou para cá a árvore do Seu Evangelho Luminoso, não têm sido raras as investidas daqueles que querem emperrar a marcha de sua florescência.

Ânimo

Daí reasseverarmos aos irmãos a necessidade do Orai e Vigiai, a fim de que nos mantenhamos fiéis aos desígnios do Senhor para com o Celeiro do Mundo.

Houve momentos de grandes resgates coletivos, mas de igual modo o comprometimento daqueles que, sem necessidade plausível, derramaram o sangue dos próprios irmãos em lutas torturantes e fratricidas.

Hoje, contudo, depois das conquistas da Constituição de 88, não há razões para que o pessimismo delirante grasse da forma que tem grassado, cujos reflexos deletérios apenas obstaculizam a marcha natural das diretrizes do Cristo na edificação de Seu Reino de Luz em nosso planeta, a começar primeiramente dentro de nós mesmos.

Neste cenário transitório, de governos efêmeros, conquanto democráticos e de economias internacionalizadas, é muito natural as idas e vindas.

O que não se justifica é a complacência com o ódio, que velado ou não, ganha os corações até mesmo daqueles que rogaram renascer no Brasil para tomarem, pela primeira vez, o contato com O Evangelho Redivivo, sem os atavismos das religiões tradicionais.

Olvidando, entretanto, os chamados renovadores do Evangelho do Cristo, juntam-se ao coro daqueles que gritam pela condenação dos que os governam transitoriamente…

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“À César o que é de César e a Deus o que é de Deus”, ensinou-nos o Mestre de todos os tempos, donde depreendemos que os ascendentes espirituais de uma nação estão muito acima dos equívocos humanos.

Enquanto não se compenetrar da transformação moral verdadeira, o homem há de assistir, por longo período ainda, a sociedades imperfeitas e sujeitas a todos os tipos de deformidade moral.

Urge, porém, não nos precipitarmos na vala comum daqueles que apenas atiram pedras e se insurgem inspirados pela revolta odiosa.

Pátria do Evangelho

Não faz sentido, sobremodo aos espiritistas cristãos, vivendo na florescente Pátria do Evangelho, engrossarmos as fileiras daqueles que ainda não tiveram o entendimento espírita de enxergar nas transformações hodiernas, um momento de transição evolutiva.

A alva bandeira do silêncio, diferentemente do que muitos pensam, não é o hasteamento da covardia e da omissão. Não! O silêncio operante é contributo nas hostes do Cristo.

Fugindo à execração daqueles que nos governam e orando para que acertem, depositamos nas mãos impolutas do Cristo, nosso lídimo representante, a confiança de que tudo flui para a harmonia coletiva de nosso orbe.

No final do primeiro quartel deste século, espíritos de escol regressarão às lutas transformadoras dessa terra que guarda os tesouros da mensagem insofismável do Senhor.

Assim é que assistiremos, aos poucos, o regresso físico de José do Patrocínio, Francisco Leite de Bittencourt Sampaio, Rui Barbosa, Pedro de Alcântara, Eurípedes Barsanulfo, Cairbar Schutel, Fabiano de Cristo, José de Anchieta, entre outros bastiões da caridade, da justiça e da fraternidade, que prosseguirão na implantação do Reino de Amor que Jesus deliberou aqui principiar.

Confiemos, meus irmãos!

Jesus, acima de todas as circunstâncias continua no leme e por isso mesmo, guardemo-nos do pessimismo dos dias atuais e sigamos de corações asserenados.

O Brasil, apesar da crise transitória, continua abençoado e sob o amparo desvelado de Mais-Alto.

Asserenemo-nos em paz e sigamos intimoratos!

Que assim seja!

Fraternalmente,

José de Freitas Nobre

(Mensagem psicografada em reunião pública no Centro Espírita Casa de Eurípedes, na cidade de Taubaté- SP – no dia 17 de Outubro de 2015, pelo médium Ari P. Rangel)

Palavras de Ânimo

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